Viajavam por uma estrada , três animais e para ser mais preciso
eram três cavalos; um já velho outro de meia idade e o terceiro um potro bem
novo. Arribaram da região onde foram
criados e viveram, devido uma grande
estiagem que predominava na naquelas paragens. As nascentes estavam com suas águas muito
minguadas, as pastagens estavam esbranquiçadas devido a seca. O levante do sol
se dava em meio a fumaça do tempo e de cor laranja-avermelhado, o ocaso era de
dar tristeza era da cor do sangue, a noite era sufocante, nem uma brisa que
aliviasse o calor noturno. Não tendo esperanças nem perspectivas de melhora
naquele lugar, decidiram juntos procurarem um lugar onde pudessem manter a
sobrevivência. Tiveram noticias de um lugar muito distante dali onde existiam
pradarias verdejantes e belíssimas aguadas. Um lugar bom para findar seus dias
de vida, assim pensava o cavalo velho. Então em marcha que já durava algumas
horas, pois tinham saído de sua querência naquela madrugada. O sol ia alto quando já estavam querendo fazer um auto
horário para descansar alguns minutos ,viram a estrada que seguiam bifurcar-se.
E agora? Nada conheciam sobre aquela região, muito menos os seus caminhos. Já
levantaram uma questão! Para que lado vamos seguir? Perguntou o potro! Acho que devemos ir para a
esquerda, respondeu o cavalo do meio pela idade. O potro discordou, acho melhor
seguirmos pela direita; o lugar que procuramos deve estar por este lado. Nada
feito replicou o outro, sigo pela esquerda conforme te disse. As aguadas estão
por esse lado. Nenhum conseguindo convencer o outro, resolveram pedir a opinião do cavalo velho: O que acha o
senhor por onde devemos seguir para não
dar errado? Não sei! Disse o velho! Cada um siga por onde achar melhor. Eu
esperarei aqui! Ninguém contestou, cada
um seguiu por uma estrada. Aproveitou para descansar as pernas já baqueadas
pela sua idade, e com muita paciência aguardou um deles. Dito e feito! Após uns
trinta minutos vinha um deles galopando
e muito suado; era o potro, Chegando perto disse: Na verdade o caminho da
direita deu numas ribanceiras intransponíveis. É o da esquerda que procuramos! O nosso companheiro estava
certo! Vamos embora ? Sim, dissera o cavalo velho. Seguiram
conversando estrada afora. Lá bem adiante estava o outro á espera dos dois.
Unidos novamente retomaram a caminhada sem ninguém articular uma palavra
sequer, O potro resolveu quebrar aquele silêncio que já estava incomodando . Dirigiu ao velho a seguinte pergunta:
Por que o senhor não quis acompanhar nenhum de nós quando cada um seguiu por um
lado? Soando o nariz, o velho respondeu: Porque um dos dois teria que errar; os
dois acertarem seria impossível. Resolvi esperar pelo que errasse! O Outro
estaria certo, eu não sabia quem erraria ou quem acertaria! Convencido desta
bela lição de vida os dois mais moços sentiram
muita gratidão pelo velho companheiro desta aventura que culminou com chegada no paraíso que procuravam. Sempre unidos e
depois de muitos anos, assistiram o velho peão estradeiro descansar em paz.
Assim é a vida!
MORAL: PRECISAMOS CONTAR MUITAS VEZES, NÃO SÓ PELOS QUE
ACERTAM, MAS TAMBÉM PELOS QUE ERRAM!
CONTO REPRODUZIDO E RECORDADO POR : LUIZÃO-O-CHAVES.......22/06/2013
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