domingo, 3 de março de 2013

Retrato do sertão



Tô por ver coisa mais bela, que o amanhecer no sertão,
O sol por detrás da serra, nas nuvem faz um clarão,
Nas campinas orvalhadas, canta triste um perdigão,
No cantinho da invernada, ta pastando meu alazão,
Um carijó cantando alegre, na comieira do galpão,
O sereno da madrugada, cristando o morro faz cerração.

O meu velho cão de guarda late corre e rodopia,
É meu grande companheiro, nas lutas do dia a dia,
Muge a vaca berra o touro, a bezerrada na arrelia,
Passarada no pomar, orquestrando a melodia,
Os macacos lá na mata, tanto grita como assobia,
Como é lindo meu sertão, quando vem rompendo o dia.

Pra dar vida a natureza, obedece ordens do criador,
Com seus raios luminosos, o sol mostra o seu fulgor,
Uma brisa delicada, tira o orvalho da flor,
Vou indo pra minha lida, pois é grande o meu labor,
O sol vai alto, é meio dia, mas suporto o seu calor,
Vou trovando alguns versos lembrando do meu amor.

Fim do dia o astro rei, já no poente em despedida,
É uma cena deslumbrante, a paisagem é colorida,
Tô voltando para o rancho, com a minha missão cumprida,
Os seus raios vão sumindo, chegou o fim da nossa lida,
Me recebem com amor, a minha família querida,
Enquanto Deus me der licença, assim vou lutando pela vida.
Luizão, o Chaves!!!

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