O Capelobo é uma entidade das matas e selvas
brasileiras, encontrados na Amazônia, Pará, Mato Grosso, Maranhão e nas selvas Paraguaias, Colombianas e Bolivianas onde habitam as mais diversas etnias e tribos
indígenas, dentre elas existem até algumas desconhecidas pelo homem branco. É
um misto de humano com lobo, com tamanduá, com anta, com porco ou com outro animal até
mesmo com anfíbios no caso com cobra sucuri. Segundo a mitologia Tupi-guarani esta entidade das matas e
selvas acima mencionadas são de origem Indígena, são índios ou índias que foram
muito maus durante a sua vida, sua existência nesta terra, não fizeram nada de bom ao seu
próximo, nem ao seu povo, sua etnia ou demais, até civilizados quando para estes
prestaram serviços de benzimentos, adivinhações, previsão do destino, acharam melhor fazer bruxarias,
mandingas, macumbas, malefícios, feitiçarias, magias negras, fazendo poções
maléficas e curandeirismos diversos. A fêmea do Capelobo é um pouco menor e tem crina de cor baia, parda ou amarelada. Do deus Tupã os quais eram por ele
protegidos ao ver suas maldades, ruindades destruindo a felicidade alheia,
tirando-lhes a paz até mesmo entre as tribos e provocando mortandades nos povos,
recebem como castigo da entidade Suprema por tudo o que fizeram: O desprezo! Perdendo a proteção
não servem para mais nada a não ser se tornar aos poucos um bicho horrendo,
perdendo a forma e natureza humana, esta aos poucos foi invadida pela forma
descomunal de felinos e outros animais ferozes. Seu corpo foi sendo deformado
aos poucos, crescendo os pelos, cabelos, as unhas viraram garras, as orelhas cresceram, até tocarem no chão, veio uma segunda
canela, os pés tortos, ou sendo cascos
como de cabras ou de animais que os tem, as mãos peludas, os dentes
cresceram, os caninos parecem de tigres, olhos esbugalhados e a língua avermelharam como fogo
crescendo-lhes o focinho como de tamanduá, porco, ou tromba de anta, outros
ficaram chatos como os cães buldogues. A
forma do corpo é esquelética, feia, magra, fedorenta como carniça, pois se
tornaram carnívoros por força das circunstâncias, outros tomam a forma de um sapo barrigudo, mas de tamanho descomunal, meio sapo meio humano, meio jacaré, enquanto iam se desenvolvendo
nesta coisa horrível, os seus filhos e demais familiares tinham que lhes dar o que comer. Mas os
filhos vendo aquilo que fora seu pai ou mãe desprezam-no para sempre, levando-o
para os confins da mata e por lá deixaram bem longe da comunidade silvícola.
Outros saem por si, deixam a aldeia onde foi criado, distanciando cada vez mais
da civilização de sua etnia. Passaram a serem carnívoros, e se alimentarem de
aves, ratos, animais pequenos como cutia, pacas, lebres, cobras, lagartos e
tudo o que puder pegar, se acharem crianças ou até mesmo adultos pegam-nos e
comem somente os miolos da cabeça da vítima, outros Capelobos comem a parte traseira
dos humanos as nádegas. Outros ainda estando
mais para vampiros com asas de morcegos chupam sómente o sangue das vitimas.
Quando pegam o humano mordem no pescoço logo abaixo das orelhas, na veia
jugular, bem no encontro da cabeça com o pescoço, sugam o sangue todo, fartando-se, deixam o cadáver
exposto apodrecer para as aves de rapina comerem. Vivendo alongados nas matas
nos eixos de serras, nas beiras dos rios moram em lapas de pedras, tocas na
terra em moitas de espinheiros onde nada entra para incomodá-los. Enquanto
estão cheios, dormem o tempo todo. Quando sentem fome saem em busca do que comer.
Raramente saem de seus redutos, indo onde a civilização está. Mas a casos que
atacam pessoas á noite, viajantes descuidados, acampamentos de pescadores, carreteiros acampados, peões solitários no rancho e
outros, sempre pegam o primeiro ou o derradeiro se estão viajando á noite, ainda mais se não tiverem vigias atentos. Mas quando se tornam ousados atacam de frente e somente á noite. Em última instância quando a fome aperta, comem até carniças de outros
animais se acharem. Dão esturros como onças e leões assustando quem os ouve. Nas noites de
lua cheia, uivam como lobos ou cães, andam a noite inteira até o dia raiar.
Quando acuados por cães e caçadores, são mortos pelos tais, por estes
desconhecerem esta espécie de monstros selvagens quase nunca vistos. Uma das
espécies mais conhecidas é também a mais comum, é aquela que mais assemelha com
tamanduá bandeira é o tamanduá-homem tem os olhos miúdos focinho alongado comem
formigas e cupins e outros insetos, esta não ataca o homem, não possuem dentes de modo nenhum e é do tipo que jamais
sai da mata, permanecem o tempo todo num só lugar, parece que apenas cumpre o
fado que lhe destinado por Tupã. Muito falado e pouco conhecido esta coisa horrível
de nome Capelobo nunca morre por si. A morte não os quer, nem outros felinos os
atacam, muitos passam por uma metarmorfose animal, muito lenta tornando-se
ainda pior, criam asas de morcego, no corpo criam cascas, escamas ou carapaças como
quelônios, ficam mais curtos, criam aguilhões na ponta do rabo e parecem com serpentes ou dragões. Moram o tempo
todo nas locas de pedras em muitos casos numa altura que não saem de lá mais parecem enrigecidos, duros, enrrugados, não conseguindo mais se locomover.
Outros cantam como galos, mas são serpentes terríveis. Nós, e titular deste Blogger já conhecemos um
morro cujo nome é Morro do Cantagalo bem próximo a uma aldeia muito antiga por causa de um desses monstros que ali
morava. Mas já fazem mais de 40 anos que não se ouve mais o seu canto. Deve ter
sido morto ou desapareceu do lugar. Cada vez que olhamos para o morro lembramos desta fera encantada por muitos anos. Felizmente não existe mais!
SÃO HISTÓRIAS E CONTOS DE
CAÇADORES QUE CABOCLOS CONTAM PARA OS OUTROS
MAIS UM CONTO PARA
ENRIQUECER O NOSSO FOLCLORE QUE É DIA 22 DE AGOSTO.
“COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES”
ANASTACIO, MS 16/08/2015
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