sábado, 10 de agosto de 2013

O GAVIÃOZINHO O CORVO E AS POMBAS





Pousado em um galho de aroeira  estava um velho corvo curtindo uma fome daquelas de arrepiar as penas. Do outro lado em outros galhos se encontrava um bando de pombas roliças de tão gordas. A aroeira em que estas aves descansavam, era quase seca de um lado e do outro algumas folhas verdes em alguns galhos. Bem longe dali voava um gaviãozinho, e lá do alto avistou o velho camarada, que limpava as penas olhando para o bando de pombas que não se preocupava com o abutre. Abutre não perturba ninguém a não ser quando está moribundo, já nas últimas. O gavião resolveu dar uma chegada até eles. Planou nesta direção, deu um mergulho no ar e aterrissou de forma elegante como as aves de rapina fazem em busca de presas. As pombas ficaram desconfiadas prontas para caírem fora dali, mas se aquietaram por enquanto por verem que o gavião não iria molestá-las. Chegando, olhou para o corvo, e disse: Qual é o motivo desta tua tristeza amigo corvo? É que estou com uma fome de três dias sem bicar nada, respondeu o abutre com a voz sussurrada como é natural da espécie. Mas como acontece um negócio desses, em meio a tanta carne fresquinha, disse o gavião dirigindo olhar para as pombas! Rapaz deixa disso, deixe de moleza! Mas sei que o amigo não é como a gente, não corre atrás, mas vou dar-lhe uma mão. Espere aí e veja como se faz numa situação dessas. Deu uma arrancada violenta em direção as pombas e mergulhando pelo meio das folhagens para pegar uma delas para o amigo saciar a fome, e ao mesmo tempo mostrar sua habilidade na defesa da sobrevivência. Foi infeliz no intento, porque uma ponta aguçada de um galho seco oculto em meio ás folhagens espetou bem no meio da sua titela. Deixando-o sem destreza para escapar daquela situação. Batia as asas, não conseguia sair. Tentou agarrar o galho com os pés, também não deu; apelou para o corvo: Amigo, me tira daqui, por favor? Não estou tão mal, sinto que só furou a carne da minha titela. O corvo deu uma espiada de lado e disse: Vou esperar você morrer para mim te almoçar! Lembra o que te falei?  Há três dias que o meu papo está vazio!
MORAL: EXISTEM MUITOS AMIGOS ASSIM, SÓ NA APARENCIA!
CONTOS MUITO ANTIGOS REPRODIZIDO POR: LUIZÃO-O-CHAVES.....15/07/2013

ANASTÁCIO MS

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