segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O BODE XITO E A ONÇA PINTADA


Cansado de tanto sofrer com as intempéries do ano todo, assim: Em época das chuvaradas não tinha um lugar para se abrigar, nas altas atividades solar dos meses quentes era uma situação insuportável, às vezes poucas sombras, aguada longe o bode estava pensando como escapar dessa situação constrangedora. Pensa e repensa chegou a uma conclusão: Vou construir uma casa para mim, até mesmo um barraco de folhas de coqueiro, que além de fresquinho os ventos não destroem ele com facilidade. É muito seguro, oras bolas até as aves tem suas casas, vejamos: As pombas tem seus ninhos, os passarinhos pequenos se abrigam embaixo da folhas grandes das arvores. O João de Barro tem uma casa muito bem feita, ele mesmo a constrói! Os guachos, João congo, e outros tem uma casa dependurada nos galhos, além de bonitas parece um bangalô! Tantos são os animais que tem as suas moradas; uns em ocos de troncos, das arvores caídas ou em pé. Será que só o bode, tem uma vida inteira sem casa? O meu velho pai não tem tempo de fazer uma para mim. Assim não dá? Vou fazê-la!  Planejou tudo direito, e agora mãos a obra! Passou a mão numa foice de cabo curto, uma enxada e dirigiu para o lado do capão de mato. Lá chegando olhou um lugar próximo ao ribeirão. Terra firme, bem seco ate mesmo em época de chuvaradas,um monte que de longe alguém avistava, pois o mato era ralo, bem ventilado enfim um lugar muito aprazível. Roçou, capinou, limpou todo o mato arredou o cisco para fora. Esquadrejou o barraco, furou os buracos com a foice, entrou mato adentro olhou alguns varotes que serviriam de caibros, voltando em casa levou um machado, cortando os esteios em numero de nove, as linhas eram três longas e três curtas, olhou um coqueiral para depois tirar folhas para a cobertura,os barrotes seriam de madeira rachada, baldrames, cipós para amarríos, enfim viu que tudo daria certo. Descansou um pouco, resolveu ir embora e voltar só dali á dois dias. Neste intervalo a onça vinha de longa caminhada em busca de lugares que tinham mais caças e toda metida a sabichona passando por ali viu aquilo bem arquitetado, resolveu invejar aquele serviço, se intrometeu na construção do bode querendo ser meieira da casa, ajudaria construí-la, mas queria morar lá de qualquer jeito, fosse por bem ou por mal; pensou assim: Este rastro aqui é do bode, isto aqui é artes dele, dou uma de João-sem-braço, ajudá-lo-ei sem que perceba, quando estiver pronta virei para morar, se ele achar ruim, resolveremos do meu jeito. Num rápido serviço, arrastou toda madeira, fincou os esteios, colocou as linhas todas deixou bem certinho, arranjou cipós colocou e amarrou os caibros e as varas que seriam as ripas. Cortou um monte de folhas para a cobertura, descansou e foi-se embora. Ficaria sondando o dia que o bode viria. Assim fez! Vindo o bode estranhou todo, Nossa exclamou ele! Quem será que me ajudou tanto! Ficou mais animado ainda! Cobriu tudo com as folhas, aparou as pontas, rachou madeiras para cercar em volta, arrumou os baldrames, trouxe pedaços de cupins para o piso, socou e deixou bem arrumadinho e liso, foi-se embora. Só voltaria dali a três dias. A onça acompanhou tudo e retornou na ausência do bode. Ela terminaria a casa para ter mais direito na hora de chegar e tentar um acordo, Ela sabia que o bode iria armar a maior curuca, para não aceita-la como meieira. Terminou a casa e foi-se embora. Sondaria a hora que ele viesse com a mudança, ela também chegaria com a sua. Assim acabou a construção, e começaria uma confusão! Dito e feito. Lá vem o bode com mochila a tiracolo um facão na cintura, uma cabaça de agua, e um buzina daquelas que os caçadores usam para chamar os cães em caçadas, uma rede e um cajado. Quando colocou os apetrechos no chão, olha para trás, a onça chegando também com as suas coisas. O bode pergunta-lhe: O que vieste fazer aqui na minha casa? Ela respondeu-lhe: Oras, vim morar aqui também! Esta casa fui eu que a terminei? O bode replicou: Quem deu inicio nesta casa foi eu, minha cara? Planos, projetos e execução são meus, você não tem nadinha aqui? Outra, destes terrenos, sou herdeiro.Pode dar o fora! Aqui não lhe cabe! Eu duvido muito de alguém me expulsar daqui! Sou adjutora desta casa, tenho direitos também, disse a onça! Pode reclamar os teus! Iremos aonde você quiser, das duas: Uma! Ou moramos os dois; ou nenhum? O bode disse: Morarei sozinho! Você invejou minha obra! Não tens criatividade nenhuma! Só sabe querer ao que é dos outros! Basta que você só vive perseguindo e  matando os filhos alheios. Comigo será diferente! Te enfrento qualquer hora, de igual para igual, não tenho medo de você, está bom? Pera ai, mestre bode, o senhor já está querendo é brigar? Não precisa disto, vamos combinar? A casa é grande, da para nos dois, vamos dividi-la ao meio? Você fica num cômodo, eu ficarei no outro? Sem problemas. O bode inconformado aceitou,mas de lombo duro, pensando, onça é bicho traiçoeiro, ao menor descuido meu ela me pega; tem muita força e é dos piores felinos que conheço, Basta que esta imundície foi quem me deixou órfão de pai e mãe. Antes que ela me jante, vou dar um jeito de almoçar ela.  A onça pensava, este bode anda meio magro, vou dar um tempo e esperar ele engordar um pouquinho depois ele vai ver comigo, acabarei ficando sozinha na casa. Como foi possível,cada um foi para o seu lugar. De quando em quando trocavam um papo meio sem graça, só para quebrar a monotonia gerada por aquela discussão.O bode pensou consigo, para a gente ter sossego, não é muito fácil. Ah! já sei! Amiga onça, vamos combinar um negócio? Eu pasto o dia inteiro enquanto isso, você dorme, a noite você sai para caçar eu fico em casa dormindo. Haveremos de nos dar muito bem assim, não acha? Fica ótimo, disse a onça. Assim a nossa casa nunca ficará a disposição de algum folgado que passar por aqui pensando que não tem dono. E você amigo bode? Faz quanto tempo que mora por aqui? Sim, Meu nome é Xito! Disse ele! Fui criado aqui nesta região, conheço tudo aqui, desde os pássaros até o ultimo animal que chegou para habitar nestas paragens. Um velho caçador me adotou como filho, porque os meus pais foram comidos por animais ferozes desta região, só não disse que foi por onças; aqui tinha de tudo o que não prestava, quando não era tão habitado como é hoje,lobos, águias, onça parda,suçuarana, leões, tigres, macacos, bugios, porcos selvagens, e outros. O meu velho pai acabou com toda essa turma de malfeitores, atira bem pra chuchu. Apesar de nem todos serem ruins, como parecem, mas precisam e tem direito viverem também. Nossa! Disse a onça, então teu pai adotivo é um velho caçador? Ele ainda caça? Perguntou a onça? Às vezes se precisar, responde o bode! Você sabe, as leis atuais impedem a caça, são para a preservação dos animais, e o velho as obedece. Se for para me livrar de algum perigo imprevisto, ele passa a mão na carabina e lasca fogo seja em quem for. Hã! Disse ela. É por isso que você é tranquilo, mestre bode! Quem tem um pai desses, nada teme! Pois é amiga! Assim é a vida, disse o bode. Então é por isso que dissera enfrentar-me de igual para igual? Sim! E nem preciso mover uma unha, meu pai e seus cães fazem tudo sozinhos, e ligeiro! Responde o bode. Só que não gosto de encrencas com ninguém. Viver em paz é melhor. Nesta oportunidade de papear com a onça ele aproveitara para assustar a onça e deu certo. O felino ficou pensativo com seus botões,Que bobeira que dei! Na chegada para morar, naquela hora que este fulano estava bravateando é que eu devia ter dado fim nele! Agora ficou mais difícil. Planejava agora um jeito de comer o bode sem que ele desconfiasse. E você amiga, tem muitos amigos? De onde vieste? Pergunta o bode. Eu tenho poucos amigos de onde vim! É muito longe daqui também. Devo dizer que sou forasteira neste lugar gostoso, que você mora, mas pretendo ficar por aqui, depois de você fazer boas amizades. Ah sim, disse o bode! Esqueci-me de dizer-lhe: O meu dono, ou melhor, meu pai adotivo, cria também: cordeiros, porcos, tropas, bezerros, animais de montaria, até filhotes de animais selvagens, anta, caititu, quatis, macacos aves em geral, mas tem também uma matilha de cães de dar medo a quantidade, são os nossos guarda-costas, ás vezes ele viaja, mas volta logo também. Nunca deixa a gente muito só. Das coisas dele, a mais querida sou eu! Faz tudo por mim! Até sacrifício se for preciso! Puxa, disse a onça! Acho que seremos bons amigos, disse ela, mas pensando consigo, aqui tem muita carne, mas as dificuldades são maiores! Tomara, disse o bode! Ela fingia que seria sua amiga, ele fingia que acreditava. Logo, mais á noite, a onça levantou, espreguiçou resmungou e por fim saiu, para caçar e conhecer o reduto do bode. Andou bastante, sondou tudo auscultou o que precisava depois retornou para o barraco com a ideia de surpreender o bode dormindo, chegou de fininho, silenciosa como é, escutou o bode roncando, pensou consigo: É agora seu pilantra! Rodeou a casa, mas a porta do bode estava fechada por dentro, bem fechada mesmo! Ela deduziu, este sujeito não confia em ninguém, e agora? Passou as unhas na porta tentando abri-la, o bode acordou com aquele barulho, indagou: Quem está aí? O que quer estas horas comigo? Como estava escuro ele nada pode ver. Ficou na duvida de quem seria! Não dormiu o resto da noite! Vigiando! A onça caiu fora dali, sem que ele ouvisse qualquer barulho! Amanheceu o dia, ele esperou ela chegar para depois ele sair. Ela meio sem graça, mas fingindo muito sono, disse-lhe bom dia e deitou-se bem no centro do cômodo, esticou-se a vontade! O bode disse a ela: Esta noite tinha alguém rodeando o meu barraco! O que queria? Eu não sei! Quem é? Também não sei! Acho esquisito um negócio desses! Eu não tenho inimigos! Ninguém aqui procura ninguém fora de horas! Você tinha saído pra andar e caçar, aqui não estava! Quem será este abelhudo? Vai dar-se mal este intruso! Isto eu garanto! Ora se não vai? Vou agora mesmo chamar meu pai com seus cães de caça, contarei a ele tudinho, vai rastrear este mato e estas terras palmo a palmo, até encontrar esta peste que com certeza quer me comer! Vai comer é chumbo do velho caçador, isso sim! Verá minha amiga, o que te falei se não é verdade! A onça desapontada sem nada ter o que dizer olhava para outro lado, sentindo que o bode estava ficando furioso. Ele fingiu ir abrir a porta, a onça deu um salto lá no terreiro ficou esperando ele sair para pega-lo. Mas o bode nunca foi bobo. Ficou quietinho dentro de casa. Ela perguntou-lhe: Não vai sair? Amigo? Ele muito do velhaco disse: Não vou!  Espere um pouquinho só. O que vai fazer com este tareco aí nas mãos, indagou a onça? Isto é a senha entre eu e meu pai. Espere ai, vou assoprar este negocio e você verá o resultado! Pegou a buzina de caçador e tocando-a assim: TUUUUUU! TUUUUUU! TUUUUU!  Num instante os cães ouviram os toques rumaram para o bosque, era um monte deles.  Chegaram cães de todos os lados. Deram com a onça na casa do bode e foi aquele quebra-pau, um reboliço, uma estripulia,ganidos e latidos de acuação daqueles cães, a onça esturrando de brava,se vendo perdida correu trepando ligeiro numa árvore, sentou-se num galho e ficou espiando lá de cima. O bode dava gargalhadas de doer a barriga. Em poucos instantes lá chegava o velho caçador com a carabina em mãos, nem precisou ouvir nada do filho adotivo. O bode aproveitou o momento para ir ver de perto, saiu da casa com toda segurança. Lá chegando espiou para o alto da arvore e disse á onça: Não te falei? Te avisei! Dissera ele, vou para casa agora! Acerte com meu pai. O velho caçador fez pontaria e: Tibuuuummm!  Nem bem dissipou a fumaça do cartucho, ainda ecoando pelo sertão aquele estrondo. Caiu de qualquer jeito lá de cima aquele pacote pintado e ensanguentado, brutamontes de gatão macho de onça, chega deu um baque surdo no chão da queda, para nunca mais levantar e nem fazer maldades a ninguém!

MORAL: QUEM FAZ O QUE QUER, VIVENDO COMO QUER; NÃO VIVERÀ O TEMPO QUE QUIZER!
HISTÓRIAS DA IMAGINAÇÃO DOS CABOCLOS SERTANEJOS
LUIZÃO-O-CHAVES     ANASTÁCIO- MS............22/08/2013.
e-mail luizmoreirachaves@gmail.com
(67) 9278 9481/9655 0483/8481 2231.



PRECISEI VER PARA CRER EM PESCADORES



Esta é a história de dois amigos muito unidos, por vezes trabalhavam juntos, outras vezes iam ás festas, se divertiam, além das visitas costumeiras que um fazia ao outro nas bocas de noite se reunindo com outros colegas num bate papo agradável. Sem esquecermos que nos finais de tardes que se encontravam no boteco para tomarem um aperitivo e depois, cada um para sua casa. As suas famílias se davam muito bem, só que eram únicos filhos de ambos os lados.Nesta amizade tão bela, tão admirada por todos principalmente, quando eram em festinhas, bebiam até um pouquinho fora dos limites, apenas um deles era assim. O outro era mais controlado. A mãe daquele que trolava mais sempre dizia: Filho, não exagere porque você acabará ficando viciado. O outro até dava uma força para a mãe dele, ouviu rapaz? Mãe é mãe, sabe o que diz, resta você escutá-la. Mas o outro não estava nem aí, acabou sendo fã numero um da cachaça. Um dia combinaram uma pescaria, o mais ajuizado levaria, uma caçarola, um fogareiro completo, fósforos, temperos diversos, óleo, dois pratos com talheres as varas com linhas e anzóis uma faca, além de meia garrafa de cachaça, só! Afinal iam pescar, e não encher as caras, os peixes pegos dariam um belo ensopado ou fritos. Disse ao outro, você fica incumbido de levar as iscas para nós, deixei esta tarefa pequena para ti, levariam também uma esteira cada um para deitarem após o almoço. O beberrão achou pouco só meia garrafa do companheiro, resolveu ir ao boteco comprar mais, enquanto o outro deu um pulinho em casa, foi e trouxe além da cachaça dois sanduiches, mas esqueceu das iscas. O companheiro chegando saíram. Nenhum perguntou ao outro se estava tudo em ordem conforme o combinado de levarem. Lá se foram com algumas na cabeça, mas alegres e descontraídos, era longe o rio, lá chegando escolheram o lugar da pescaria, colocando as coisas na praia e na sombra, que lugar gostoso! Agora só pescar, mas cadê a isca que você trouxe meu companheiro? Perguntou um. O outro disse: Rapaz, eu esqueci! E agora?Não aceito desculpas nenhuma! Você ficou só para trazer as iscas, nada mais? E ainda esquece? Não tem cabimento isso? Como é que você soube que a cachaça minha era pouca? E tu não esqueceste de trazer mais,não é? Armaram um bate boca que resultou um ficando zangado com o outro! Pegou sua vara e a meia garrafa da cachaça saiu da presença do outro ficando no meio dos arbustos bem na beiradinha do rio, sentou-se e ficou olhando as aguas correrem e os peixes saltando para fora d’agua e dando palmadas com o rabo na superfície. O esquecido ficou sem graça e sozinho na praia. De repente ouviu um nhiec, nhiec,nhiec! Prestou atenção e logo olhando por entre as folhagens, divisou uma cobra cipó daquelas pardas e fininhas, tentando engolir uma perereca, o rapaz não perdeu tempo, pegou a cobra pelo pescoço, dizendo: Me de isto aqui que estou precisando muito! Tirou de sua boca a perereca matando-a com um apertão na cabeça. Olhou para a cobra com a boca ainda aberta, teve uma ideia, vou te dar um golinho assim você sai daqui e eu pegarei um peixe com esta isca que me trouxeste. Abriu a garrafa, tomou um gole, depois cuspiu um pouquinho na boca da cobra e soltou-a. Se foi a cobra, e ele pescou um baita peixe, ficou feliz! Sentou no chão para descamá-lo, está fazendo e pensando; puxa que sorte eu tive, não perdi de tudo o meu tempo. Sempre tem alguém que ajuda.De repente, sentiu um leve toque nas costas, virou-se para ver o que era, tamanho foi o seu espanto? A cobra trazia-lhe outra perereca ainda maior! Nem precisou segurá-la pelo pescoço, pegou só o anfíbio, a cobra soltou-o delicadamente, mas ficou com a boca aberta esperando mais outro gole.O rapaz deu-lhe outro, desta vez maior, a cobra engoliu e sumiu! Ele pegou outro peixe, mais feliz ainda ficou!  Pensou consigo! Dois peixes dará um belo ensopado. Ia sair para ver o companheiro, mas deteve, ouvindo um sssss por entre as folhagens, mas não é de ver que apareceu a dita cuja cobra de novo, com outra perereca na boca! Coisa de louco, dissera ele! O réptil lhe apresentou a isca olhando para trás, como quem lhe dissesse:De uma espiada aí? Eu trouxe mais três companheiras com iscas também! Claro que ele aceitou! Chamando uma por uma, pegou as iscas, calmamente deu um bom trago a cada uma, mas uma cipoada daquelas, uma talagada e tanto, com diz o caboclo. Como o trago foi com fartura, caíram ali mesmo e ficaram rolando de tão bêbadas, a não poderem sair do lugar. O nosso amigo pescador se limitou a rir das cobrinhas, todas de caco cheio, coisa nunca visto antes em sua vida.Cambada de pau d’agua, disse ele sorrindo! Como recompensa deixo-vos a garrafa deitada e destampada como resto da cachaça, se enfiem lá dentro e curem a ressaca amanhã pela manhã, até outro dia e obrigado pelas iscas!

MORAL: O SENTIMENTO DA GRATIDÃO E A MAIOR VIRTUDE DO SER HUMANO!
É O MAIS PATENTE ENTRE OS ANIMAIS IRRACIONAIS TAMBÉM!
HISTÓRIAS E COISAS DE PESCADORES
LUIZÃO-O-CHAVES...22/08//2013  DIA DO NOSSO FOLCLORE

ANASTÁCIO MS 

QUEM NÃO TIVER PACIÊNCIA NÃO ENTRARÁ NO CÉUS




Morava numa bifurcação de estradas um casal de camponeses onde era quase uma parada obrigatória de viajantes. Por aquele trecho passavam pessoas vindas de todas as direções daquele ermo de sertão, muito longe de qualquer cidade que alguém pudesse imaginar. Parecia uma travessia de um lado do sertão para o outro. O casal eram pessoas alegres, prestativo e servidor é obvio que teriam que serem assim, porque afinal de contas o lugar que moravam eram quase isolados da civilização. Os tempos eram diferentes dos de hoje; as pessoas eram na sua maioria de respeito, amizades verdadeiras, era muito difícil ver alguém desocupado a vadear por aí com más intenções ao seu semelhante, como é nos dias de hoje. Como dissemos no inicio desse conto, era uma estrada que bifurcava como um ypsilon bem aberto. Como diz o caboclo eles moravam bem no meio da forquilha com a frente para o lado que vinha dar na bifurcação. Casinha bem arrumada com varandas ao redor, muitas árvores frutíferas no quintal nos fundos tinha um poço de agua muito boa, com sarilho e alguns tambores para enchê-los além de um chuveiro de campanha dependurado na cumieira de um galpão que servia de banheiro só para banhos mesmo, o outro banheiro era uma fossa mais distante da casa. Tudo muito simples, mas de acordo com as necessidades básicas Sempre havia viajantes que por ali pernoitavam. Outros apenas descansavam um pouco, depois seguiam sua viagem. Raro era o dia que não passavam gente por ali gente á pé ou a cavalo. Com cargueiros, com tropas, até com algumas reses, com carros de bois, carretas o que naquela época era muito comum. Era na verdade um ponto de informações muito seguro. Além de ser um boteco destes de beira de estradas, bem ajeitado. Como o sertanejo viaja a qualquer hora que for preciso, ali o pobre homem com sua esposa quase não tinham sossego, ás vezes fora de hora aparecia viajante pedindo informações tinha que dar porque eles não sabiam que rumo seguro tomaria quando chegasse ali, seguir por qual das estradas, se eram duas agora Não existia nada que serviam para indicar o caminho a seguirem. Isto era qualquer hora do dia ou da noite ás vezes até de madrugada tinha gente batendo palmas pedindo informações, outros pediam pouso, pediam o que comer. Tinha dias que o morador estava com o“Saco” cheio, de tanto que atendia as pessoas. Nem podia dormir direito, lá vinha um batendo palmas, atendia aquele, quando estava no melhor do sono. De novo outro amolando, já estava para mudar dali para ver se sossegava um pouco daquela situação. A esposa dizia: João, tenha paciência com estes pobres viajantes, eles não sabem, tem que perguntar mesmo. Ponto de estradas e boteco é assim mesmo! Está bem dizia ele. Mas este povo  parece que nem dormem, ainda não deixa nem a gente dormir também.Uma época que poucas pessoas sabiam ler e escrever, este povo antigo só sabiam trabalhar e nada mais, a cultura era coisa que ninguém dava importância, estava bom assim mesmo. O nosso amigo era conhecedor de toda a região, conhecia tudo mesmo; aonde aquelas estradas iam dar fosse longe como fosse, tanto de um lado da forquilha como do outro até alcançarem a cidade que os viajantes procuravam.Já de saco cheio como o sertanejo costuma dizer, uma noite dessas, deitado e conversando com a esposa, teve uma ideia; sabe Maria, vou fazer duas placas grandes, e com letras bem legíveis e colocar uma em cada estrada, com uma seta indicando o nome do lugar que procuram, assim dormirei em paz, chega de ouvir tantas palmas a toda hora, seja dia ou noite. Que bom, respondeu a Maria! Vai dar muito certo, pode crer! Assim fez o nosso amigo com todo o carinho, fincou-as no devido lugar e descansou. Feliz da vida! E por incrível que pareça naquela tarde não apareceu ninguém pedindo informações de nada. Deu a noite, sem novidades, jantou sossegado mesmo, conversou um pouco mais com a Maria e foram dormir numa paz que só vendo! Agora sim! Dizia! Não terei que levantar mais para ninguém! Dormirei como criança pensava ele! Mas o seu sossego durou pouco, imaginem o que esperava o pobre homem que se sentia tão feliz! Esquecera que poucos sabiam ler. Lá pelas tantas da noite ou madrugada não sei ao certo, escutou palmas, acordou meio atordoado de sono, ouviu direito, eram palmas mesmo! Saiu lá fora resmungando de raiva, mas foi! Dois sujeitos perguntaram ao pobre homem: Amigo, o que é que está escrito naquelas placas? Nos não sabemos ler!Quem dormirá com um negocio destes? Só a paciência resolve!

MORAL DO CONTO: QUEM NÃO TEM PACIÊNCIA, NÃO SE SALVA!
CONTOS POPULARES QUE TODOS CONTAM.
LUIZÃO-O-CHAVES          ANASTACIO, MS30/08/2013



UM VIAJANTE QUE LEVOU NA BAGAGEM UMA BELA LIÇÃO


Um viajante que passava por estas paragens ao avistar um coqueiro á beira de um regato, bem na beiradinha da estrada resolveu parar e tomar um fôlego da longa caminhada que fazia há horas. Sentou-se numa pedra que havia por ali que sempre servira de banco para todos os viageiros que passavam, e que faziam um auto-horário ali, principalmente em horas da alta atividade solar. Já passava do meio dia, uma sombra boa, como sentia fome e tinha em sua mochila algo de comer, aproveitou o momento para descansar um bocado a mais. Serviu-se da merenda, desceu até a agua, sorveu-a com satisfação, sentou e recostando no caule do coqueiro e ficou olhando ao redor, viu uma aboboreira com bonitos frutos, grandes e já quase maduros, algumas folhas amareladas, mas a maior parte delas estavam verdinhas, vistosas e as ramas se estendia ate mais, saindo da sombra do coqueiro que naquele horário projetava alcançando-os. Era o tipo do sujeito que gostava de saber de tudo o que via, por onde andava perguntava de tudo e a todos o que queria saber, precisava ter paciência para tolerar sua incansáveis perguntas, era aquela pessoa que dificulta uma boa amizade em formação. Deitou-se no chão mesmo, era para descansar as costas fazendo dos braços na nuca um travesseiro, olhando para os cachos dos coquinhos lá no alto. Bem, vejamos o que ele quer saber agora, tendo em vista ausência de qualquer pessoa para satisfazer seu mundo curioso, Olhara ao redor, nada vendo a não ser o pé de aboboras já mencionado e o coqueiro que lhe dava sombra, começou a fazer comparações entre um e outro. Pensou consigo: Alguma coisa está errada, nos planos de Deus quando criou este pé de cocos, um caule forte, robusto e longo, olha só a altura? Alguns cachos com estas frutinhas tão minúsculas? Veja se não está errado? Repare nesta aboboreira, o tamanho dos frutos, num caulezinho que parece um cordel de tão fininho? Para mim está errado! Se fosse eu que tivesse criado, trocaria os frutos: As abóboras,as colocaria lá no alto em lugar destes minúsculos coquinhos, assim seria tronco forte com frutos grandes. Os coquinhos, eu poria nestas tenras ramas, ficaria equilibrado, não é? Parece que não está certo mesmo não? Mal acabara de concluir teu raciocínio, escapa lá de cima um coquinho, caindo bem em cima do seu nariz, foi aquele desespero, uma dor que lacrimejou seus olhos a não mais poder, desinquietou-se de tanta dor mesmo. Aliviando a dor e vendo o tamanho do galo que o coquinho deixara em seu nariz, repensou o caso; pediu perdão á Deus pela sua ignorância! Imagine! Se fosse como eu queria? Uma abobora deste tamanho escapando lá de cima me atingindo o nariz! O que seria de mim? Concluiu com humildade! O que Deus faz está bem feito!

CONTOS ANTIGOS: REPRODUZIDO POR: LUIZÃO-O-CHAVES

ANASTÁCIO-MS       28/08/2013

UMA BELÍSSIMA LIÇÃO DE VIDA PARA NÓS,HUMANOS



 Para dizer bem a verdade não sei  bem, de onde vim, uns dizem que me trouxeram da Abissínia, hoje é chamada de Etiópia, só digo que moro por aqui e me sinto muito feliz. É bem verdade que já percorri muitas terras e lugares distantes que você nem imagina. Mas como qualquer um viageiro a gente se dá bem com todos, tenho muitas amizades, principalmente por onde passei, deixei e sinto saudades até.Gosto muito de ajudar os outros, fazer favores, estendendo a mão a quem precisa de ajuda, sem exigir nada em troca, afinal de contas favor é favor!Desde a minha infância e meninice fui ensinado a viver desta maneira, respeitar os direitos alheios, as pessoas de qualquer idade, trabalhar é o meu forte, ás vezes sou bem tratado, outras não, fui comparado por pais e mães que xingam filhos na hora de fazerem tarefas, mas nunca reclamei disto; nem sempre resolve reclamações. Vou editar o meu perfil para quer me conheçam melhor, tenho ótima estatura, bem musculoso, sou alegre, porque tristezas? Faço diversos tipos de serviços com, ou sem ajudante, pareço relógio porque  conheço as horas de cor e pelo sol, conheço as mudanças do tempo e dos humores dos patrões, desde criança não tenho lembranças de ter tomado vacinas, sou sadio mais do que coco da Bahia. Não gostei do oriente médio, é mais quente do que aqui. Europa e Ásia,é muito frio, Gostei da África e Oceania, Andei por todos estes lugares. Desde criança eu trabalho, nunca pensei em viver na vadiagem, como muitos vivem, dão um trabalho danado para os seus pais e até para a polícia, minha família é de muita honradez, duvido que dos meus parentes alguém tenha visto um deles preso por isso ou por aquilo. Não é com arrogância que digo estas coisas, ser humilde é a melhor coisa. Deus ensina assim! Não tenho ganancia por nada, usura também não! Nunca logrei ninguém com truques sujos, nem gosto de mentiras, a maioria dos homens fazem assim, não gosto de politica, goste lá quem quiser, não implico! Gosto é gosto! Não critico ninguém por nada! Nem o que os outros escrevem ou publicam! Respeito opiniões alheias! Não faço malquerença, não tenho inimigos! Sou muito educado, não dou coices em ninguém. Inimizades não levam a nada. Do seu suor comerás o teu pão! Foi Deu que dissera isto ao Adão quando ele pecou! Por isso trabalho sem cessar, e como, o que ele sempre me deu, se outras pessoas me oferecem manjares diferentes; porque não comer? É licito, não roubei de ninguém!Nunca fiz destas coisas! Nunca frequentei uma escola, mas já dei lições até num professor e jornalista, não desfaço dos leigos, acadêmicos, ilustres, personagens importantes no mundo da literatura, tive que  desmentir  pessoas que fizeram previsões para se mostrar, que é de formação superior! Diminuindo os outros com certo ufanismo, coisa desnecessária. Porque isso? O mundo é grande, há espaço para todos viverem e exporem suas ideias! O sol está no alto, livre no espaço, para iluminar a todos. Deus que é Deus, é tão humilde, trata a todos com equidade, dando a cada um, o que merece. Não é? Prestem bem atenção: Não é critica, isto que estou  dizendo, são observações que faço e fiz no transcurso desta minha vida tão sofrida.Apesar das circunstancias adversas, nunca ajudei ninguém a fazer guerras. Cada um com a sua cruz, não é verdade? Estou carregando a minha e bem no meio das costas, com muita classe, pretendo ir até o fim assim, enquanto Deus der licença, vamos indo.Não sei se esqueci de alguma coisa mais, mas como gosto de oferecer aos outros as coisas boas, deixarei alguns conselhos que servem muito. Quem gostar aproveite-os: Nunca brigue com ninguém por causa de dinheiro, ele é a raiz de todos os males. Não queira ser melhor que os outros, são todos iguais perante Deus. Não odeie teu próximo! Não seja vingativo! Não inveje nada dos outros! Não cobice nada alheio! Não roube! Você merecendo, alcançarás o que é seu! Trate os outros como gostaria de ser tratado! Não exija dos outros, mostre o que você é. Ajude quem precisar e se você puder fazê-lo! Plante arvores para dar sombras e capim no seu quintal! Se você é nordestino, procure ter o sangue frio, não mate o teu próximo por qualquer tolice! Tu sabes que este povo tem um sangue quente de dar arrepios na gente!Estou dizendo assim não é para corrigir os outros, é porque sou do nordeste também. Quase tudo com eles é assim:Comigo é na peixeira! Nunca precisei dela. Falo com o conhecimento de causas! Agora vai o melhor de todos os conselhos: Nunca deixe a tua língua passar na frente do teu cérebro! Lembre-se, ele é o comando, fica lá no alto, é uma hierarquia de lá para cá, os demais procurem obedecer, mostre que tens juízo. Será bom para o resto do corpo, te desejo vida longa e muita paz! Agora rendo homenagem a um personagem, que me viu no Facebook, convidou-me para ser seu amigo: Topei?! Não falo a linguagem dele, mas me entende, falou de mim nas histórias dele, achei interessante! Nossas opiniões são relativamente convergentes. O que mais despertou minha simpatia por ele foi uma consideração dele por um feito meu. Disse ser muito grato a mim, eu já nem lembrava mais disto. Não foi um feito; foi uma caridade que fiz! Ele diz que ama muito aquela família que eu ajudei naquela ocasião: Já fazem dois mil e tantos anos. Sabe quem são eles? São José, Nossa Senhora e o menino Jesus, quando fugiram do Rei Herodes.Transportei-os com muito cuidado e carinho naquela  jornada tão difícil, além de longe, altas horas da madrugada. Meu nome é Asno, Jumento, jegue ou jerico, atendo por qualquer nome destes! Mas meu amigo me trata de Orelhudo, eu o chamo de Sapucaia. Mas o nome dele é: LUIZ!

LUIZÃO-O-CHAVES......DE ANASTÁCIO......MS.
IMAGINAÇÕES DE CABOCLO.
COLHIDAS NA BEIRA DO ESTRADÃO DA VIDA
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UMA VERDADEIRA MARAVILHA DA MÃE NATUREZA


Desde a chegada do ser humano a esta terra para servir o seu senhor vivendo aqui no maior conforto e paz sempre gerou motivos para a nossa admiração e surpresas agradáveis. Como participante desta riqueza infinda, tirei um tempinho para observar os animais por Deus criados para nos servir também. Um verdadeiro arsenal de curiosidades e conhecimento que está á nossa disposição. Basta que sejamos cuidadosos,criteriosos e leais nesta missão de conviver com todos eles. Não é atoa que existem pessoas que dedicam a vida inteira para conhecê-los, em sua diversidade de espécies, cada uma tem sua especialidade, seu hábito e costume no seu habitat onde vive e transitam livremente de acordo com suas necessidades para a sua sobrevivência, gozam das benécias oferecidas pelo criador. É um encanto,é indescritível, poucas são as mentes humanas que conseguem vislumbrar estas maravilhas. Cada espécie tem a sua colônia, sua comunidade, seu grupo, e tem o seu líder, seu guia, seu comando, e ninguém discorda das ordens recebidas. Obedecem piamente, por saber que o comando quer o melhor para todos.  Vejam um bando de aves de uma mesma espécie, sobrevoando o céu, ou em arribação: Lá na dianteira vai o líder, ele conhece tudo, parece uma bússola, não desvia da rota traçada e nem permite que outro passe na sua frente. Uma vara de porcos selvagens, os queixadas por exemplo: Tem  de trezentos ou mais compondo aquela família. O seu líder é o cacique, é o de maior tamanho, alto, esguio, parece ter um físico atlético, as faculdades dele é mais aguçada que os outros da mesma espécie: Um campo de visão anormal, um faro fino, uma audição coisa fantástica, conhece todos os perigos da mata e por onde passa, tem uma coragem fora de série, é destemido por natureza, enfrenta o que vier em defesa da manada, ainda conta com a cooperação de outro, o segundo cacique, este viaja lá na culatra, com os mesmos dons e perspicácia, não deixa um só companheiro ficar na arribada, nem um leitão sequer, a não ser que esteja muito ferido ou doente e que não possa acompanhar a vara em marcha.De todo o bando o mais visado pelo predador, por estar fora. Se numa eventualidade o cacique da dianteira for abatido por caçadores, eles se perdem por alguns momentos até se reorganizarem, o cacique da culatra avança, assumindo a dianteira, não ficam sem um líder. Até no cheiro natural deles, o cacique tem diferença perante os demais. Porque isto? Para ser seguidos pelo faro dos outros componentes. Veja que até nisto a mãe natureza é caprichosa. Quando atacados, fazem um círculo para a defesa dos pequenos e indefesos ainda, mas o agressor que ficar dentro do circulo estará perdido, estraçalham-no sem piedade. Quando chega a noite, escolhem um lugar de conformidade com o tamanho da vara e os instintos de todos parecem ser reforçados, porque á noite os perigos são maiores tendo em vista os predadores felinos. Ao deitarem, um ao lado do outro com as cabeças opostas de modo que um vigia a traseira do outro.Amanhece o dia, farejaram uma roça de mandioca ou milho, será uma ótima refeição, o líder deixa o bando, e sai para verificar se dá para todos irem fazer uma visita na roça, e se não há perigo, de serem surpreendidos pelo caçador. Tudo em ordem, não há perigo, ele retorna ao bando, estala os dentes e roncado diferente convidando a turma para o almoço, todos entendem; seguem-no com cuidado, adentram o roçado, vão derrubando os pés de milho e comendo as espigas, fuçando a terra e arrancando as raízes de mandioca. O líder fica observando tudo, os primeiros que entram para comerem são as porcas com leitões, e os magros, depois o resto do bando entra fazendo a festa, O cacique percebe que está tudo certo, dá um pulinho lá dentro, pega uma espiga de milho ou uma raiz de mandioca vindo comê-la do lado de fora da roça. Porque será? Se alguém surpreendê-los, ele como líder já esta na dianteira pronto a guiar o bando para a fuga. A flora tem os antídotos que eles precisam para manterem-se sadios, raízes, folhas, frutos, e cascas diversas. Apesar de animal selvagem nenhum comer algo que é venenoso. Visitam periodicamente os barreiros, onde há salinização, para a defesa alicerçando o anticorpo. Conhecem toda a vegetação, as frutas, raízes, cascas e tubérculos para a sua alimentação, percorrem uma região por muitos anos. Só deixarão de fazê-lo por motivos de caçadores os perseguirem.

CURIOSIDADES DA NATUREZA, O QUEIXADA.
CRIAÇÃO DE : LUIZÃO-O-CHAVES..........26/08/2013

ANASTÁCIO...MS