O macaco e o coelho eram velhos amigos de andanças pela
mata o tempo todo principalmente quando
a mata estava bem fresquinha e com as folhagens bem verdes uma característica de certas estações do ano, que as árvores frutíferas
dão suas frutas no tempo certo, é uma abundancia para a bicharada comerem, de
nada os bichos tem falta é a vida no dizer caboclo “Aquela vida que pediram a
Deus”! Os macacos acham frutas de toda espécie que imaginarmos, vivem fartos! De galho em galho saltando
gritando assoviando em bandos ou solitário estão vivendo, os coelhos são
animais rasteiros, saem a noite para buscarem o seu de comer, frutinhas, raízes
e relva verdinha sabe onde encontra-las cada espécie deste rico habitat sabe
defender a vida. Há também determinadas épocas do ano que todas as caças e
animais do mato enfrentam dificuldades
para se manterem alimentados porque vem
a estiagem as vezes frio intenso intempéries diversas que impedem das arvores
produzirem e começa a escassez de alimentos. Todos tem que andar mais e nem
sempre comem o suficiente. E como nós os humanos, temos dificuldades, e com
eles não é diferente. Numa dessas épocas de escassez, o macaco andava pelo chão
na companhia do coelho, o que eles encontravam era dividido entre os dois com
muita amizade. Andaram, andaram e nada, neste
dia as coisas não estavam favoráveis aos dois. Já era de tardezinha e nada
tinham comido e a previsão era péssima, estavam convencidos que dormiriam sem
nada no estomago, e seria o caos. E agora companheiro? Dizia o macaco. Não sei,
respondia o coelho. Que faremos numa crise desta. De repente ouviram um barulho
abafado e longe. Entreolharam-se, prestaram mais atenção, resolveram seguir o
rumo das batidas. Não demorou chegaram a beira da mata. O barulho era de um
homem na roça batendo amendoim com a esposa e um filho ainda pequeno lá pelos
seis anos de idade. Planejaram como chegar ao homem para pedirem um pouco de
amendoim para saciar a fome que traziam. Combinado, o coelho fingiria de morto,
o macaco diria ao homem que o havia matado e queria trocá-lo por um pouco do
amendoim. O coelho ficaria inerte sem se mexer. De certo o homem aceitaria a
proposta daria o produto em troca do
coelho morto, o macaco sairia correndo para o mato, em baixo de uma figueira
onde eles descansavam sempre. Lá o macaco esperaria o coelho para dividirem o
jantar. O coelho sendo um bom calculista adivinharia a hora que o macaco
estaria a sua espera neste lugar combinado, e assim que o homem descuidasse só
um pouquinho o coelho: Zás sairia correndo feito um maluco. Assim os dois
lograriam o roceiro. O importante era matarem a fome, o resto não importava
para eles. Tudo acertado lá se foi o macaco com o coelho embaixo do braço,
outra hora seguro o companheiro pelos pés e de cabeça para baixo. Chegando
perto do homem, ele parou e ficou esperando o que o macaco queria falar, o
símio com uma cara muito lambida o que é as qualidades deles fez a proposta que
foi aceita pelo homem sem perguntar duas vezes. Deixou o coelho no chão, pegou
o amendoim num saquinho que o homem dera e é por aqui, pernas para que eu te
quero! O homem recomeçou o seu trabalho sem se preocupar com nada. O seu menino
muito curioso, foi pegar o coelho dos pés. O coelho deu uma dentada na mão do
garoto que deu um grito de dor. Saiu numa desabalada carreira que em poucos
segundos já estava no lugar onde o macaco o esperava. Mas as coisas nem sempre
acontece como a gente quer ou combina; para surpresa do coelho, o macaco estava
num dos galhos mais altos, de velhaco para não dividir com ele o jantar. Olha a
decepção do pobre coelho que arriscara a vida por um jantar para os dois. Agora
sim! Embaixo olhando para cima, desolado, uma fome de dar pena e o macaco saboreando
tudo sozinho. Arriscou pedir ao macaco ao menos que fosse um pouquinho. Que
nada! O macaco dissera: Depois que eu jantar desço aí em baixo. Não me
importunes, estou jantando agora! Ainda por desaforo jogava as cascas sobre o
coelho, que teve uma ideia! Saiu caladinho fingindo que fora até ao homem, veio
de lá com uma astúcia pronta. Amigo, disse o coelho! Você agora está perdido?
Falei para o homem que o safado que logrou ele, é você! Está vindo ai com uma
espingarda e um monte de cachorro para te pegar! Está frito! Desta vez duvido
escapar dessa! Por coincidência um dos cães latiu bem perto. O Macaco não
contou conversa. Largou o saquinho de amendoim pau abaixo, e saiu louco de
medo, pulando de galho em galho, até sumir de vista. Enquanto isso o coelho
agarrou o saquinho do jantar e muito sossegado no fundo de um buraco jantou, e
depois do quilo feito, e muito tarde da noite saiu dar uma volta, nunca mais
encontrou o amigo.
MORAL: AMIGO QUE NÃO PRESTA, E FACA QUE NÃO CORTA, QUE SE PERDEREM ELES;
POUCO SE IMPORTA.!
CONTOS E RECORDAÇÕES DE:
LUIZÃO-O-CHAVES..............05/072013
ANASTÁCIO MS
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