domingo, 3 de março de 2013

Caboclo de verdade



Sou caboclo é verdade de botinão e chapéu de palha,
Minha herança é uma caneta, não vi outra que me atrapaia,
As coisa que eu escrevo qu’ela, corta tanto igual navaia,
Peço que o sertanejo da minha mente não saia,
Tenho o peito sarado e minha voz o vento espaia.

Do meu povo, os trizavós, são dos incas e tem dos maias,
Este sangue que eu tenho,  cozotro num embaraia,
Filho do torrão mineiro, da cidade de Jandaia,
Lá enrriba das colinas, mais bela do que as praia,
Uma vertente cachoeira, do alto as água esmaia.

Meu burrão de sete palmo é só de prata a minha traia,
Ando no passo picado, as argola toda chaquaia,
Na cintura um niquelado, traça mais do que metraia,
To indo robá um amor pras banda dop Araguaia,
Entrar num ninho de cobras, o reduto dos Fanaia.

Comigo num tem mosquito e num vô fugi da raia,
O buraco é mais embaixo, vou mostrar para os lacraia,
Que mato onça acuada armado só de zagaia,
Quanto mais tô em perigo os meus golpe nunca faia,
Por ser muito inteligente, o que faço ninguém vaia.

Meu sogro e três cunhado me esperava na tocaia,
Comeram gato por lebre, dei rasteira nos canaia,
Domingo cedin na missa, na igreja entrei de saia,
Ela em traje de vaqueiro, pondo meu chapéu de paia,
Passemo no meio do povo, esbarrei num dos Fanaia,

Quando descobriro e como que caíro na trapaça,
Foi só bala que zunia, quebraro todas vidraça,
O povo da missa correu, espalhando pela praça,
Eles formam uma matilha, pra perseguir a caça,
Nóis decola de avião, ficaro vendo a fumaça.

Luizão, o Chaves!!!

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