sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

02-AINDA DOS DOIS COMPADRES. KKKKKKKKKKKK.

                          

02- Tudo o que contaram para os compadres os dois reproduziam de uma forma que só os dois mesmos para recontar e encantar os seus fãs e admiradores com o fato, que por sinal um deles foi único, visto e contemplado até agora gente. Num lugar distante de sua localidade, nasceu um menino  diferente de todos os demais nascidos até a presente data, um fenômeno, uma coisa fora do normal até quase sobrenatural. Não escapou ninguém que tomou conhecimento desta notícia que não tenha ficado abismado de saber de um negócio deste inda mais sendo contado pelo famoso compadre. Acontece que um deles o mais moço dos compadres viajou longe dali e por lá ficou sabendo do caso assustador. Ligeirinho amarrou nas fraldas da camisa para não esquecer e contar ao outro, ao mentiroso quando chegasse e por certo ficaria muito feliz em ter mais um causo para divulgar ao povo dali. Dava impressão que o povo dali era tudo tapado, e o sabichão eram só os dois compadres mesmo. kkkkkkkkkk. Naqueles tempos as notícias chegavam por estafetas, cartas, na posta restante dos correios, telegramas só na cidade ou alguém que viajava muito e saiam falando do que viram. No mais era uma lentidão até chegar em todo lugar, em câmara lenta portanto. A tal criança nascida recentemente era ao ver do povo, normal como qualquer uma outra nascida de mulher, mas nesta o que chamou a atenção desde a parteira até os que a viram primeiro, isto depois de sete dias a contar da data do nascimento, ninguém via uma criança fosse de quem fosse, antes dos sete dias, era costume dos povos diziam que era para ser livre do mal dos sete dias, olho mau, ou quebrante, mau olhado e outras coisas. kkkkkkkkkk.  Coisas de povos antigos. Quem primeiro via era sem duvida a parteira, a mãe, o pai, depois os padrinhos, e as moças da região que o pegava nos braços. Quem lavava as roupinhas do neném era somente a madrinha. Então a criança era diferente somente no comprimento dos bracinhos, dava com mentira e tudo sessenta centímetros da mãozinha até no ombrinho, coisa de assombrar, ninguém vira isto antes. mas estava ali para quem quisesse ver. O compadre passou por lá para certificar se era mesmo verdade dos povos que anunciavam o fato. Lá chegando não lhe permitiram que o visse, o amigo foi embora desolado mas conformado com o que viu sem ninguém da casa saber, o compadre não era tão tapado com alguns pensam, era esperto até demais pelo seu tamanho. Ficou calado até que chegasse a hora de dizer a verdade. Foram a cidade fazer compras e lá estava o compadre mentiroso dando a noticia aos que não sabiam. Todo entusiasmado com a nova se põe a relatar o fato nos mínimos detalhes, calculista atencioso e bom de conversa, o povo a sua volta até esticavam o pescoço para verem-no. Estava um sucesso a prosa naquela ocasião Ninguém dava um pio para não atrapalhar o compadre explicar bem, não tiravam o olhar dele, não perdiam uma sílaba de suas palavras. O outro compadre estava de um lado ouvindo também a imensa criatividade e sabedoria do outro, também estava admirado como o seu amigo desenrolava o assunto, coisa de louco dizia consigo. Meu compadre é um áz para contar mesmo, não me arrependo de ter-lhe dado a noticia. Num dado momento depois do encerramento da noticia ao dizer: Tá ai o compadre que não me deixa mentir! Enquanto acendia um cigarro um gaiato esperto duvidando lhe interroga: Mas o senhor viu esta criança? Olha que pergunta desconcertante para os dois compadres! E agora responder como? Mas nenhum dos dois era tão descuidado no assunto, eram inteligentes mais do que pensamos.  Um deles rebateu na hora se valendo de sua atenção quando estava na casa da criança para vê-lo e não pode. Um detalhe salvou os dois na hora exata. Assim que o compadre guardou o isqueiro após ter acendido o cigarro teria que se virar e responder ao curioso, mas o outro prevendo e percebendo o apuro que seu amigo ia passar, atalhou e foi rápido depois de dar um limpada na garganta respondendo: O compadre não viu porque não estava lá! Nem eu que estava lá, que contei para ele não vi também. Só pude ver no arame nos fundos da casa, a madrinha do menino estendendo duas camisinhas, e dois casaquinhos de flanela com as manguinhas deste tamanho. Dava quase um metro. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.


        "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES" 09/12/2017

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