quinta-feira, 4 de julho de 2013

A RAPOSA E O BODE


Andavam pelo mato e as campinas o bode e a raposa, ao passarem por um lugar que fora moradia alguns tempos, a raposa sempre seguia na frente, porque ela nunca deixou de ser considerada  um animal muito esperto. Boa para lograr os outros. Isso era com ela mesma. Já havia enganado muitos dos bichos, sempre conversando com o bode  durante as andanças . Num pequeno descuido ao passar pela velha tapera não viu uma velha fossa encoberta de capins, escorregando no barranco dela, lá se foi buraco adentro. Como o bode ia mais atrás escapou da cilada. E agora? Como fazer para socorrer a companheira em apuros. Na verdade não era tão profunda, mas não alcançava a beirada da fossa com as patas. Não tinha como sair com suas próprias forças.  O bode todo apurado não tinha uma ideia de como resolver a situação. Espiava a companheira lá em baixo, a raposa sentada em baixo espiando para cima. Como sempre a raposa é astuta, teve uma ideia. Disse ao bode: Desça aqui embaixo você  também, ficará mais fácil para a gente sair desta  encrenca , você é mais alto eu subo nas suas costas e estará  resolvido a situação. O bode nem pensou duas vezes, pulou lá em baixo. Ótimo companheiro! Agora sim! Com muita rapidez subiu nas costas do infeliz e alcançando a beirada da fossa com muita segurança, saiu fora muito garbosa, e lá se foi, sem dar a mínima para o companheiro lá no fundo do buraco. E foi-se caminho afora  rindo-se muito da ingenuidade do companheiro.
MORAL: O AMIGO É PROVADO NA HORA DA DIFICULDADE, E O INGENUO PAGA PELO ESPERTO.
CONTOS ANTIGOS: RECORDAÇÕES DE LUIZÃO-O-CHAVES  21/06/2013

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