quinta-feira, 28 de março de 2013

EMBAIXADORES DA VIOLA




                     
Saí fugido de casa em meados de Fevereiro
Paremos na emigração eu e quatro companheiros
Com destino á São Paulo,  eu  menti : Não sou mineiro
Mas  deixo   Minas Gerais  para ser aventureiro
Andando pra todo lado sempre com muito cuidado
Não pareço  biboqueiro.

Bom de foice e na enxada o melhor dos machadeiros
Eu não enjeito  serviço  pra não me faltar dinheiro
Minhas contas são em dia sem faltar nenhum cruzeiro
Homem tem obrigação de nunca ser caloteiro
Se o sujeito é o que enrola não é da minha escola
Tá fora do meu carreiro.

Não meto a  mão em  combuca  nem o pé no formigueiro
Aprendi   tocar viola  arrumei  dois  companheiro
Tá formado o nosso  trio  dele sou o katireiro
Reinaldo, Raí e  Raquel  o sucesso  veio ligeiro
Nós cantamos o sertanejo  com seus  fatos  verdadeiro
A gente canta é por prazer nem sempre é por dinheiro
Nós grudado nas viola nosso tiro é certeiro
As suas cordas tinindo escutaram  no  estrangeiro
De lá veio uma medalha : “ Embaixador dos Violeiros”
Prá  ganhar um trem  assim no meio  tem um mineiro
Agradeço ao Dom Divino e também  aos companheiros
De berço minha profissão sou filho dum carpinteiro.
Fiz uma casa bonita  de tábuas  só de faveiro
Portas de jacarandá os portais é de  anjiqueiro
Forro e  piso é de angelim  só porque gosto do cheiro
Não tem bala que atravessa, e ficou bonito à beça.
É a marca dos mineiros
Nos domingos e feriados a  gente vira um  Pirangueiro
Vou remando a canoa  pescamos   no pirizeiro
Faço um peixe temperado e assado no braseiro
É festa do pescador nós festeja o dia inteiro
Além da nossa amizade temos a felicidade
De nenhum :  Ser cachaceiro.

                      FIM

LETRA DE: LUIZÃO-O-CHAVES
CANTAM:  REINALDO,  RAÍ  E  RAQUEL



Luizão, o Chaves!

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