sábado, 19 de novembro de 2016

O CARCEREIRO QUE ERA "BATELÃO"

         
                                       
Certa ocasião numa cidadezinha interiorana do Estado de São Paulo que era muito distante dos grandes centros, lugarzinho onde toda a população era dada ao trabalho, os garotos frequentavam uma escolinha de três salas de aulas, os chefes de família trabalhavam nas roças, ali nas redondezas. Os idosos também ainda davam um murro danado nas capinagens das roças diversas, nas colheitas e na ruação dos cafezais, roças de amendoins, algodoais, canaviais, nas criações diversas pois naqueles tempos não haviam aposentadorias como nos dias de hoje, as idosas eram na sua maioria rendeiras, teciam redes, baixeiros de lã de carneiro e outros artigos do gênero. As moças ajudavam seus pais na roça. Outras que seus pais tinham comércio, ajudavam nos armazéns e lojinhas. Sabem aquelas cidadezinhas pacatas? Esta era uma delas. Não se ouvia e nem viam violência de modo nenhum. Tinha uma delegacia pequena, seus funcionários e o delegado quase não tinham o que fazer, depois de cumpridos os horários do expediente iam aos bares bebericar ou para suas casas. Três soldados da polícia, um sargento, e um cabo, faziam a ronda por obrigação e tiravam plantão na cadeia que era pequena também, isto  quando tinha prisioneiros, tinha duas celas, uma varandinha na frente, uma saleta, uma cozinha, uma dispensa e um quarto onde o plantonista dormia depois das 23:00 horas. Além do carcereiro um baita de um polaco de quase dois metros de altura. Tinha fama de batelão, ganhara este apelido porque não tinha dó de ninguém, para bater nos outros era com ele mesmo, era o corretivo dos malandros, quem caísse nas suas mãos estava perdido, sua fama foi longe, era temido, quase só por isso que ninguém ousava arranjar encrencas por nada com medo de ir preso e cair no laço. Sempre esta tarefa é dos policiais, mas ele tomou a frente por ser mais antigo na organização de segurança local e por instinto de perversidade. O delegado não se importou, com a sua atitude, sem problemas dissera. Então o polaco cresceu dentro da profissão de surrar quem merecesse na cadeia. Na cidade tinha um motor estacionário importado e movido á óleo cru lá no alto de uma das ruas que fornecia luz até as 22:00 horas, isto quando não enguiçava e ficavam sem luz até por três dias. Energia diária eram só para o comércio, bares, armazéns, sorveterias, duas pensões e um hotel pequeno e nada mais. As iluminações noturnas de um modo geral nas casas eram lampiões a querosene e lamparinas, quem tinha uma lâmpada elétrica em casa era só os burgueses.  Dali nunca surgiram malandros ou ladrõezinhos baratos, pois todos os meninos e jovens eram bem criados e sabiam só trabalhar com seus pais. A noite quase ninguém saia, a não ser nos fins de semana quando tinham quermesses na igreja católica, missas ao anoitecer e alguns terços em casas de família, um bailinho familiar para os moços e moças se divertirem e namorarem, até mesmo arranjarem casamentos, em épocas das festividades também. Aos domingos iam ao campo de futebol ver as peladas do povo dali mesmo, havia jogos de: Maias, bochas e raias, corridas de cavalos e jogos de truco para os idosos até mesmo nos vizinhos á noitinha e aos sábados de tardezinha. Domingo á tarde lá pelas cinco horas encerrava toda as diversões, pois amanhã é segunda-feira, dia de trabalho. Esporadicamente aparecia por lá algum forasteiro vindo de outras localidades, as autoridades dali já percebiam a presença do estranho, lugar pequeno é assim, todos conhecem todos, se tivesse algum de passagem ou procurando algum parente ou serviços braçais não era incomodado por nada, mas se a policia desconfiasse que era algum vadio vindo de outro lugar advertiam-no, aqui não deixamos ninguém ficar vadiando pelas ruas em dias de semana. Se teimasse iria preso e o carcereiro da cadeia dava um banho de borracha e salmoura no dia seguinte para ir embora e não voltar mais ali. Ninguém faz ideia de quantos por ali passaram. Num dia desses os policiais na ronda costumeira deram de encontro lá pelas 22:00 horas com um sujeito desconhecido dali e de todos, andando a esmo pela rua procurando um espaço para reclinar a cabeça nem que fosse em alguma porta ou portão fechados. Era um moço bem novo, aparentava uns 25 anos, robusto, bem dotado fisicamente, boa altura, lá pelos  1.85m ou mais. Aqueles sujeitos de pouca conversa,  e que presta atenção em tudo o que lhe dizem. Boa aparência mas muito mal arrumado, apenas com um embornal de roupas sujas dentro, um sabão, uma pasta de dentes e uma toalha velha da cor do chão. Parece ter vindo de longe e com muitos dias de viagem. Dava até pena do moço. Foi interrogado pelos seguranças rondando naquele horário,  obtiveram como resposta do individuo: Não sou daqui, venho do norte e a procura de serviços, sou sozinho no mundo, não tenho família, parentes e nem aderentes, não conheci meus pais, fui criado por terceiros e ando pelo mundo  desde meus 14 anos de idade em busca da sorte, quem sabe ela está por aqui. Nunca fiz mal á ninguém, não sou mau elemento como os senhores estão pensando, mas estou em vossas mãos, durmo nas portas de algum bar ou armazém se o seu dono deixar. Quando tenho dinheiro paro na pensão ou hotel, hoje estou sem recursos. Parece que a sorte me abandonou, mas corro atrás dela mesmo assim. Aqui não tem sorte para pessoas como você, estranhos, vagabundos, sem o que fazer, sujo e maltrapilho sem documentos sem nada que vos identifique, lugar deste tipo seu, aqui conosco é na cadeia, e lá tem um carcereiro que cura qualquer doente da mente ou outra doença. Ele bate colocado, sem errar uma "Lapada" disseram os dois policiais. Estenda as mãos, queremos vê-las se tem calos nelas e se trabalha mesmo! O rapaz fez o que lhes foi ordenado. Tinha calos sim, e nos pés tinha uma botina "Testa de touro" bem conservada até, está bem, responderam os policiais. Colocando as algemas no rapaz disseram: Não podemos deixar você á esmo por aí. Qualquer policial só pensa mal da gente. Para eles só existem pessoas más e delinquentes. pensou o moço. Vamos andando, dormirá na cadeia esta noite e amanhã pela manhã terá uma surpresa, o batelão está sem serviços há algum tempo, está com as mãos coçando, o chicote está sujo e precisa ser limpo nas costas do primeiro que chegar, você foi premiado. O rapaz ficou calado com aquele deboche á suas custas. Sem querer já tinha arrumado um grave problema. De fato fazia muito tempo que não aparecia ninguém por aquelas bandas para ser surrado pelo Polaco. Parece que até a vizinhança da pequena cadeia davam por falta dos gritos de socorro de algum "azarado" que por certo cairia na "peia". Aquele espetáculo era rotina quando tinha freguês. Lá se foi o rapaz sem oferecer resistência alguma na ordem de prisão dos policias. Cadeia vazia, sem plantão, sem nada dentro. Cela empoeirada, teia de aranhas para os cantos e um colchão velho de capim lá num canto. Os dois fecharam o moço e trancaram o cadeado, foram embora rindo do infeliz e da má sorte que o esperava assim que o dia amanhecesse, passaram na casa do "Polaco" e lhe avisaram que tinham novidades para ele, este ainda estava acordado e jogando damas com o seu vizinho. Está bem e obrigado, disse aos policias. Amanhã veremos. Quando amanheceu o novo dia e no café da manhã a sua esposa estava apreensiva e disse-lhe: Esta noite tive um sonho muito ruim com você amor, eu via você deitado no chão e em silêncio, será que você vai morrer? É um aviso que algo não vai bem em nossa vida? O que será que é? Que nada querida responde o Polaco, sonhos é pura tolice. Estamos bem. Trocou de roupas e foi lá para a cadeia, era uma subidinha, a cadeia ficava lá no alto ao lado do campo de futebol, o vizinho mais próximo ficava uns cem metros dali, era isolada a casinha de detenção. Quando o Polaco chegou e adentrando o recinto com ares de superioridade, semelhante a um leão quando olha os outros animais felinos com desprezo, com pouco caso, ostentando a juba que é sua corôa de rei da selva. De fato o Polaco era uma fera, parecia um gato faminto quando pega um camundongo indefeso, viu o sujeito encolhido num dos cantos da cela. Nem bom dia falou, só avisou-o: Sabe quem eu sou? Sou o Polaco! O terror dos vagabundos, sabia? Ninguém passou por aqui duas vezes, a não ser que não tem dó do couro do lombo. Prepare-se: Faz tempo que não coço as costas de vagabundos. O rapaz ficou olhando aquele monte de músculos com um chicote, um rabo-de-tatu na mão, aqueles que tem uma argola grande de metal amarelo por onde se enfia a mão, estava na   esquerda, e um 32 niquelado por baixo da camisa, um pedaço de pau roliço emborrachado do outro lado. Pensou consigo: É tudo ou nada! Você ou eu, meu camarada! É agora ou nunca! Será a vida ou a morte para um de nós dois! Por ser um sujeito andado, do trecho, do mundo, escolado na vida, conhecia quase todas as situações de embaraços, e os percalços desta vida, as dificuldades que ela impunha aos menos favorecidos pela sorte, como sair ou encontrar soluções diversas, tinha aprendido muito nestes 25 anos de vida até ali. Era um dos maiores desafios que contemplava agora! Ficou estudando o carcereiro e seus movimentos enquanto abria o cadeado, abriu e adentrou a cela, virando-se de costas para o moço enquanto trancava o cadeado por dentro para que o prisioneiro não tivesse chance nenhuma de escapar, era a sua técnica maléfica de judiar dos infelizes que os tinha em suas mãos. O moço levantou e ficou em pé no canto onde estava sentado. Com os braços livres ao longo do corpo, como faz o herói do faroeste, movendo as mãos, fechando-as e abrindo, pronto para o que der ou vier. Parecia um felino preparando um golpe mortal na caça! Ou o macharrão da pintada quando esta sobe e ele fica sentado no chão fazendo caretas para o caçador, acuados por cães com cincerro no pescoço. Sabia que estava em desvantagem frente aquela temível fera, mas lutaria pela vida sem temer nada! Era um homem de coragem sem dúvidas, ainda mais que as circunstâncias do momento obrigavam-no ser como uma pantera acuada na mata. Dizia de si para consigo: Se pensa que não sei me defender? Está muito enganado! Desta vez casará a sua filha mal-casada! Quando o Polaco virou de frente para ele recebeu um coice duplo, aquele dos pés juntos, uma espécie de tesoura voadora, mas fechada ali na parte íntima, ali nos países baixos, onde nós homens não suportamos dores, no golpe rápido, preciso, fulminante, e como um relâmpago o moço já estava de pé, novamente pronto para um novo ataque caso o primeiro não surtisse o efeito desejado. Mas foi fatal o primeiro. O homem carcereiro esmoreceu, viu o Polaco caindo sentado de costas para a porta da cela, sem ao menos esboçar um gesto de defesa, com as duas mãos segurando os órgão genitais  e cego de dor, o homem esmorecido, se entregou de vez, o rapaz prisioneiro deu um segundo golpe com os joelhos, somente no rosto do batelão que estava curvado para a frente, pois tentara levantar, acertou-lhe o rosto em cheio, este rolou no piso, parecia um lutador profissional que não erra um golpe, tomando-lhe o rabo-de-tatu das mãos, virou-o dando duas argoladas na cabeça, que espirrou sangue nas paredes, pegou o cacetete e deu-lhe várias pancadas na nuca para desequilibrá-lo definitivamente. Este gritou por socorro! Gritava para tudo o que era Santo que do seu nome sabia! Uma gritaria sem fim! Berrava igual macaco na peia! Nada adiantou! Aquilo era normal O rapaz batia-lhe no rosto, na boca, no nariz, na cabeça em qualquer lugar onde a cacetada acertasse.  Batia nas suas mãos para quebrar-lhe os dedos, batia lá em baixo, Tirou-lhe as armas, com ele já mole no piso de tanto apanhar. Não esmoreceu, não teve pena, bateu-lhe até cansar. Tomou um fôlego, olhou bem para o batelão já entregue para as baratas, tirou o molho de chaves da cintura deste, abriu a cela, voltou e tirou-lhe as roupas, deixando-o semi nu, antes porém meteu a mão num dos seus bolsos, tirou um punhado de areia ajoelhou no seu ventre, de joelhos na barriga dele, abriu os olhos do carcereiro com os dedos e meteu areia neles sem dó nem piedade, socou com a ponta do cacetete, o Polaco só gemia, nem forças tinha mais para gritar por socorro,  levando as roupas do carcereiro saiu com a maior naturalidade andando, assoviando como se nada tivesse feito de errado e foi-se embora deixando-o trancado com cadeado  por fora, levou as chaves também! Atirou-as bem longe dali! Levou só a arma de fogo no seu embornalzinho. Lá se foi o moço a procura de sua sorte! Ninguém deu por fé daquela situação que o Polaco se encontrava! Ninguém se preocupou com aqueles gritos de clemência e socorro pelo carcereiro que ecoavam longe e todo mundo ouvia. Alguns da vizinhança sentiam dó daquela infeliz criatura que o carcereiro judiava, pensando que era outro preso. Outros davam risadas. Era rotina aquilo. Já virando o meio dia alguém sentiu falta dele, a sua esposa!  Demorava chegar! Foi na cadeia e deparou com aquele quadro horripilante. Quase desmaia de tanto terror! Saiu gritando para todo mundo que seu marido estava morto e trancado dentro da cela. Delegado e seus policiais fora acionados. Em menos de quinze minutos a cidade toda sabia do acontecido. Vieram todos e mais a multidão de curiosos para verem o ocorrido. Tiveram que serrar as grades para tirá-lo.O delegado disse-lhe porque não pediste socorro a nós, homem? Ele respondeu: Gritei tanto mas ninguém me ouviu, nem me socorreu. Os populares acrescentaram: Quem esperava uma coisa dessas? Isto nunca aconteceu! A gente pensava que era outro caindo no cacete. Um dos mais experientes na vida retrucou: Há sempre a primeira vez gente! Outra coisa: Quem vai dar, tem que ter um saco para trazer! Poderá ganhar também! Não há primeiro sem segundo! Outros disseram: Em quantos infelizes ele bateu sem dó! Este nunca mais baterá em ninguém, podem crer! Um velhinho pra lá dos oitenta em meio á multidão observou: Até que demorou para isto acontecer! O mundo ensina quem não sabe viver! A terra clama ás dimensões superiores quando nela tem demais injustiças e sangue inocente.  Este rapaz veio a este lugar sob encomenda da justiça Divina! Capricho do destino! Ninguém sabe se alguma vítima  praguejou o polaco  para que isto acontecesse! Ou se alguma mãe ou pai de um filho tão querido se ajoelhou e clamou por juízo? Tudo pode acontecer, homem é um ser mais imprevisível e perigoso que se conhece. Este desconhecido tem um cunho de justiceiro, algo do sobrenatural flui deste ente estranho. Nunca saberemos quem é ele! O homem evaporou, nem vimos quando chegou aqui e nem quando ele foi embora. Levaram o Polaco para outra cidade em busca de socorro, todo mole, arroxeado, alquebrado e da cabeça aos pés banhado de sangue, o rosto parecia uma jaca de inchado e cheios de caroços, ou hematomas com sangue pisado, não conseguia se mover, parecia um morto mesmo. Olhem o sonho da sua esposa dando certo! Ficou um mês e pouco no hospital, quando saiu ficou cego para o resto da vida! Ditado popular: Aqui se faz, aqui se paga!

      "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES" 18/11/16

   

CULTURA SERTANISTA QUE NOS DIVERTEM PARTE-04

                           
                             O QUE É O QUE É, ADIVINHA?

01-O que é que enche uma casa e nunca enche uma mão?
02-De manhã esta atrás, meio dia esta embaixo e a tarde está na frente?
03-Numa casa tinha sete mulheres, cada mulher tem sete gatas, cada gata tem sete gatinhos, entraram no carro e foram passear, um homem que tinha um gato pediu carona, elas disseram aqui não cabe mais ninguém! Leve ao menos o meu gato ponderou ele. Elas aceitaram. Quantos que ficaram?
04-Lambi e lambi com muito jeito no seu fundinho meter eu consegui?
05-Que diferença há entre o Paraná e uma agulha?
06-O que é que quanto mais tira mais aumenta?
07-Qual a parte do boi que chama cão?
08-O que é que começa no fim e termina no começo?
09-Duas mocinhas gêmeas que moram no mesmo prédio, nunca se veem?
10- Qual é a roupa que a esposa usa e o marido não vê?
11-O que é que da mulher casada é mais larga, da solteira é estreita?
12-Amanhece comprida ao meio dia é redonda e a tarde se estica toda?
13-O que é que a mulher casada ganha do seu marido e dali em diante não passa sem?
14-Quem morreu duas vazes para depois ser enterrado?
15-Pela manhã é 4 meio dia é 2 a tarde é 3 e a noite é 6?
16-O que é que cresce para baixo até arrastar no chão?
17-Quanto mais se tira mais aumenta?
18-Quanto mais se perde mais tem?
19-O que a mulher tem na frente que cheira: Azedo, peixe, fígado e sangue?
20-Quem é saiu de duas barrigas?
21-O que é que na cidade só tem um e no campo nenhum?
22-Eu estava em casa, vieram me chamar, a casa saiu pelas janelas e eu não pude me escapar?
23-Quanto mais seca mais molhada fica?
24-Ataque dali que eu cerco acolá, quando não tinha me prometeu e hoje tem por que não quer me dar?
25-Vou trabalhar para você a razão de R$0,01 por dia, á dobrar nos dias seguintes. No final dos 30 dias quanto deverá me pagar?
26-Tem um burro morto de fome e sede, dei-lhe uma bacia com água e um maço de capim, qual ele abocanha primeiro?
27-Pés na estrada, olhos no ar, barriga no chão  as costas lá em casa?
28-É nascido duas vezes e só na segunda que vai ser criado?
29-Qual a única mulher que seu sonho está registrado na escritura sagrada?
30-Está na igreja, no cemitério e em sua casa dentro da água?
31-Estando sentada é mais alto do que em pé?
32-Pela manhã é 4, ao meio dia é 2, á tarde e 3 e a noite é 6?
33-Capote sobre capote mas sempre do mesmo pano, para tu adivinhar te dou prazo de um ano.
34-Altas torres com belas janelas se abrem e se fecham sem ninguém tocar nelas?
35- Porque o pé esquerdo dos  moleques é sujo de tiririca?
36-Se não posso fazer mais amigos o que devo fazer? 
37-Quais os dois pés mais pesados que existem?
38-Branco de nascença,preto de natureza, morte pra ele é vida e vida pra ele é tristeza?
39-O que a moça faz quando completa 15 anos?
40-Quem é que corra com os joelhos para trás e ninguém o alcança?
41-Que diferença tem um japonês e um brasileiro, ambos em pé e sentados?
42- O que é uma casinha de 4 esteios com uma telha só com um fole e um chicote?
43-Quem é que corre no lugar sujo, chega no limpo pára?
44- Tem medo do escuro, só fica no claro?
45-Qual é a única mulher que sabe onde está seu marido?
46-O que é, o que é? Nasce em pé mas corre deitado!
47-Atirei no que vi, matei o que não vi. Tirei lasca de pau- santo assei e comi. Morto carregar vivos coisa que nunca eu vi?
48-Vi na estrada parecendo cipó. Com que lhe cortei era ruim, mas o bicho era pior. A fruta da arvore era boa mas a raiz era melhor.
49-Quanto mais tiro mais aumenta?
50-O que faço com a mão esquerda que a direita nunca faz? 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O SAPO, A ONÇA E O COELHO.

                                       
             
Nas suas andanças pela mata a onça sem querer porque estava olhando para cima pisou nuns galhos finos e cobertos por folhas secas num trecho onde tinham um bando de macacos numa fruteira e numa bagunça danada, a dona onça estava de fininho sondando o chefe do bando para não ser vista e surpreende-los, quem sabe pegaria ao menos um deles. Ao pisar naquele monte de folhas secas, o coelho que estava dormindo embaixo saiu louco da vida até sem direção para onde iria. Até a onça levou um susto dele, pois estava concentrada nos macacos, imaginou ser um rolo de cascavel, mas não esperava que fosse o seu tão caçado coelho que estava por ali naquele hora, é que ele estava dormindo. Dois assustados ao mesmo tempo. Como o coelho deu alarme na sua carreira e passando embaixo da macacada, estes viram a onça, foi aquele reboliço, macacos se atiraram para todos os lados, o coelho então nem se fala, a onça ficou puta da vida com o coelho e resolveu: Já que não pude almoçar um macaco, vou jantar você hoje seu "Safado". Saiu na perseguição dele, vai aqui, vira ali e até que passou na porta de um buraco de tatu, uma antiga morada, vendo um sapo deste tamanho, um baita cururu que morava ali. Estava em pé na entrada do buraco espiando o movimento da bicharada da mata naquele horário. Trazia na cintura um facão. Era lá pelas oito horas da manhã. Já foi perguntando ao sapo: O coelho passou por aqui ou entrou aí neste buraco?. O sapo ficou meio sem jeito, não querendo falar no assunto, passou a mão no queixo e piscando muito resolveu olhar para o outro lado como quem quisesse desviar a atenção do felino. Mas a onça falou de novo: E daí seu feioso, o coelho tá aí ou não tá? Fale de uma vez e deixe de ser besta! É que eu não gosto de dar informações de ninguém dona onça, disse o batráquio! A gente arruma inimizades por ser linguarudo! Não gosto da vida alheia. Não sei do coelho amiga! Olhe aí as pegadas dele replicou a onça, está aí dentro sim, está ou não está? O sapo assentiu com a cabeça afirmativamente. Então cuide dele viu? Vou buscar um enxadão e uma pá para cavucar e arrancar este safado, vou  janta-lo ainda hoje. O sapo meio sem graça, falou: Eu já vou amiga! Nada disso, fique aí cuidando dele, não o deixe escapulir senão lhe arranco a cabeça fora do corpo.O sapo pensou em correr mas não dava mais, a onça o pegaria sem trabalho nenhum, pensou: Está bem vou cuidar dele, disse o sapo, pode ir descansada, não deixarei a senhora decepcionada. Então o sapo bravateou: Vou mostrar-lhe do que o mestre cururu é capaz. Sapeque o facão nele completou a onça, e se eu matá-lo replica o sapo! Melhor ainda sorriu a onça, me poupará trabalho de cavucar-lhe. Deixa comigo emenda o sapo: Vou destripa-lo já. A onça se foi e o coelho lá dentro escutou toda a conversa. Estou perdido nas unhas destes dois, pensou: Inda não vi: Sábado sem sol, domingo sem missa e nem segunda sem preguiça. kkkkkkkkkkkkk Fez um plano, este sapo e grande prá chuchu, maior do que eu, não aguento lutar com ele para sair desta enrascada, além disso ele está armado com um baita facão na cintura, eu sem nada nas mãos. Ele sozinho já fecha a porta. Pera  aí! Já sei! Veio até a porta fingindo estar comendo alguma coisa gostosa. O sapo lhe perguntou: O que está comendo tão gostoso assim, mastigando alto com tanto ruído? E amendoim torrado com açúcar responde o coelho, quer provar? Claro que quero animou-se o sapo. Então vamos brincar, abra a boca e feche os olhos, depois em seguida feche a boca e arregale bem os olhos, vamos ensaiar, sempre alternando viu? O sapo fez direitinho. Isto, disse o lebre! Agora vou jogar na sua boca o amendoim numa dessas. Está feito disse o sapo e começou a sessão de abre e fecha. kkkkkkkkkkkkk. Numa daquelas o lebre mandou um punhado de areia nos olhos do sapo, que ficou cego na hora, o coelho se aproveitou daquela brincadeira de mau gosto e deu uma peitada no sapo que caiu de costas com facão e tudo,  o lebre saltou por cima dele e deu no pé deixando-o a esfregar os olhos num desespero. Coelho desgraçado, resmungou o sapo. Me passou para trás. Dai a pouco chega a onça com as ferramentas. E daí companheiro cadê o bicho? Tá aí dentro responde o sapo. Vamos arrancá-lo já, dissera a onça. Mãos á obra e começou a cavar, o sapo coitado estava gelado de tanto medo, só imaginava na ira da onça ao ver que fora enganada mais uma vez, enquanto isso o lebre dava boas gargalhadas lá bem longe dali. Saboreava  um velho ditado sertanejo: Enquanto existir um trouxa, o esperto não passa apertado. kkkkkkkkkkkk. Chegou no fim da escavação e nada do coelho.  Cadê o coelho mestre sapo? Mentiroso, deixaste o bicho ir embora seu covarde, e agora o que faço com você? Mas o coelho me enganou dona onça! Me jogou areia nos olhos, dissera o sapo tremendo de tanto medo. Fugiu mesmo, nem sei para que lado, só sei que sumiu. A senhora me desculpa! A onça sentou e ficou olhando para o sapo e pensando: Se este camarada fosse de carne boa eu o devoraria agora mesmo. Ficaria no lugar do coelho fujão, mas é um bicho feio e fedorento, urina fétida e ainda joga leite na gente, acho que vou desculpá-lo. Não há outra solução. Vou desculpá-lo sim, dissera ao sapo, mas jogarei você bem longe daqui, lá na cabeceira do ribeirão. Pegou-o por uma das pernas e saiu mata afora até no rio, jogou-o com força numa pedra lá do outro lado. Se foi desapontada com tanto trabalho por nada. O coelho mudou de mata também onde não havia onças e nem sapos cururus!  kkkkkkkkkkkkkkk. 02/11/2016


FABULAS PARA  "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"  

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

CULTURA SERTANISTA QUE NOS DIVERTEM- PARTE -03


                        O QUE É, O QUE É?
01-Joguei fora a comida e comi a vasilha que a continha?
02-Porque o rei andou com os pés no ar?
03-Quanto mais fofo melhor para a sua bunda?
04-Que diferença tem o padre e um rôlo de linguiças?
05-O que é que tem os dentes na cabeça, não tem queixo mas tem barbas?
06-Tem pé mas não caminha e tem olho mas não vê nada?
07-Que nome tem a flor que o burro carrega nos cascos?
08-Em quantos estados no Brasil tem água?
09-Qual o estado mais populoso do Brasil?
10-Comprei para comer mas não comi?
11-Quem é que tem mais olhos?
12-Tenho cabeça mas não tenho juízo, tenho barbas e não tenho rosto,tenho rabo sem ter bunda, vivo de cabeça para baixo e não fico tonto?
13-O que a folha de papel disse para a caneta?
14-Como é que 8x8 dá 500?
15-Meio careca tem 500 fios de cabelos, e o careca inteiro quantos fios terá?
16-Foi criado num laboratório uma bactéria que a cada minuto reproduzia o dobro, no recipiente que se encontrava levou 15 minutos para chegar ao meio, e para enchê-la, que tempo gastará?
17-Qual a palavra que foi criada para nunca dizer a verdade?
18-Qual as filhas que só tem pai, elas só usam meias e andam sem sapatos?
19-Quando seu pai nasceu a filha ja andava no mundo?
20-O pai é verde, a filha encarnada, ele é manso ela é danada?
21-Em cima de ti trepo, fico de vai e vem, você me lambuza todo, mas seu gostoso comigo vem?
22-Sou mais alto do que um homem, mais baixo do que uma galinha?
23-Quem disse que na hora que falou foi no céu e voltou?
24-Qual o animal que não tem fel nas vísceras?
25-Uma casa tem quatro quartos, cada quarto tem quatro cantos, cada canto tem um gato sentado, cada gato enxerga três. Quantos gatos tem na casa?
26-Numa dispensa tem uma vasilha contendo nove orelhas de porco salgadas. Tem um buraco na parede, entra um gato para roubá-las, cada dia ele sai com três. Quantos dias ele leva para carregar todas?
27-De que lado que fica a asa da caneca? Durmo em pé, para andar e passear é só deitado?
28-Ele só morre se for queimado, ela só morre cantando?
29- Qual é a construção que começa pelo telhado?
30-Uma casinha branca sem portas e nem janelas, mas tem um morador dentro dela?
31-Vejo na lua,  na rua, não esta na minha mas está na sua?
32-Diga o nome de quatro frutas com a inicial "L"?
33-Na água nasci, nela vivi e se me por nela, vou sumir?
34- Quem é que tira a roupa para mostrar os dentes, tira os dentes e mostra o corpo?
35-Barriga d'agua, tripas de pano e cabeça de fogo?
36-Nome de uma cidade de São Paulo que se tirar a última letra, é nome de caça?
37-Nome de um estado brasileiro que se tirar a última letra é nome de peixe?
38- O que a mulher tem no começo e o homem tem no fim?
39-Qual a mulher que tem o nome de um carro?
40-Um avião viajam quatro romanos, um inglês e uma brasileira, a aeromoça, como ela se chamava?
41-Escreva Perfeito só Deus, com apenas uma letra?
42-Atirei no calcanhar, acertou no nariz por que será?
43-O elefante bateu na cerca e esta caiu, que horas são?
44-Um maluco estava de relógio novo que ganhara, um gaiato lhe perguntou as horas só para debochar do coitado, ele olhou o fulano e apontou para a esquina onde tinha uma matilha de cães brigando informando as horas. Que horas eram?
45-Quem é que só trabalha com as mãos enfiadas na boca?
46- O que  é que Deus fez mas não terminou de fazê-la, se você quiser usar termine a tarefa?
47-O que é que tem no pomar e na suas vestes?
48- Quatrocentos bois correndo quantos rastros fazem?
49- Qual a cidade que nela não há sogros e nem sogras?
50-Nasce aos sopapos e morre á faca?


PARA "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES" ANASTÁCIO MS 28/10/2016

DEFUNTO APANHA ANTES DE SER ENTERRADO.


Quase todas as histórias que o povo conta uns para os outros, passando conhecimentos, cultura ou até mesmo para passarem o tempo em rodas de amigos ou familiares quando se reúnem, nas portas de botecos, onde se aglomeram gente, que sempre tem um contador desta arte sertaneja, o citadino quase não sabe de nada a esse respeito, menos ainda de outras culturas a não ser o que estuda e aprende, a cultura sertanista é muito antiga, data de desde quando o homem pisou na terra, recebendo o dom da fala, aprendeu a conversar, ver os acontecimentos no dia a dia consigo e com os outros, sai para viajar ou trabalhar  e vê muitos casos e coisas acontecidas e volta  contando para os que não sabem. Isto acaba se tornando em "Causos" que passam de geração em geração. Nos dias atuais quase ninguém sabe destas coisas tão simples mas divertidas até. Os nossos antepassados sabiam muito a esse respeito, nós já sabemos muito pouco. A evolução dos povos as tecnologias de uns tempos para cá tomou o lugar desta arte. Rádios, televisão, videogame, celulares, filmes, internet e outras diversões tomam o tempo das pessoas, ninguém mais, até pais e esposo não dá-se ao luxo de ao menos conversar com os filhos e esposa em famílias. É cada um para um lado e solitário, rindo sozinho das coisas que veem nos seus divertimentos a sós. Veem muito, falam pouco, escutam menos ainda e por fim quase não aprende a conviver com o seu próximo. O elemento humano está muito desvalorizado, quase ninguém liga para os outros. Ficam tapados até certo ponto. Não sabem nem conversar, quando vê um desembaraçado, ficam de queixo caído admirando como é que aprendeu tanta coisa assim. kkkkkkkkkkk. Não é que o outro aprendeu tanto, é ele que ficou para traz. Quando contamos algum fato as pessoas que nos rodeiam ficam boquiabertas e até duvidando daquilo que falamos, pensam que somos inventores daquele assunto, pensam que somos mentirosos, mas não somos não! Vivenciamos uma geração maravilhosa, os nossos antepassados eram pessoas boas, verdadeiras, educadas, respeitosas, sem malícias, ou preconceitos, sem subestima a outrem, de caráter, de moral elevada, de consideração ao próximo, de famílias unidas, famílias exemplares, sem divisões, enfim de condutas irrefutáveis, um modelo para os dias atuais. As pessoas más nunca deixaram de existir, em toda a história elas sempre marcaram presenças. São como ervas daninhas no campo, é o mundo do trigo e do joio! Ninguém pode duvidar, nem achar que tudo é ruim ou bom demais. Tá tudo misturado! Cultive o que você quiser, a terra dá de tudo, produz o que lançar nela. Só que ela requer tudo de volta, requer um troco de tudo que oferece aos humanos e a toda criação que dela depende para sobreviver. Dela saímos e para ela retornaremos sem dúvida! Não importe quanto tempo demorar, ela tem paciência e espera! Certa ocasião fomos surpreendido por um caso raro mas verdadeiro, tivemos que dar um "Couro" num defunto no caixão antes de sepultá-lo. Curioso não? Sim! Não sabemos a origem desta prática, mas ela é muito antiga, é dos tempos dos "Corpos Secos", nem sabemos também como foi descoberto, visto os tais corpos. Quanto ao defunto que apanhou, nós não sabíamos que aquele fulano antes de morrer há muitos anos dissera que não queria ser enterrado naquela região. Ele era de outras terras onde nascera e fora criado, queria que o levassem para lá quando morresse. A gente não adivinha o que os outros pensam e querem. Foi uma luta para carregar o caixão dele, tempos antigos que os defuntos eram levados ao cemitério em redes, banguês, atravessados no lombo de animais, carretas, carros de boi, carroças, pois os cemitérios eram muito longe um do outro nos sertões, não eram tão movimentados como são hoje em dia. Morriam pouco as pessoas, assim mesmo eram de velhice. Hoje morre gente de todos os jeitos e toda hora. De onde o defunto residia até ao cemitério dava uns dois quilômetros. Teríamos que levá-lo a punhos pela alça do caixão. Uma turma revezava com a outra, eram bastante gente, na sua maioria homens fortes, quatro largava da alça do caixão e quatro pegava. O homem era franzino, pesava decerto uns cinquenta quilos no máximo, parece que só os ossinhos que lhe dava o peso, magrinho e ainda velhinho. Saímos com o cortejo fúnebre, tudo bem na saída, andamos um pouco e o caixão começou a pesar como se fosse chumbo  que tinha dentro. Assustamos com aquele peso sem explicações nenhuma. Todos nós, um olhando para os outros, desconfiados e sem querer ser o primeiro a dar o alarme, cansamos, pusemos o caixão no chão e sentamos para recobrar as forças. Pusemos a pensar. Sempre fomos bons amigos quando ele era vivo. Deixe de história "Seu defunto"! Você não engoliu chumbo para pesar tanto assim? Nós somos fortes, e não estamos aguentando carregá-lo? Sentados na beira do caminho, ficamos tentando ver ou adivinhar o que causava aquele desconforto nos companheiros. levantamos várias hipóteses: Dizem uns que se o "Seu defunto" fora mau enquanto viveu, matando seu próximo e este ao saber de sua morte veio e sentou em cima de seu caixão, ao invés de carregarmos um, vamos levar um monte? Outros dizem que ninguém sabia se ele queria ser enterrado naquele cemitério porque haviam sepultado um seu inimigo ali, e não queria ser vizinhos de sepultura. ou queria ser levado para outra localidade, outro cemitério! Ou ao lado de seus entes queridos que foram antes dele para ficarem juntos. Num abrigo familiar como se fazem nos dias de hoje. Jazigo de família! Ninguém sabia o que seria a solução mais correta. Sempre tem nos velórios alguns que aproveitam passar a noite velando o amigo e tomando uns goles de cachaça. Amanhecem "Cabeçudos," tontos de sono  e da pinga, logo um deles deu uma opinião: O negócio é que este defunto não quer ir mesmo, mas ele irá nem que seja na "Marra." Ele não tem querer! Ora se não vai!  Estamos aqui para sepultá-lo, ele não manda na nossa vontade, terá que ir sim! Logo na derradeira viagem querendo por "Gosto ruim" na sopa? Essa não! Ou se algum de nós  te ofendeu e nem percebeu, perdoa nós todos e vamos ficar de bem "Seu defunto", ódio, rixas, intrigas ou malquerenças, não levam á nada dissera um dos acompanhantes! Vamos tentar mais uma vez pessoal, se ele teimar conosco dar-lhe-emos um "Couro". Defunto não escuta, mas este fica bem avisado. Peguem ai pessoal, agora ele vai! Andamos uns trinta metros que pareciam trezentos, fazendo uma força de leão, suor corriam as bagas de nossos rostos, camisas pregadas no corpo de tanto que  suamos, nossas pernas amoleceram, resfolegando o companheiro ordenou: Parem! Esperem aí que ele já vai! Vamos dar um "Cacete" nele. Entrou no mato na beira da estrada quebrou uns galhos de qualquer arbusto com bastante folhas e bem verdinhas, quanto mais verdinhas melhor, os trouxe e começamos a bater no caixão com o fulano lá dentro. Foi um sobe e desce de cipoadas que até parecia estarmos batendo arroz numa banca lá na roça. kkkkkkkkkkkkkk!  Jogamos foras os talos, porque as folhas saíram todas, pegamos nas alças do caixão de novo e ai ele foi! Não deu mais trabalho até o fim do trecho, até sobrou terra quando sepultamos e alisamos o seu túmulo com a pá, ele não era miserável, disse um dos acompanhantes. Deixamos alguns buquês de flores e velas acesas para ele e: Adeus amigo! Viemos embora contando aquela história feia. Nunca esquecemos disto! 1962.

CONTO PARA O BLOGGER "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"

ANASTÁCIO MS 24/10/2016