Conto um fato pra vocês há muitos anos passados
Na cidade de Curvelo
um pequeno povoado
Do grande estado mineiro o que se deu com um delegado
De uma comarca distante para lá designado
Ia desarmar o povo caso muito complicado
Delegado la chegando foi o
povo conhecer
Armado e com dois praças pra cumprir o seu dever
De agora em diante só a policia que
armas pode ter
Valentões e baderneiros
comigo não tem haver
Agora temos autoridade é o que tenho pra dizer
João Peneira toma as dores dos amigos e compadres
Homens daqui não são moleques ninguém faz barbaridades
Somos um povo ordeiro
isto é uma grande verdade
Nunca criamos bandido mas chegou três de outra cidade
Todo o povo daqui trabalham
são heróis e não covardes
O doutor com os seus
praças João Peneira encontrou
Me dê logo suas armas delegado lhe intimou
Peneira ficou sorrindo com o doutor até brincou
Um tatu que tem dois rabos aqui nunca cavucou
Sou homem igual o
senhor minhas armas não lhe dou
O delegado faz o
cerco João se desdobra
em rasteiras
Todos os três de pé pra cima fincam a cara na poeira
Os praças levanta
e corre mas o
doutor cai na besteira
Foi coçar seu trinta e dois
levou chumbo na peiteira
Sua camisa manchou de sangue bem em cima da algibeira
LETRA DE: LUIZÃO-O-CHAVES
MODA DE VIOLA
REINALDO RAÍ
E RAQUEL
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