quinta-feira, 28 de março de 2013

JOÃO PENEIRA



             

Conto um fato pra vocês há muitos anos passados
Na  cidade  de  Curvelo  um  pequeno  povoado
Do grande estado mineiro o que se deu com um delegado
De uma comarca distante para lá designado
Ia desarmar o povo caso muito complicado

Delegado  la chegando  foi  o povo  conhecer
Armado  e  com dois  praças  pra  cumprir o seu dever
De agora  em  diante só a policia  que  armas pode  ter
Valentões  e  baderneiros  comigo  não tem  haver
Agora temos autoridade é o que tenho pra dizer

João Peneira toma as dores dos amigos e compadres
Homens  daqui  não são moleques  ninguém  faz  barbaridades
Somos um povo  ordeiro  isto é uma  grande verdade
Nunca  criamos  bandido  mas  chegou  três de outra cidade
Todo o povo  daqui  trabalham  são heróis  e não covardes

O doutor  com os  seus   praças  João Peneira  encontrou
Me dê logo suas armas delegado lhe intimou
Peneira ficou sorrindo com o doutor até brincou
Um tatu que tem dois rabos aqui nunca  cavucou
Sou homem  igual o senhor minhas  armas não lhe dou

O delegado  faz o cerco  João se  desdobra  em rasteiras
Todos  os três  de pé pra cima fincam a cara na poeira
Os  praças  levanta  e  corre  mas  o doutor  cai na  besteira
Foi  coçar seu  trinta e  dois  levou  chumbo  na  peiteira  
Sua camisa manchou de sangue bem em cima da algibeira


                   LETRA DE: LUIZÃO-O-CHAVES
                       MODA DE VIOLA
                REINALDO   RAÍ   E   RAQUEL

  

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