sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A ESTRADA SINUOSA DA VIDA TERRENA E O ATALHO.

                 

A coisa mais bela que temos nesta terra se chama VIDA. Como ela é amável, saudável e fascinante. Por mais árdua que ela se apresenta para alguns de nós em algum tempo, nunca perderá seu brilho, seu fulgor, seus encantos e beleza indescritíveis. Tem mil e uma razões de ser assim, ela provém de Deus Onipotente e Criador. Falando de vida é universal a sua magia. Alguém está moribundo, nas últimas esperanças dela prosseguir, um animal está mortalmente ferido, se debate com as derradeiras forças que lhe restam, um inseto voador perde uma das asas. sai andando tentando voar, porque tudo isso? É a luta para não perder a vida que tem. Olhem a dimensão de sua grandeza! As guerras, os conflitos, lutas, pelejas e tudo que se levanta contra a vida é de origem maligna. Só podia ser! Bom seria se ela fosse eterna ainda aqui na terra. Era para ser! Mas não é! Quem é que despede dela por livre e espontânea vontade? Ninguém despede! A verdade é essa! Para ser mais enfático, que bom seria se nós a aproveitássemos para fazer só o bem ao nosso próximo enquanto ela durasse. Mas não é bem assim. É quase impossível, mas há casos raros e comprovados. Mas a maioria nem se importa o que vai fazer enquanto vive. Faz de tudo e mais um pouco a seu bel prazer, faz uma salada mista do bom e ruim! Existem também os que só fazem o mal. Há pessoas que alcançam até mais de cem anos, muitos são agraciados com esta idade por haverem feito o de melhor, já outros parece que Deus lhe dá uma oportunidade de se arrependerem de tantos males que já fez na vida ao seu semelhante. Não sabemos ao certo! Conta-se uma historia de um jovem, uma pessoa muito bondosa, seu nome era Artemis, prestativo, servidor de boa família, bem quisto na pequena sociedade onde vivia, conhecido desde pequeno por seus esforços no trabalho, admirado por sua honestidade. Enfim, uma pessoa decente! Já homem feito pai de família, tomava parte no governo dos destinos de sua cidadezinha. Auxiliava quem precisasse de sua ajuda, era uma pessoa amável. Como todo homem é ambicioso quando tem esta profissão, a de homem público, mas ainda visava um dia ter maior participação naquilo que fazia pelo povo pobre e pela corrutela. Almejava progresso em tudo, pois era nascido e criado ali. Sabemos nós que a inveja é a pior maldição da terra, alguém do mesmo nível sonhava também ser. Com uma diferença, era mais afortunado, não era figurão, mas uma figura maior, e sentia que aquele moço tão simples  na sua pequenez seria um estorvo em suas pretensões. Seria um concorrente, um páreo dificílimo de ser batido, por causa de sua popularidade entre o povo. Como nesta profissão o que vale é artimanhas, traições, falsidades e algo mais para os maus alcançarem o que querem. Não se sabe como iniciou uma perseguição ao rapaz, este nem sequer imaginava uma coisa dessas. Inocente portanto. Os dias passando parece que vai tudo as mil maravilhas, mas não vai. Os ideais do moço foram sendo conhecidos pela população que o aplaudiam e que por certo ajudariam a concretizar seus sonhos. Como dissemos acima nas qualidades das pessoas era sabido de um elemento que durante muitos anos militou nas forças de segurança de sua pátria, mas sendo mau elemento fora excluído das fileiras da corporação. Aquilino se chamava, nome fictício. Ficou por aí a esmo, não tendo o que fazer inventou o que de mais terrível um homem pode fazer. Mente vaga, bigorna do diabo. Vender a vida alheia a quem precisasse deste seu serviço. Como para qualquer produto sempre há comprador, não tardou ser descoberto. Fazendo deste absurdo uma profissão, logo fora contratado para dar um sumiço no moço tão popular. Mas iria sozinho? Pensou e repensou, vou achar um meeiro, assim será mais fácil despistar até as autoridades e curiosos depois do trabalho feito e na repercussão do ocorrido. Alguém topou, este alguém era apelidado de Negro, combinaram, a grana é grossa, dividamo-la em duas partes, uma minha e outra sua. Você me leva de carona, vamos a boca da noite, ali por perto do horário do jantar dos povos, para não levantar suspeita e os curiosos não nos perceberem. Pare em frente a casa e eu desço com a maior naturalidade de um amigo em visita ao outro. A porta do carro fica encostada e o veiculo pronto para dar a arrancada assim que eu vier correndo e  entrar, sem placas, sem lanternas acesas, vidros fechados, terei na cabeça um chapéu de pêlo com abas caídas, visto uma camisa escura de mangas longas, um óculos escuro, com o rosto escurecido com pó de carvão, você também do mesmo jeito apesar de sermos da outra cor de pele, pareceremos negros. Sabe-se que a noite, todo gato é pardo. Tudo bem planejado e acertado nos mínimos detalhes. Certo? Certo! A condução teremos que dar-lhe um fim, veremos isto depois. Vamos? Vamos! Lá se foram dois malfazejos destruir uma família, a felicidade e esperanças de muitos outros. Aproximou da casa e chamou o Artemis, este veio até a porta e disse boa noite: A resposta do boa noite foi receber dois tiros a queima roupa. O pobre homem tomba em um charco de sangue, os familiares gritam de susto e desespero pedindo socorro, enquanto os disparos soaram no local os dois comparsas saem na disparada com os faróis apagados ainda fizeram mais dois disparos a esmo pela rua afora guiados somente pela iluminação pública. No barulho dos estampidos alguns vizinhos curiosos tentaram ver o que era. Não deu mais tempo, só ouviram o ronco do motor do veículo e viram-no sumir na esquina, e nada mais! Ufa que sufoco Negro, disse o Aquilino. Mas fizemos o que devia. Chamaram no pé, chegando na casa do Negro e comparsa, disse-lhe aqui está sua parte, Aquilino deu-lhe o combinado em dinheiro: Bico fechado, heim? Se nos descobrirem estaremos fritos! Procure um rumo, engula a lua, a grana dá de sobra. kkkkkkkkkkkkk. Tomou a condução e foi para sua casa como se nada tivesse feito. Deu um fim na mesma! Ficou a pé! Chegando em casa se põe a pensar, se esse sujeito abrir o bico? Estou lascado! Ele cai fora e eu danço! Já sou manjado mesmo. Pensou, pensou e acabou chegando numa conclusão: Bandido não confia no outro! Nem tem trava na língua. Já sei o que fazer. Vou matá-lo! Dar um fim nesta peste que poderá me arruinar. Remuniciou a arma e foi a pé na casa do comparsa dizendo consigo: Vou me livrar deste agora. Assim terei mais tranquilidade. Sabe-se que o Diabo cutuca pra fazer, mas  nunca ajuda a esconder, o Negro ficou pensando quase a mesma  coisa, cismado, desinquieto, coçando a cabeça e com medo depois que o seu sangue esfriou nas veias, só faltava adivinhar o que o Aquilino planejou: Mas teve paciência em esperar, foi o tempo exato do outro chegar. Acertou na mosca, adivinhou! Aquilino chamou-o pelo nome. ele reconheceu a voz e sabia quem era, pois fazia poucas horas da burrada feita em dois, ainda estava desconfiado com os resultados daquilo. Enquanto esperava ser chamado ao menos duas vezes, pensava: O que será que quer agora? Estamos certos? Não esquecemos de nada? Isso não me cheira bem! Foi chamado pela segunda vez. Não teve dúvidas mas teve um arrepio, parecia o arrepio da morte. Cauteloso passou a mão na sua arma e foi atender o amigo, acendeu a luz da frente e quando abriu a porta por completo foi recebido a balas. Mas o recém chegado, o Aquilino foi muito ruim na pontaria, ou talvez o destino lhe reservou uma surpresa, seria a cobrança pela injustiça de ter matado um inocente pai de família? Parece que sim! Errou os disparos, o Negro foi rápido e certeiro, parece que esperava aquilo mesmo, fez só um disparo no meio do peito do criminoso que tombou para trás, caindo na calçada morto. Foi aquele reboliço na vizinhança toda. Daí a pouco chegou a policia. O morador alegou que estava sendo assaltado, se defendeu matando o ladrão. Você leitor pode ver que aquele que vendia vidas alheias tão caro, deu a sua vida de graça? Crime não compensa! Querem ver o tanto que o Aquilino foi burro? Parece burro, mas não foi! Enquanto fugiam, poderia ter se livrado do Negro, estavam só os dois na condução, ele ia na frente e o Aquilino atrás. Disparasse na nuca do Negro e pronto! Mas deu um "Branco" na sua mente, não pensou nisto, este branco se chama: Lei do retono! Justiça! Esta não tardou, pois teria que ser feita de imediato!  Assim são as sinuosidades da estrada da vida que quando chega na curva da morte a pessoa entra pelo atalho e morre antes da hora! Não é preciso derrubar a fruta podre,  ela cai sozinha. O mal que aqui se faz, aqui se paga! Medite nestas nossas imaginações!

(Qualquer semelhança é mera coincidência)
"COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES" 07/12/2017

   

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