A coisa mais bela que
temos nesta terra se chama VIDA. Como ela é amável, saudável e fascinante. Por
mais árdua que ela se apresenta para alguns de nós em algum tempo, nunca
perderá seu brilho, seu fulgor, seus encantos e beleza indescritíveis. Tem mil
e uma razões de ser assim, ela provém de Deus Onipotente e Criador. Falando de
vida é universal a sua magia. Alguém está moribundo, nas últimas esperanças
dela prosseguir, um animal está mortalmente ferido, se debate com as derradeiras
forças que lhe restam, um inseto voador perde uma das asas. sai andando
tentando voar, porque tudo isso? É a luta para não perder a vida que tem. Olhem
a dimensão de sua grandeza! As guerras, os conflitos, lutas, pelejas e tudo que
se levanta contra a vida é de origem maligna. Só podia ser! Bom seria se ela
fosse eterna ainda aqui na terra. Era para ser! Mas não é! Quem é que despede
dela por livre e espontânea vontade? Ninguém despede! A verdade é essa! Para
ser mais enfático, que bom seria se nós a aproveitássemos para fazer só o bem
ao nosso próximo enquanto ela durasse. Mas não é bem assim. É quase impossível,
mas há casos raros e comprovados. Mas a maioria nem se importa o que vai fazer
enquanto vive. Faz de tudo e mais um pouco a seu bel prazer, faz uma salada
mista do bom e ruim! Existem também os que só fazem o mal. Há pessoas que
alcançam até mais de cem anos, muitos são agraciados com esta idade por haverem
feito o de melhor, já outros parece que Deus lhe dá uma oportunidade de se
arrependerem de tantos males que já fez na vida ao seu semelhante. Não sabemos
ao certo! Conta-se uma historia de um jovem, uma pessoa muito bondosa, seu nome
era Artemis, prestativo, servidor de boa família, bem quisto na pequena
sociedade onde vivia, conhecido desde pequeno por seus esforços no trabalho,
admirado por sua honestidade. Enfim, uma pessoa decente! Já homem feito pai de
família, tomava parte no governo dos destinos de sua cidadezinha. Auxiliava
quem precisasse de sua ajuda, era uma pessoa amável. Como todo homem é
ambicioso quando tem esta profissão, a de homem público, mas ainda visava um
dia ter maior participação naquilo que fazia pelo povo pobre e pela corrutela.
Almejava progresso em tudo, pois era nascido e criado ali. Sabemos nós que a
inveja é a pior maldição da terra, alguém do mesmo nível sonhava também ser.
Com uma diferença, era mais afortunado, não era figurão, mas uma figura maior,
e sentia que aquele moço tão simples na
sua pequenez seria um estorvo em suas pretensões. Seria um concorrente, um
páreo dificílimo de ser batido, por causa de sua popularidade entre o povo. Como
nesta profissão o que vale é artimanhas, traições, falsidades e algo mais para
os maus alcançarem o que querem. Não se sabe como iniciou uma perseguição ao
rapaz, este nem sequer imaginava uma coisa dessas. Inocente portanto. Os dias
passando parece que vai tudo as mil maravilhas, mas não vai. Os ideais do moço
foram sendo conhecidos pela população que o aplaudiam e que por certo ajudariam
a concretizar seus sonhos. Como dissemos acima nas qualidades das pessoas era
sabido de um elemento que durante muitos anos militou nas forças de segurança
de sua pátria, mas sendo mau elemento fora excluído das fileiras da corporação.
Aquilino se chamava, nome fictício. Ficou por aí a esmo, não tendo o que fazer
inventou o que de mais terrível um homem pode fazer. Mente vaga, bigorna do
diabo. Vender a vida alheia a quem precisasse deste seu serviço. Como para
qualquer produto sempre há comprador, não tardou ser descoberto. Fazendo deste
absurdo uma profissão, logo fora contratado para dar um sumiço no moço tão
popular. Mas iria sozinho? Pensou e repensou, vou achar um meeiro, assim será
mais fácil despistar até as autoridades e curiosos depois do trabalho feito e
na repercussão do ocorrido. Alguém topou, este alguém era apelidado de Negro,
combinaram, a grana é grossa, dividamo-la em duas partes, uma minha e outra
sua. Você me leva de carona, vamos a boca da noite, ali por perto do horário do
jantar dos povos, para não levantar suspeita e os curiosos não nos perceberem.
Pare em frente a casa e eu desço com a maior naturalidade de um amigo em visita
ao outro. A porta do carro fica encostada e o veiculo pronto para dar a
arrancada assim que eu vier correndo e
entrar, sem placas, sem lanternas acesas, vidros fechados, terei na
cabeça um chapéu de pêlo com abas caídas, visto uma camisa escura de mangas
longas, um óculos escuro, com o rosto escurecido com pó de carvão, você também
do mesmo jeito apesar de sermos da outra cor de pele, pareceremos negros.
Sabe-se que a noite, todo gato é pardo. Tudo bem planejado e acertado nos mínimos
detalhes. Certo? Certo! A condução teremos que dar-lhe um fim, veremos isto
depois. Vamos? Vamos! Lá se foram dois malfazejos destruir uma família, a
felicidade e esperanças de muitos outros. Aproximou da casa e chamou o Artemis,
este veio até a porta e disse boa noite: A resposta do boa noite foi receber dois
tiros a queima roupa. O pobre homem tomba em um charco de sangue, os familiares
gritam de susto e desespero pedindo socorro, enquanto os disparos soaram no
local os dois comparsas saem na disparada com os faróis apagados ainda fizeram
mais dois disparos a esmo pela rua afora guiados somente pela iluminação
pública. No barulho dos estampidos alguns vizinhos curiosos tentaram ver o que
era. Não deu mais tempo, só ouviram o ronco do motor do veículo e viram-no
sumir na esquina, e nada mais! Ufa que sufoco Negro, disse o Aquilino. Mas
fizemos o que devia. Chamaram no pé, chegando na casa do Negro e comparsa,
disse-lhe aqui está sua parte, Aquilino deu-lhe o combinado em dinheiro: Bico
fechado, heim? Se nos descobrirem estaremos fritos! Procure um rumo, engula a
lua, a grana dá de sobra. kkkkkkkkkkkkk. Tomou a condução e foi para sua casa
como se nada tivesse feito. Deu um fim na mesma! Ficou a pé! Chegando em casa
se põe a pensar, se esse sujeito abrir o bico? Estou lascado! Ele cai fora e eu
danço! Já sou manjado mesmo. Pensou, pensou e acabou chegando numa conclusão:
Bandido não confia no outro! Nem tem trava na língua. Já sei o que fazer. Vou
matá-lo! Dar um fim nesta peste que poderá me arruinar. Remuniciou a arma e foi
a pé na casa do comparsa dizendo consigo: Vou me livrar deste agora. Assim
terei mais tranquilidade. Sabe-se que o Diabo cutuca pra fazer, mas nunca ajuda a esconder, o Negro ficou pensando
quase a mesma coisa, cismado,
desinquieto, coçando a cabeça e com medo depois que o seu sangue esfriou nas
veias, só faltava adivinhar o que o Aquilino planejou: Mas teve paciência em
esperar, foi o tempo exato do outro chegar. Acertou na mosca, adivinhou!
Aquilino chamou-o pelo nome. ele reconheceu a voz e sabia quem era, pois fazia
poucas horas da burrada feita em dois, ainda estava desconfiado com os resultados
daquilo. Enquanto esperava ser chamado ao menos duas vezes, pensava: O que será
que quer agora? Estamos certos? Não esquecemos de nada? Isso não me cheira bem!
Foi chamado pela segunda vez. Não teve dúvidas mas teve um arrepio, parecia o
arrepio da morte. Cauteloso passou a mão na sua arma e foi atender o amigo,
acendeu a luz da frente e quando abriu a porta por completo foi recebido a
balas. Mas o recém chegado, o Aquilino foi muito ruim na pontaria, ou talvez o
destino lhe reservou uma surpresa, seria a cobrança pela injustiça de ter
matado um inocente pai de família? Parece que sim! Errou os disparos, o Negro
foi rápido e certeiro, parece que esperava aquilo mesmo, fez só um disparo no
meio do peito do criminoso que tombou para trás, caindo na calçada morto. Foi
aquele reboliço na vizinhança toda. Daí a pouco chegou a policia. O morador
alegou que estava sendo assaltado, se defendeu matando o ladrão. Você leitor
pode ver que aquele que vendia vidas alheias tão caro, deu a sua vida de graça?
Crime não compensa! Querem ver o tanto que o Aquilino foi burro? Parece burro,
mas não foi! Enquanto fugiam, poderia ter se livrado do Negro, estavam só os
dois na condução, ele ia na frente e o Aquilino atrás. Disparasse na nuca do
Negro e pronto! Mas deu um "Branco" na sua mente, não pensou nisto,
este branco se chama: Lei do retono! Justiça! Esta não tardou, pois teria que
ser feita de imediato! Assim são as
sinuosidades da estrada da vida que quando chega na curva da morte a pessoa
entra pelo atalho e morre antes da hora! Não é preciso derrubar a fruta podre, ela cai sozinha. O mal que aqui se faz, aqui
se paga! Medite nestas nossas imaginações!
(Qualquer semelhança é mera
coincidência)
"COISAS DE CABOCLO DE
LUIZÃO-O-CHAVES" 07/12/2017