Andavam pelo mato e as campinas o bode e a raposa, ao
passarem por um lugar que fora moradia alguns tempos, a raposa sempre seguia na
frente, porque ela nunca deixou de ser considerada um animal muito esperto. Boa para lograr os
outros. Isso era com ela mesma. Já havia enganado muitos dos bichos, sempre
conversando com o bode durante as
andanças . Num pequeno descuido ao passar pela velha tapera não viu uma velha
fossa encoberta de capins, escorregando no barranco dela, lá se foi buraco
adentro. Como o bode ia mais atrás escapou da cilada. E agora? Como fazer para
socorrer a companheira em apuros. Na verdade não era tão profunda, mas não
alcançava a beirada da fossa com as patas. Não tinha como sair com suas
próprias forças. O bode todo apurado não
tinha uma ideia de como resolver a situação. Espiava a companheira lá em baixo,
a raposa sentada em baixo espiando para cima. Como sempre a raposa é astuta,
teve uma ideia. Disse ao bode: Desça aqui embaixo você também, ficará mais fácil para a gente sair
desta encrenca , você é mais alto eu
subo nas suas costas e estará resolvido
a situação. O bode nem pensou duas vezes, pulou lá em baixo. Ótimo companheiro!
Agora sim! Com muita rapidez subiu nas costas do infeliz e alcançando a beirada
da fossa com muita segurança, saiu fora muito garbosa, e lá se foi, sem dar a
mínima para o companheiro lá no fundo do buraco. E foi-se caminho afora rindo-se muito da ingenuidade do companheiro.
MORAL: O AMIGO É PROVADO NA HORA DA DIFICULDADE, E O INGENUO
PAGA PELO ESPERTO.
CONTOS ANTIGOS: RECORDAÇÕES DE LUIZÃO-O-CHAVES 21/06/2013
............................FIM..................................
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