sábado, 6 de julho de 2013

UM BOI VELHO NA ESTRADA DA VIDA


Um dia me chamaram de boi velho, foi arte da molecada
Apesar de ser um deboche estas gracinhas pra mim é nada
Nesta  marcha pela vida afora, nunca fiquei na arribada
Até hoje ainda deito cedo, só que eu acordo de madrugada
Tomo o café da manhã depois de uma caminhada
Sempre disposto e com saúde,  continuo minha jornada
Sempre de bem com a vizinhança, a nenhum deles não devo nada
Todas as despesas  e minhas contas são perfeitas e equilibrada
Nem dá para fechar a porta, minha dispensa está  lotada
Meu amor sai trabalhar, antes ela deixa a casa bem arrumada
Cinco filhos que nós criamos, estão com as vidas organizadas
Domingo na casa deles, nóis come linguiça assada
Num baita litro de coca lhe acompanha uma feijoada
Um deles roda o espeto, o outro traz a macarronada
Para quem chegou na velhice, é uma vida recompensada
Nunca fui ganancioso, pois a usura não serve de nada
O meu salário são meus proventos cai na conta registrada
Só vou lá sacar a grana na data e hora marcada
Não vivo da vida alheia, deixem a minha  sossegada
Por favor não se incomodem, quando me sento na calçada
Pra bater papo com os amigos, de ninguém eu falo nada
Fui atacado por três meninas daquelas desocupadas
Que só gostam da vida fácil, vão trabalhar gurizada!
Eu não fiz a troca do amor, elas ficaram desapontadas
O amor que tenho em casa, não vou lhe trocar por nada
Ainda não vi quem teve lucro, fazendo esta palhaçada
Como a vida é um Dom divino, deve ser bem aproveitada
De o pão a quem tem fome, que nunca vai te faltar nada
Fazendo o bem que puder, esta  ordem é sagrada
De carinho para os velhinhos, muito amor a criançada
Tenha sempre uma fé em Deus, espere o fim da tua jornada
FIM.
LUIZÃO-O-CHAVES!




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