Num velho prédio abandonado onde durante muito tempo, fora
morada de nobres e seus serviçais tornou-se agora um ninho tão grande de ratazanas, que parecia uma
cidade, onde os habitantes não se encontrava outra espécie a nãos ser ratos de
todas qualidades conhecidas no mundo animal. Os dias não são difíceis só para o
ser humano, para os animais também. Escassez de alimentos, doenças e
perseguições são para todos que habitam o planeta terra. No velho prédio não
andavam nada bem as coisas. Tinham que sair longe em busca do que comer, o
problema estava na travessia da rua para outras moradias, onde de lá sentiam o
cheiro dos manjares fosse a hora que fosse, principalmente na hora do jantar.
Nos vizinhos ali bem pertinho lá de vez em quando, uma escapulida até dava para
fazer, assim: Se o caminho de ida estivesse livre, aquela viagem lograva êxito. Mas na volta lá mais tarde, não
faltava um gato para bloquear o caminho, tinham que esperar a boa vontade dos
gatos, até que estes resolvessem subir nos telhados das casas ficando por lá,
ou que eles estivessem entretidos em algum namoro. De quando em quando
desaparecia um companheiro. As ratazanas ficavam em polvorosa, um reboliço
danado, todos agitados em busca de uma solução para o caso. Vida difícil, com
muitos gatos nas redondezas, ninguém tinha paz, nem podia descuidar por nada,
um pequeno descuido era fatal. O chefe deles era um ratão deste tamanho, já
muito idoso mas muito cauteloso, se assim não fora não teria chegado naquela
idade. A ninhada não concordava com aquela situação infeliz, queriam ter mais
liberdade, para tudo na vida deles. Quando convocavam o velho para discutirem a
situação, ele sempre pedia a todos que tivessem paciência, devagar turma! Dizia
ele! Um dia não é tão longe! Mas a situação continuava na mesma agrura! Só que
não entendiam que, vida de rato é assim mesmo. Um deles, um rato novo e forte,
muito desembaraçado nos assuntos, convocou a turma e disse: O nosso chefe está
muito velho e ultrapassado nas ideias, nada resolve, nada fez até agora e acho
que não fará nunca, só sabe pedir paciência e nada mais! Assim não dá!
Paciência tem limites, vocês não acham? É verdade! Confirmou um grupo deles!
Será que você não resolveria esse
impasse para nós? Objetou um deles! A turma animou com a ideia, e todos
convergiram em torno daquele rato que ao ouvir a manifestação dos companheiros,
se ufanou e disse: Deixem comigo! O que o velho não fez em tanto tempo que o
conhecemos, eu farei em poucos dias, podem crer! Deem uma noite para a gente
observar tudo ao nosso redor, mapear tudo, tim tim por tim tim. Haveremos de
encontrar a solução que precisamos com urgência. Dito e feito! Espalharam-se
para todos os lados verificando tudo, com muita cautela, aquela noite tudo deu
muito certo, voltaram todos e de barriga cheia. Parecia mesmo que tudo se
resolvera como por encanto. O ratão que era o candidato sério ao cargo de
chefia do grupo, ora ocupado pelo velho chefe, observara que não tinha tanto
gato assim como pensavam. Viu só um que andava de tocaia nas mediações, era um
baita bicho, por sinal muito perigoso para a turma. Chegou a seguinte
conclusão: Verdadeiramente só há um inimigo,
um apenas, os outros debandaram. Ficou fácil para a gente se defender, mais
fácil do que pensei, imaginou o futuro comandante da turma. Agora estudar um
“Quengo” para a gente aplicar no gatão. De um jeito que haveremos de vencê-lo em definitivo. Retirou-se para um momento de
reflexão e meditação e ver se uma boa inspiração lhe acudisse naquela hora de
tomar uma decisão que necessariamente teria que ser muito sábia, e muito
eficaz. Finalmente encontrou a solução acertada. Repensou a astúcia, observando
tudo mais uma vez concluiu: Estamos seguros com a minha ideia em prática.
Convocou a turma rapidinho para a informação, que por certo deveria cair como uma bomba, de tanto
sucesso. Vieram todos, até aqueles que por fidelidade ao velho chefe se mantinham
calados até ali. Ficaram atentos ao moço que se mostrara intrépido, valoroso
que prometia ser um guerreiro audaz e destemido na luta pela continuidade da
espécie que o seu futuro estava em jogo. O ratão subiu numa cadeira, pediu
atenção de todos, cofiou os bigodes como um sinal de prudência e sabedoria
naquilo que ia dizer para a multidão. Olhou a todos, sim! Menos o velho que não
quis comparecer, apesar de ter sido convidado com insistência pelos seus
admiradores fiéis. Esperarei a decisão para ver e me convencer. Dai há pouco
veio a nova: O ratão disse: Companheiros! Encontrei a solução para o nosso
caso! Só há um inimigo nas mediações! Apenas um! Só um! Confirmou com o dedo
indicador da mão direita! Está muito fácil de todos se defenderem dele! Arranjarei
um cincerro, uma sineta, ou um guizo, como queiram falar, para colocar no
pescoço da fera, quando ela se locomover com aquilo no pescoço, ouviremos o
barulho do guizo, então, já sabemos que é perigo a vista. Cada um que se
defenda! Só cairá nas garras do gato se derem bobeira, caso contrário, o que
nos espera são dias felizes de muita paz e sossego! Fora aclamado com uma salva
de palma que parecia não ter fim! Dentre a turma surgiu um dos mais afoitos com
a nova de paz e disse: Vou buscar o velho caduco para que o destronemos e ele
lhe passe o cetro do “Governo” nosso, que doravante será a Vossa Senhoria. Outra salva de palmas e
grito de aclamação que ate o velho se incomodou lá do seu labirinto. Ficou
atento, com um ruído de passos vindo em sua direção. Educadamente lhe chamaram
para ir ante a turma para tomar conhecimento da situação que agora era outra.
Foi cortesmente com o cetro do poder em mãos, sabendo que seria destronado, mas
que não faria questão nenhuma em continuar no governo. Ficaria feliz em saber
que a sua turma estaria em boas mãos, com um futuro risonho e promissor,
desejava o de melhor para todos. Governo nenhum é eterno a não ser o de Deus! Assim
sempre pensou! Foi bem recebido, aclamado e agradecido por tantos anos de
governo e intimado a passar o mandato ao moço. Fez com muito apreço e respeito
á todos! A cerimonia foi muito bela. Fez o seu discurso de agradecimento á
todos pelo apoio recebido todos os anos que comandou a turma! Então o novo mandatário
disse ao Ex-chefe: O senhor viu como deu certo as minhas ideias? Precisávamos
delas há muito tempo. Observa-se o tom de leve ironia para com o velho! E
levantando um guizo numa das mãos exibiu-o a todos os presentes. O gato agora
andará com isto dependurado no pescoço, para que a gente facilmente o detecte
em suas andanças ao nosso redor. Vivaaaaa! Disseram todos em coro! O velho
passou a mão na barba, coçou o queixo, meditou uns segundos e perguntou: Quem é
de vocês, que colocará este negocio no pescoço do gatão? Quem se habilitará a
fazê-lo! Foi um silêncio geral! Parece que morreram todos! Antes de morrer queria tanto conhecer o herói desta façanha,como ainda não apareceu vou vivendo e tendo paciência. Até logo! Saiu da
sala de audiência caladinho. Mas feliz por ter cumprido sua missão!
MORAL DA HISTÓRIA: DO FALAR, ATÉ NO “FAZER”, TEM MUITO CHÃO A PERCORRER.
MORAL: ASSIM ACONTECE COM DIVERSOS GOVERNOS QUE PENSAM SER
FÁCIL LIDAR COM GENTE!
ATÉ AGORA SÓ UM! QUE
CONSEGUIU DRIBLAR O GATÃO: LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA!
HISTÓRIAS QUE REPRODUZIMOS PARA DIVERTIR NOSSOS LEITORES.
LUIZÃO-O-CHAVES....... ANASTÁCIO MS 28/11/2013 .
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