Dois rapazes filhos de famílias
nobres, muito honradas bem situadas na vida muito embora sendo só vizinhos e
por os seus filhos serem muito amigos estudando juntos numa escolinha ,acharam
por bem dar continuidade nos seus sonhos de pais amorosos para com seu filhos.
Então decidiram que eles se formassem assim: Um estudaria astrologia astronomia
coisas que os tornassem muitos sábios e entendidos no conhecimento do universo
seu clima suas modificações, transformações ao longo da história da humanidade,
como surgiu, como permaneceu, como está e como ficará daqui algum tempo. Enfim
conhecer tudo sobre a climatologia suas manifestações, mudanças climáticas,
repentinas, variações bruscas, ou seja lá como for prever o que acontecerá
daqui a alguns anos, meses, dias, horas ou momentos, ate mesmo como os ventos
reagem nos seus quadrantes em determinadas horas do dia ou da noite, sendo lá
em que hora for preciso do conhecimento para sí ou para alguém. Olha que sonhos
maravilhosos de seus pais! Uns meninos bons como eram, mereciam até mais do
estamos falando. Seriam na verdade grandes benfeitores da humanidade, sem
dúvida alguma. Um orgulho no bom sentido para os seus pais. Incentivo não
faltaria nunca, era só dedicação até alcançar o objetivo premeditado, planejado
cuidadosamente com foi. Foram longos anos de estudos e muita paciência de
ambos. Um belo dia o sonho se tornou realidade. Culminou com seus diplomas em
mãos, imagino só a alegria dos pais com um acontecimento dessa magnitude! Ufa! Que trabalheira, que canseira, quantas
lutas no decorrer da trajetória até aqui, mas foi gratificante, foi compensador.
De tanta alegria em festa ninguém sequer se lembrava destas coisas que ficaram para trás. Eram coisas passadas.
Agora no momento só festa e nada mais. Depois veremos o que há de vir. Agora seria só futuro após
as comemorações. Depois das festas, passaram uns dias e já começaram planos
para a execução do aprendizado. Muito requintado por sinal um aproveito de
cento e tanto por cento. Nada havia que pudesse ser comparado com aquela missão
que fora cumprida com tamanho êxito. Por fim disseram aos pais: Acho que precisamos
tirar umas férias! Nossa cabeça precisa de um linimento natural dos campos,
sítios chácaras e fazendas beira de rios região de serras, lugares altos para a
gente respirar ar puro, saudável, ver o alvorecer em muitos lugares e também o
anoitecer, contemplar a noite em sua magnitude, suas belezas seu frescor,
assistir chuva cair na pradaria, nos lugares onde a gente vê as enxurradas
correrem para os lugares mais baixos , ver animais e seus costumes, conhecê-los
em seus habitat em plena natureza. Precisamos de muita coisa ainda, depois de
terem pensado em tudo isso. Amanhã pela manhã viajaremos por todos os cantos,
vamos sair primeiro pelas fazendas sítios e chácaras, Seguiremos a pé em todo o
percurso como se fossemos viajantes a esmo sem destino e sem pressa para chegar
onde quer que seja. A estrada é longa e nós somos jovens e fortes. Ninguém
saberá que somos cientistas, pessoas estudadas. Nós nos apresentaremos como
sendo um viajante qualquer conforme dissemos acima. Tudo muito certo se foram
os rapazes, felizes da vida. Andaram hoje o dia todo, chegando a noite pedimos
pouso em uma casa pobrezinha, acolheram a gente com uma boa vontade de admirar.
Pernoitamos e no dia seguinte retomamos
a caminhada. A aventura continuava de forma muito agradável, assim sucederam por muitos dias. Num dia desses chegaram ja
tardezinha numa fazendola de um velha viúva, assistiram o final da jornada de
trabalho dos seus empregados que estiveram o dia todo lidando com um terreiro
deste tamanho cheio de café em fase de secagem para ser guardado na tuia. A
viúva era uma pessoa muito boa, mas era muito observadora de tudo inclusive de
seus animais e os tratava muito bem. Dentre eles possuía um jumento que ela
considerava muito o bicho, por dois motivos: Primeiro porque através de seus
zurrados ela sabia que horas seria se tivesse um relógio, para comparar.
Segundo, era muito estimado pelo seu falecido esposo e como o bicho parecia adivinhar os acontecimentos e
até previsões das mais impossíveis de acreditar. Os rapazes estavam por ali
vendo tudo. A viúva viu o animal correndo para lá e para cá no pátio da fazenda,
zurrava feito um maluco dava coices para o alto soltava de vez em quando uns
peidos. Parava e ficava espiando para o lado dela como se quisesse dizer alguma
coisa. Os demais animais que estavam com ele no pátio faziam a mesma coisa. Aprontaram
um corre e corre que dava até graça a gente ver os bichos escaramuçando. A
viúva conhecendo o sinal do bicho disse aos seus empregados: Recolham todo o
café, porque esse tempo vai dar chuvas, andem logo. Os rapazes que ouviram tudo, um deles interveio:
Dona, deixe de tolices! Este tempo está
é muito firme! Duvido que dê chuva! Pode crer em nós, porque somos cientistas da área de climatologia,
meteorologia e todas as mudanças climáticas, conhecemos o tempo igual a palma
das nossas mãos. Esteja certa disso! A viúva replicou dizendo: Olha moço,
quando este jumento apronta esta correria arriba e abaixo, é chuva na certa, e
não demora nem muitas horas. Mesmo duvidosa com os rapazes ela deixou com
estava. Ou seja, o café espalhado no terreiro. Todos jantaram bateram papo,
depois se acomodaram para o descanso. Lá
pelas tantas da noite soou uma trovoada
que só vocês ouvindo para crerem, acordou todos, esta viúva armou um
reboliço com seus empregados, convocando a todos para ajuntar o café, vamos
ligeiro, andem logo porque a chuva já
esta caindo lá na matinha, perto da sede e vinha com tudo para molhar mesmo, e
veio de fato. Mal deu tempo de ajuntar e cobrir com lona todo o terreiro.
Escapou de estragar todo o café colhido. Os rapazes ouvindo tudo lá do quarto,
admirados e envergonhados levantaram após a chuva ter cessado, saíram na alta
madrugada e, pernas para que eu te quero?
Nem sequer lembraram, muito menos esperaram o dia raiar para agradecer a
hospedagem da viúva. De tanta vergonha que iriam passar na frente do jumento e
do povo. Concluíram da seguinte forma: Que cientistas somos nós, que um jumento
sozinho criado no charravascal, numa saroba, pastando capim nas quiçaças sabe
mais do que nós dois juntos que estudamos tanto para conhecer o tempo! Esta
coisa veio para matar mesmo! Somos
obrigado a dar as mãos para este jumento bater! Tchau!
MORAL: CADA UM NA SUA, TODOS TEM SUA UTILIDADE NO MEIO QUE
ESTÁ VIVENDO!
OU: CADA MACACO DEPENDURA NO GALHO QUE CONHECE, NÃO DE
PALPITE PARA O OUTRO EM QUE GALHO DEVERÁ
FAZE-LO.!
HISTÓRIAS QUE NÓS GOSTAMOS DE CONTAR PARA AS PESSOAS QUE NOS
ADMIRAM!
LUIZÃO-O-CHAVES.......14/07/2013
ANASTÁCIO-MS
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