sábado, 31 de dezembro de 2016

SOU O ÚNICO QUE ESCAPOU DA POLICIA! 1ªParte


                                
 Era um homem simples de estatura mediana, lá pelos 1,70m, ruivo, olhos azuis, corpo esguio, massa corporal de proporções normais e bem distribuídas, não possuía um físico atlético, mas era de movimentos rápidos, olhar perspicaz, agudeza de sentidos, percepção normal, até um pouquinho além dos demais, de pouca conversa, de fácil adaptação no lugar que se encontrava, companheiro fiel, de confiança á valores, trabalhador, honesto aquele tipo que parece sabiá, que vai dormir tarde e acordar mais cedo do que os outros, bom jogador de bacará, truco, pif, escopa de 15, 21, pôquer, bisca, e quase todos os demais jogos de cartas, damas, dominó e vai por aí a fora. Bom machadeiro, bom de foice, de enxada e de todas as ferramentas braçais. Andejo, corredor de trechos, parecia que quando nasceu ao dar os primeiros passinhos pisou em rastros de lobinhos. kkkkkkkkkkk. Conhecia meio mundo de peões da sua época, lá pelos anos de 1.930 até quando sumiu, ninguém sabe se morreu. Era nascido em 1.912 natural do Estado da Bahia, cidade de  Mamonas de Ouro. Saiu da casa dos pais com idade de 12 anos, meio fugido deles, tinha vontade de conhecer o mundo. Veio para o Estado de São Paulo num "Pau de Arara" que naqueles tempos era a condução que trazia os nordestinos de suas terras para outros estado em especial o Estado de São Paulo e Paraná, saiam de suas terras natal:  Piauí, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe passando por Minas Gerais e rodando até dois meses de viagem, ele chegou no interior  de São Paulo ali na região de Padre Nóbrega, Marília, Tupã, Sorocaba,São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Rio Claro, Araçatuba, Barretos, Bastos, Ribeirão Preto, Campinas,  Assis que eram cidades pequenas naquela época etc. Percorreu toda a malha ferroviária daqueles tempos: Sorocabana, Araraquarense, Noroeste, Alta Paulista, Mogiana, Central do Brasil por ser quase o único meio de transportes existentes etc. Trabalhando como peão com empreiteiros de derrubadas de matas para o plantio dos cafezais que hoje nem existem mais. Pelo que descrevemos desta simples criatura como os demais homens, parecia ser um ente completo. De temperamento quente, agressivo com as injustiças que presenciava. Saia na defesa dos mais fracos, custasse o que fosse custar. Brigava até por um palito de fósforos se fosse preciso. Não gostava de arma de fogo, dizia que na hora "H" nega fogo, só um punhal ou peixeira que era arma de confiança. Era comum vê-lo metido em encrencas, ligeiro como um gato na frente de cães, ou um curiango quando um gavião lhe ataca, serelepe na frente de um gato,ou em outra comparação, deitado numa rede de descanso a gente cortava uma das cordas e antes dele cair no chão, saltava lá longe e a rede caia sozinha. O homem parecia ser eletrizado, uma coisa sem explicação, parecia ter pacto com alguma entidade, balas nunca lhe acertavam, caso fosse alvejado, de raciocínio rápido, conhecia perigo de uma forma previsível, sabia dos riscos e escapes, sabia onde por os pés com segurança, peão velho e estradeiro não mete a mão em combuca, apesar de ter se metido em muitas encrencas nunca foi riscado de facas e nem de outra arma. Dizia entre risos: O meu couro ainda é de 1ª kkkkkkkkkkkkkk. Sabia se defender mesmo, não largava de ser arruaceiro! Dizia que na frente de um ferro frio a gente se desdobra em mais de dois. kkkkkkkkk. Tem que defender a carcaça de ossos, senão a turma faz da gente um peneira! Comprava briga alheia atôa, mas tinha sorte, se saia  muito bem. Tinha defeitos, traiçoeiro. vingativo, pirracento e perigoso.  Por conta desse seu gênio azedo, tinha dia que não falava com ninguém, amanhecia emburrado, trabalhava sem articular uma palavra. De repente dava uma gargalhada do nada e dali pelo resto do dia era só alegria com a turma. Era misterioso mesmo, irrascivel, encardido nas suas opiniões mas respeitoso com tudo o que era alheio, jamais metia a mão em algo que não era seu. Mas também possuidor de uma fé que só ele sabia como cultivar, dizia sempre em alguma situação complicada e embaraçosa: A providência Divina é maior do que tudo isto que meus olhos estão vendo! Isso é nada para nós! Só isto que sabia dizer além de um Pai Nosso e Ave Maria que rezava antes de se deitar e se levantar! Um homem imprevisível e de um companheirismo de causar admiração, prestativo e servidor, não era mesquinho nem avarento, não tinha usura ou ganância por dinheiro. Prejuízo pouco é lucro dizia sempre. Como peão do trecho igual aos montes que na época existia era possuidor de uma grande qualidade: Não era cachaceiro! Se bem que vez por outra tomava uns goles somente para ficar com o corpo maneiro. kkkkkkkkkk.  Assim dizia! Era um grande companheiro, se chamava João Leite, gostava de chamar os companheiros de "Cunhado" Os peões de nosso tempo eram assim: Não tinham estudos, muitos nem o nome sabiam assinar, mas sabiam brigar de facas, de navalhas, rabo-de-arraia, cangapés, cabeçadas, capoeiras ao toque do berimbau, e outras lutas da cultura nativa e afro-brasileira, jogo de rasteiras, com armas de fogo, saiam do alvo livrando-se das balas, jogavam rasteiras, lutavam no braço, no facão, na ginga, atiravam bem com diversas armas de fogo: Garruchas, ou rabo-de-égua aquelas calibre 380 ou 320, Colt cavalinho, até cortavam um palito de fósforos na cabeça de um toco á 15 metros de distância lá no meio da derrubada ou roças, outros furavam laranjas ou limões atirado por outra pessoa no ar antes de cair no chão. Não tinham cursos de lutas nenhum mas brigavam de cacetes, jogavam areia nos olhos do inimigo e davam-lha a maior surra. Nem sabiam o que era anatomia mas conheciam os pontos fracos do corpo humano nas brigas. Era uma geração de homens perigosos. Por conta dessas aventuras ninguém tinha paradeiro certo, não tinham casas de moradia, a casa dos peões do trecho era o chapéu. Andavam igual ciganos, levavam a vida só trabalhando para um e outro patrão, se o serviço fosse grande ali ficavam até terminar, levasse o tempo que fosse. Quando tinham folga entre um serviço e outro iam para a cidade passearem, se divertirem e bagunçarem  também. Certa ocasião trabalharam para um japonês e no acerto das contas se desentenderam, os japoneses naquele tempo eram ótimos patrões, salvo um ou outro safado que não gostava de pagar os "Gagins" pelo serviço feito ou pagavam pela metade do combinado. Deu encrenca, fizeram um pampeiro de brigas, uns quatro japoneses foram defender o patrício, até mulheres japonesas entraram pelo meio, mataram um japonês, moeram outro no pau e machucaram gravemente a mulher dele com uma foice, os outros correram. Vendo o morto e a mulher quase morta também, caíram na "Folha", sumiram todos, ele o João e mais três companheiros. Mudaram de região, foram para o Paraná e lá ficaram por muito tempo. Passou mais de ano e um dia voltaram, mal chegaram e já fizeram outra bagunça num bailinho familiar na corrutela. O dono da casa dissera que peão nenhum era para dançar ali, mas eles entraram na marra e por causa de  uma moça noiva que não quis dançar com eles, atiraram no pé dela e foi aquela confusão. Bateram no noivo, e acabaram com a festa. Antes que a policia fosse acionada, sumiram de novo, foram para o mato trabalhar numa derrubada. A policia procurou-os em todas as turmas de empreiteiros, estavam num português empreiteiro, mas este negou a presença do João Leite e seus companheiros bagunceiros. Ficaram escondidos lá por muito tempo. Como a policia não desiste, foram numa boca de noite de domingo para segunda feira no dito acampamento do português ver se pegavam os tais. Estavam todos deitados para acordarem amanhã cedo e irem para o eito. Mas em silêncio total, andavam desconfiados com a surpresa da policia. O cozinheiro ouviu um barulho de carro parando ao longe na estrada e avisou a turma. Foram dormir no mato, de repente a policia chega de supetão, cercou o barraco deles e deu voz de prisão em voz alta para todo mundo. Ninguém corre, se correrem nos atiraremos, estavam munidos de lanternas potentes. O sargento entrou no acampamento e deu de cara só com o cozinheiro na beira de um fogo passando um café, ficaram sem graça por não encontrar ninguém! Reviraram os barracos embaixo das tarimbas e tudo vazio. Pediram informações e tiveram como resposta: Estão todos para a cidade, só voltarão amanhã á tarde! Os caras de pau ainda tomaram café, pediram desculpas e foram embora. Não voltaram mais. João Leite e seus companheiros  passaram uns seis meses longe da cidade. Sumiram mesmo, desapareceram do mapa. Mas como os vivos sempre aparecem, um dia sem ninguém esperar apareceram por lá onde bagunçaram no baile. Só que andavam espalhados iguais a quati mundéu, logravam a policia assim, viram os policiais e deram no pé de novo, daí uns quinze dias voltaram na corrutela outra vez. Como a patrulha andava de prontidão sondando quem entrava na cidadezinha, um deles viu a quadriga, e desta vez juntos entrando num bar, avisou os demais policiais e fizeram um cerco no local, seis policias contra os quatro arruaceiros, o dono do bar gritou: É a policia, não dando tempo para empreender a fuga e quando se viram cercados o jeito foi enfrenta-los. Foi um quebra-pau daqueles, se via cadeiras voando para todos os lados, mesa  empurradas outras de pés para cima prateleiras derrubadas, vitrine aos cacos, garrafas atiradas contra a policia, naqueles tempos a policia não atirava em ninguém desarmado, pegavam o fulano a unha seca, na raça, no braço, na pancadaria, no cacetete. Mas o João Leite era barra pesada mesmo, sozinho derrubou dois soldados, um com areia nos seus olhos e outro na rasteira, batia neles de pés de cadeiras, estava em vantagem quando um dos seus companheiros esmoreceu perdendo para um adversário, ficando quatro a três ainda, mesmo assim o sargento sacou a arma e gritou com a pistola na mão: Parem, senão mando balas! Lá vai chumbo! Obedeceram e acabaram sendo todos presos! O João não levou um arranhão sequer... [Continua]

 PARA O BLOGGER:  "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"
  CONTO E RELATO DO PERSONAGEM QUE VIVEU ESTA AVENTURA.

         COLEÇÃO DE CONTOS VIDA DE PEÃO".  31/12/2016

SOU O ÚNICO QUE ESCAPOU DA POLICIA! 2ªParte


Oito dias de cadeia e previsão de um processo pesado neles. Seriam todos condenados com certeza, mas o João disse aos companheiros lá na cela antes de serem interrogados: Eu assumo a culpa de tudo! Joguem tudo sobre mim, digam que sou o único culpado e assim vocês ficarão livres, não preocupem comigo, eu sei me virar.  Zarpam daqui, sumam lá para ao Paraná. Um dia a gente se encontra! Deu certo a tática! Foram os três livres e o João condenado! Depois de tudo resolvido o sargento lhe disse: O senhor é valente mesmo, perigoso, parece um raio, tal e qual nos informaram! Eu admiro o senhor! Viemos prevenidos para darmos o maior cacete em vocês, não queríamos mata-los, nem prende-los, viemos seis contra quatro ainda assim quase perdemos a rinha! Se os seus companheiros fossem bons como o senhor, teríamos fracassado, é uma pena termos que eliminar o senhor de uma vez por todas! Vai morrer sabia? Vermes como o senhor não pode viver na sociedade,  tem que ser banido. Será fuzilado sem apelação! Antes porém te faço uma proposta: Porque não veste a nossa farda e fica do nosso lado? Será muito útil para a nossa corporação! Venha conosco que te livro da condenação! Em breve será promovido! João Leite era atrevido de natureza e agora inda mais por ter conhecido a primeira derrota, e ainda para a policia que ele tanto tinha nojo. Respondeu ao sargento: Não sou Cachorro! Não gosto de mata-cachorros. O Sargento replicou: É melhor ser cachorro do que ser defunto! João calou-se! Pense bem esta noite, se resolver amanhã estará livre relutou o sargento. Sabemos que a policia insulta os presos quando estão sob o seu jugo, desafora-os, maltrata, xinga e abusam até dos infelizes algemados inda mais se ferem um dos companheiros. São vingativos mesmos. Diziam: Chegou o seu dia amigo! Nós todos sabíamos que um dia você caia! Sozinho bateu em dois companheiros nossos que estão no hospital um com a cara quebrada, e outro quase cego! Rasgou a farda de mais um que escapou com a barriga riscada do seu punhal sanguinário, só está ferido, és muito perigoso e ligeiro mesmo! Mas sua valentia vai acabar lá no Rio Paranapanema. Fuja agora, queremos ver se é bom mesmo! Previna-se, vais morrer baleado e afogado nas águas do rio. kkkkkkkkkkkkkk. No dia seguinte pegaram-no e puseram num Jipe, algemado e o levaram para a beira do rio que distava alguns quilômetros da corrutela, lá num lugar ermo onde ninguém ia, nem ao menos pescar. Naqueles tempos tinha até onças nas beiras dos rios, não eram desbravados os sertões como é hoje. Rodaram um tempo naquelas estradas de chão batido, cheia de poeira buracos e solavancos, enfim chegaram! Apearam do Jipe e o João  seguia no meio dos dois, na frente ia o sargento abrindo passagem entre os ramos e folhagens, chegaram numa pequena clareira e praia onde tinha algumas pedras grandes. Mandaram o João sentar numa pedra pequena e aguardar. João olhava aquelas águas tranquilas e serenas do Paranapanema que por certo seriam a sua sepultura. Manjou uma pedra com uma parte emersa lá mais ou menos no meio do rio e abaixo, poderia ser a sua salvação, quem sabe né?. Enquanto isso o soldado catou uns gravetos e folhas secas, fez um fogo entre duas pedras pequenas, parecia um fogareiro , gerou brasas e eles dois assaram um pedaço de carne que levaram para a matula, comeram com pão, tomaram até umas pingas, uma cachaçada leve só de dois, e nem sequer ofereceram um pedacinho de pão e carne para o miserável que ia morrer dali alguns instantes. O soldado quis oferecer a ele mas o sargento não deixou dizendo: É desperdício , defunto não precisa de comida. Comida dele é capim pelas raízes, mas este será lama do fundo do rio. Igual á cascudos e bagres. kkkkkkkkkk.  O pobre do João estava com uma fome de guará, havia dormido sem janta e já era umas nove horas da manhã ou mais. Sua barriga roncava, e se lembrava de tantas situações aflitivas por que passara na vida e das bagunças que aprontara, sempre se saia bem! Pensava na vida e na morte! Morrer agora e ainda com fome? Isso não é brincadeira! Mas era a verdade nua e crua! Mas algo lhe dizia nos ouvidos, Deus é maior João! Ele providencia tudo na hora certa! Aguenta a marimba aí! Sabia que a policia não tem coração, nem pena de ninguém, são odiosos e carrascos mesmo! O sargento foi no mato um instante deixando o fuzil encostado numa  pedra há uns dois metros e pouco do João, o soldado era descuidado e afastou também, o João sentiu cócegas nos pés para dar um salto felino e alcançar a arma. Ah! se pegasse a arma! Mataria os dois com certeza, mesmo algemado! O sargento olhou para trás vendo o soldado descuidado e com a garrafa de pinga na mão, deu um berro no praça: Está louco homem? Se o preso pegar esta arma estaremos mortos! Cuide dele seu FDP.! O ânimo do João se esfriou! Estou perdido mesmo! Desta não escapo! Ótima chance, mas perdi! Lhe sobreveio um pensamento: Se me jogarem nas águas algemado, não terei chance nenhuma de sobreviver! Mas o Sargento voltando disse ao companheiro: Vamos pegá-lo de dois: Eu pego nas pés dele e você nos punhos, balançamos ele e o atiramos nas águas, depois você pega o fuzil e faça o disparo, você capricha assim que ele boiar, certeza que ele vai mergulhar, antes porém tira as algemas dele, se alguém encontrar o corpo morto assim, a policia será incriminada, as algemas nos condena! Tudo certo, tudo bem planejado! Nisto o João criou novo ânimo ao ficar com os braços livres, sorriu por dentro, sentiu que era capaz de vencer mais esta luta pela sobrevida, pois na água só uma piaba para nadar mais do que ele. Pensou: Deus, o senhor é maior do que tudo que há nesta terra! Senhor, me livra das mãos destes dois carrascos, destes dois facínoras! Limpou a garganta e suspirou fundo!- Chegou a hora!!!!   Subiram numa pedra alta bem na margem do rio, balançaram ele duas vezes e na de três jogaram-no lá embaixo, seu corpo caiu nas águas a uns cinco metros longe da margem. O soldado apurado desequilibra e escorrega na pedra, mas pegou o fuzil e destravou-o,  ficou esperando o homem boiar. Enquanto isso no mergulho que dera, desceu água abaixo para facilitar a velocidade do nado submerso, parecia que até a água lhe ajudava, tinha maior correnteza embaixo, antes porém não esquecera da pedra, memorizara bem a distância da pedra lá no meio do rio, marcou no sentido de alcançar ela. Deu certo! Sentindo que seus pulmões iam estourar sem ar, deu uma rápida boiada só de rosto já chegando na pedra, era um milagre mesmo mergulhar daquele tanto, nisto ouviu um disparo e uma bala passou pertinho de sua cabeça  mas acertou e ricocheteou na pedra e saiu zunindo. Ele afundou de vez, logo sentiu as mãos roçarem na bendita pedra, rodeou-a e ficou igual uma perereca grudado nela mas por trás descansando, resfolegou, tomou ar a vontade! Deu uma espiada de lado da pedra e viu os dois lá olhando para ela, esperando o João aparecer, quando viram-no mandaram balas, que só acertava na pedra e saiam cantando, sibilando no ar. João escondeu de novo, deu mais uns instantes e alinhou os dois com a pedra a um ponto na margem oposta do rio, mergulhou de novo, saiu embaixo de uns arbustos que roçavam as folhas na superfície das águas. Subiu na barranca, entrou no mato e subiu rio acima ficando de frente com os dois lá do outro lado que não acreditavam que o João escapara das balas. Kkkkkkkkkkkkk. ria o João! Pensou consigo positivamente: Nasci de novo! Vou viver mais cem anos! Tirou a roupa molhada, torceu-a e deitou no chão  de bruços, ficou vendo por entre as folhagens que roçavam na areia da praia que horas os dois iriam embora. Jogaram areia e água no fogo, os restos do que comeram jogaram para os peixes, deram a ultima olhada para a pedra onde estivera a sua vítima e esta o salvou da morte certa. Balançaram a cabeça desolados, saíram cabisbaixo e foram embora desapontados com o insucesso da tarefa que lhes foi confiada. Disseram um para o outro: Que homem de sorte! Imprevisível! Escapou ileso mesmo! E agora o que dizer ao superior? Nada, disse o soldado, missão cumprida e pronto! Fui eu quem o executei, o senhor sargento não precisou fazer nada! O sargento concordou e foram embora dizendo: De uma coisa estejamos certos: Nunca mais o pegaremos! Viva a vida que Deus nos deu! Pensava sempre o João Leite kkkkkkkkkkkkkkkk.

  PARA O BLOGGER:  COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES
  CONTO E RELATO DO PERSONAGEM QUE VIVEU ESTA AVENTURA.

  COLEÇÃO E CONTO VIDA DE PEÃO  ANASTACIO MS. 31/12/2016

sábado, 19 de novembro de 2016

O CARCEREIRO QUE ERA "BATELÃO"

         
                                       
Certa ocasião numa cidadezinha interiorana do Estado de São Paulo que era muito distante dos grandes centros, lugarzinho onde toda a população era dada ao trabalho, os garotos frequentavam uma escolinha de três salas de aulas, os chefes de família trabalhavam nas roças, ali nas redondezas. Os idosos também ainda davam um murro danado nas capinagens das roças diversas, nas colheitas e na ruação dos cafezais, roças de amendoins, algodoais, canaviais, nas criações diversas pois naqueles tempos não haviam aposentadorias como nos dias de hoje, as idosas eram na sua maioria rendeiras, teciam redes, baixeiros de lã de carneiro e outros artigos do gênero. As moças ajudavam seus pais na roça. Outras que seus pais tinham comércio, ajudavam nos armazéns e lojinhas. Sabem aquelas cidadezinhas pacatas? Esta era uma delas. Não se ouvia e nem viam violência de modo nenhum. Tinha uma delegacia pequena, seus funcionários e o delegado quase não tinham o que fazer, depois de cumpridos os horários do expediente iam aos bares bebericar ou para suas casas. Três soldados da polícia, um sargento, e um cabo, faziam a ronda por obrigação e tiravam plantão na cadeia que era pequena também, isto  quando tinha prisioneiros, tinha duas celas, uma varandinha na frente, uma saleta, uma cozinha, uma dispensa e um quarto onde o plantonista dormia depois das 23:00 horas. Além do carcereiro um baita de um polaco de quase dois metros de altura. Tinha fama de batelão, ganhara este apelido porque não tinha dó de ninguém, para bater nos outros era com ele mesmo, era o corretivo dos malandros, quem caísse nas suas mãos estava perdido, sua fama foi longe, era temido, quase só por isso que ninguém ousava arranjar encrencas por nada com medo de ir preso e cair no laço. Sempre esta tarefa é dos policiais, mas ele tomou a frente por ser mais antigo na organização de segurança local e por instinto de perversidade. O delegado não se importou, com a sua atitude, sem problemas dissera. Então o polaco cresceu dentro da profissão de surrar quem merecesse na cadeia. Na cidade tinha um motor estacionário importado e movido á óleo cru lá no alto de uma das ruas que fornecia luz até as 22:00 horas, isto quando não enguiçava e ficavam sem luz até por três dias. Energia diária eram só para o comércio, bares, armazéns, sorveterias, duas pensões e um hotel pequeno e nada mais. As iluminações noturnas de um modo geral nas casas eram lampiões a querosene e lamparinas, quem tinha uma lâmpada elétrica em casa era só os burgueses.  Dali nunca surgiram malandros ou ladrõezinhos baratos, pois todos os meninos e jovens eram bem criados e sabiam só trabalhar com seus pais. A noite quase ninguém saia, a não ser nos fins de semana quando tinham quermesses na igreja católica, missas ao anoitecer e alguns terços em casas de família, um bailinho familiar para os moços e moças se divertirem e namorarem, até mesmo arranjarem casamentos, em épocas das festividades também. Aos domingos iam ao campo de futebol ver as peladas do povo dali mesmo, havia jogos de: Maias, bochas e raias, corridas de cavalos e jogos de truco para os idosos até mesmo nos vizinhos á noitinha e aos sábados de tardezinha. Domingo á tarde lá pelas cinco horas encerrava toda as diversões, pois amanhã é segunda-feira, dia de trabalho. Esporadicamente aparecia por lá algum forasteiro vindo de outras localidades, as autoridades dali já percebiam a presença do estranho, lugar pequeno é assim, todos conhecem todos, se tivesse algum de passagem ou procurando algum parente ou serviços braçais não era incomodado por nada, mas se a policia desconfiasse que era algum vadio vindo de outro lugar advertiam-no, aqui não deixamos ninguém ficar vadiando pelas ruas em dias de semana. Se teimasse iria preso e o carcereiro da cadeia dava um banho de borracha e salmoura no dia seguinte para ir embora e não voltar mais ali. Ninguém faz ideia de quantos por ali passaram. Num dia desses os policiais na ronda costumeira deram de encontro lá pelas 22:00 horas com um sujeito desconhecido dali e de todos, andando a esmo pela rua procurando um espaço para reclinar a cabeça nem que fosse em alguma porta ou portão fechados. Era um moço bem novo, aparentava uns 25 anos, robusto, bem dotado fisicamente, boa altura, lá pelos  1.85m ou mais. Aqueles sujeitos de pouca conversa,  e que presta atenção em tudo o que lhe dizem. Boa aparência mas muito mal arrumado, apenas com um embornal de roupas sujas dentro, um sabão, uma pasta de dentes e uma toalha velha da cor do chão. Parece ter vindo de longe e com muitos dias de viagem. Dava até pena do moço. Foi interrogado pelos seguranças rondando naquele horário,  obtiveram como resposta do individuo: Não sou daqui, venho do norte e a procura de serviços, sou sozinho no mundo, não tenho família, parentes e nem aderentes, não conheci meus pais, fui criado por terceiros e ando pelo mundo  desde meus 14 anos de idade em busca da sorte, quem sabe ela está por aqui. Nunca fiz mal á ninguém, não sou mau elemento como os senhores estão pensando, mas estou em vossas mãos, durmo nas portas de algum bar ou armazém se o seu dono deixar. Quando tenho dinheiro paro na pensão ou hotel, hoje estou sem recursos. Parece que a sorte me abandonou, mas corro atrás dela mesmo assim. Aqui não tem sorte para pessoas como você, estranhos, vagabundos, sem o que fazer, sujo e maltrapilho sem documentos sem nada que vos identifique, lugar deste tipo seu, aqui conosco é na cadeia, e lá tem um carcereiro que cura qualquer doente da mente ou outra doença. Ele bate colocado, sem errar uma "Lapada" disseram os dois policiais. Estenda as mãos, queremos vê-las se tem calos nelas e se trabalha mesmo! O rapaz fez o que lhes foi ordenado. Tinha calos sim, e nos pés tinha uma botina "Testa de touro" bem conservada até, está bem, responderam os policiais. Colocando as algemas no rapaz disseram: Não podemos deixar você á esmo por aí. Qualquer policial só pensa mal da gente. Para eles só existem pessoas más e delinquentes. pensou o moço. Vamos andando, dormirá na cadeia esta noite e amanhã pela manhã terá uma surpresa, o batelão está sem serviços há algum tempo, está com as mãos coçando, o chicote está sujo e precisa ser limpo nas costas do primeiro que chegar, você foi premiado. O rapaz ficou calado com aquele deboche á suas custas. Sem querer já tinha arrumado um grave problema. De fato fazia muito tempo que não aparecia ninguém por aquelas bandas para ser surrado pelo Polaco. Parece que até a vizinhança da pequena cadeia davam por falta dos gritos de socorro de algum "azarado" que por certo cairia na "peia". Aquele espetáculo era rotina quando tinha freguês. Lá se foi o rapaz sem oferecer resistência alguma na ordem de prisão dos policias. Cadeia vazia, sem plantão, sem nada dentro. Cela empoeirada, teia de aranhas para os cantos e um colchão velho de capim lá num canto. Os dois fecharam o moço e trancaram o cadeado, foram embora rindo do infeliz e da má sorte que o esperava assim que o dia amanhecesse, passaram na casa do "Polaco" e lhe avisaram que tinham novidades para ele, este ainda estava acordado e jogando damas com o seu vizinho. Está bem e obrigado, disse aos policias. Amanhã veremos. Quando amanheceu o novo dia e no café da manhã a sua esposa estava apreensiva e disse-lhe: Esta noite tive um sonho muito ruim com você amor, eu via você deitado no chão e em silêncio, será que você vai morrer? É um aviso que algo não vai bem em nossa vida? O que será que é? Que nada querida responde o Polaco, sonhos é pura tolice. Estamos bem. Trocou de roupas e foi lá para a cadeia, era uma subidinha, a cadeia ficava lá no alto ao lado do campo de futebol, o vizinho mais próximo ficava uns cem metros dali, era isolada a casinha de detenção. Quando o Polaco chegou e adentrando o recinto com ares de superioridade, semelhante a um leão quando olha os outros animais felinos com desprezo, com pouco caso, ostentando a juba que é sua corôa de rei da selva. De fato o Polaco era uma fera, parecia um gato faminto quando pega um camundongo indefeso, viu o sujeito encolhido num dos cantos da cela. Nem bom dia falou, só avisou-o: Sabe quem eu sou? Sou o Polaco! O terror dos vagabundos, sabia? Ninguém passou por aqui duas vezes, a não ser que não tem dó do couro do lombo. Prepare-se: Faz tempo que não coço as costas de vagabundos. O rapaz ficou olhando aquele monte de músculos com um chicote, um rabo-de-tatu na mão, aqueles que tem uma argola grande de metal amarelo por onde se enfia a mão, estava na   esquerda, e um 32 niquelado por baixo da camisa, um pedaço de pau roliço emborrachado do outro lado. Pensou consigo: É tudo ou nada! Você ou eu, meu camarada! É agora ou nunca! Será a vida ou a morte para um de nós dois! Por ser um sujeito andado, do trecho, do mundo, escolado na vida, conhecia quase todas as situações de embaraços, e os percalços desta vida, as dificuldades que ela impunha aos menos favorecidos pela sorte, como sair ou encontrar soluções diversas, tinha aprendido muito nestes 25 anos de vida até ali. Era um dos maiores desafios que contemplava agora! Ficou estudando o carcereiro e seus movimentos enquanto abria o cadeado, abriu e adentrou a cela, virando-se de costas para o moço enquanto trancava o cadeado por dentro para que o prisioneiro não tivesse chance nenhuma de escapar, era a sua técnica maléfica de judiar dos infelizes que os tinha em suas mãos. O moço levantou e ficou em pé no canto onde estava sentado. Com os braços livres ao longo do corpo, como faz o herói do faroeste, movendo as mãos, fechando-as e abrindo, pronto para o que der ou vier. Parecia um felino preparando um golpe mortal na caça! Ou o macharrão da pintada quando esta sobe e ele fica sentado no chão fazendo caretas para o caçador, acuados por cães com cincerro no pescoço. Sabia que estava em desvantagem frente aquela temível fera, mas lutaria pela vida sem temer nada! Era um homem de coragem sem dúvidas, ainda mais que as circunstâncias do momento obrigavam-no ser como uma pantera acuada na mata. Dizia de si para consigo: Se pensa que não sei me defender? Está muito enganado! Desta vez casará a sua filha mal-casada! Quando o Polaco virou de frente para ele recebeu um coice duplo, aquele dos pés juntos, uma espécie de tesoura voadora, mas fechada ali na parte íntima, ali nos países baixos, onde nós homens não suportamos dores, no golpe rápido, preciso, fulminante, e como um relâmpago o moço já estava de pé, novamente pronto para um novo ataque caso o primeiro não surtisse o efeito desejado. Mas foi fatal o primeiro. O homem carcereiro esmoreceu, viu o Polaco caindo sentado de costas para a porta da cela, sem ao menos esboçar um gesto de defesa, com as duas mãos segurando os órgão genitais  e cego de dor, o homem esmorecido, se entregou de vez, o rapaz prisioneiro deu um segundo golpe com os joelhos, somente no rosto do batelão que estava curvado para a frente, pois tentara levantar, acertou-lhe o rosto em cheio, este rolou no piso, parecia um lutador profissional que não erra um golpe, tomando-lhe o rabo-de-tatu das mãos, virou-o dando duas argoladas na cabeça, que espirrou sangue nas paredes, pegou o cacetete e deu-lhe várias pancadas na nuca para desequilibrá-lo definitivamente. Este gritou por socorro! Gritava para tudo o que era Santo que do seu nome sabia! Uma gritaria sem fim! Berrava igual macaco na peia! Nada adiantou! Aquilo era normal O rapaz batia-lhe no rosto, na boca, no nariz, na cabeça em qualquer lugar onde a cacetada acertasse.  Batia nas suas mãos para quebrar-lhe os dedos, batia lá em baixo, Tirou-lhe as armas, com ele já mole no piso de tanto apanhar. Não esmoreceu, não teve pena, bateu-lhe até cansar. Tomou um fôlego, olhou bem para o batelão já entregue para as baratas, tirou o molho de chaves da cintura deste, abriu a cela, voltou e tirou-lhe as roupas, deixando-o semi nu, antes porém meteu a mão num dos seus bolsos, tirou um punhado de areia ajoelhou no seu ventre, de joelhos na barriga dele, abriu os olhos do carcereiro com os dedos e meteu areia neles sem dó nem piedade, socou com a ponta do cacetete, o Polaco só gemia, nem forças tinha mais para gritar por socorro,  levando as roupas do carcereiro saiu com a maior naturalidade andando, assoviando como se nada tivesse feito de errado e foi-se embora deixando-o trancado com cadeado  por fora, levou as chaves também! Atirou-as bem longe dali! Levou só a arma de fogo no seu embornalzinho. Lá se foi o moço a procura de sua sorte! Ninguém deu por fé daquela situação que o Polaco se encontrava! Ninguém se preocupou com aqueles gritos de clemência e socorro pelo carcereiro que ecoavam longe e todo mundo ouvia. Alguns da vizinhança sentiam dó daquela infeliz criatura que o carcereiro judiava, pensando que era outro preso. Outros davam risadas. Era rotina aquilo. Já virando o meio dia alguém sentiu falta dele, a sua esposa!  Demorava chegar! Foi na cadeia e deparou com aquele quadro horripilante. Quase desmaia de tanto terror! Saiu gritando para todo mundo que seu marido estava morto e trancado dentro da cela. Delegado e seus policiais fora acionados. Em menos de quinze minutos a cidade toda sabia do acontecido. Vieram todos e mais a multidão de curiosos para verem o ocorrido. Tiveram que serrar as grades para tirá-lo.O delegado disse-lhe porque não pediste socorro a nós, homem? Ele respondeu: Gritei tanto mas ninguém me ouviu, nem me socorreu. Os populares acrescentaram: Quem esperava uma coisa dessas? Isto nunca aconteceu! A gente pensava que era outro caindo no cacete. Um dos mais experientes na vida retrucou: Há sempre a primeira vez gente! Outra coisa: Quem vai dar, tem que ter um saco para trazer! Poderá ganhar também! Não há primeiro sem segundo! Outros disseram: Em quantos infelizes ele bateu sem dó! Este nunca mais baterá em ninguém, podem crer! Um velhinho pra lá dos oitenta em meio á multidão observou: Até que demorou para isto acontecer! O mundo ensina quem não sabe viver! A terra clama ás dimensões superiores quando nela tem demais injustiças e sangue inocente.  Este rapaz veio a este lugar sob encomenda da justiça Divina! Capricho do destino! Ninguém sabe se alguma vítima  praguejou o polaco  para que isto acontecesse! Ou se alguma mãe ou pai de um filho tão querido se ajoelhou e clamou por juízo? Tudo pode acontecer, homem é um ser mais imprevisível e perigoso que se conhece. Este desconhecido tem um cunho de justiceiro, algo do sobrenatural flui deste ente estranho. Nunca saberemos quem é ele! O homem evaporou, nem vimos quando chegou aqui e nem quando ele foi embora. Levaram o Polaco para outra cidade em busca de socorro, todo mole, arroxeado, alquebrado e da cabeça aos pés banhado de sangue, o rosto parecia uma jaca de inchado e cheios de caroços, ou hematomas com sangue pisado, não conseguia se mover, parecia um morto mesmo. Olhem o sonho da sua esposa dando certo! Ficou um mês e pouco no hospital, quando saiu ficou cego para o resto da vida! Ditado popular: Aqui se faz, aqui se paga!

      "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES" 18/11/16

   

CULTURA SERTANISTA QUE NOS DIVERTEM PARTE-04

                           
                             O QUE É O QUE É, ADIVINHA?

01-O que é que enche uma casa e nunca enche uma mão?
02-De manhã esta atrás, meio dia esta embaixo e a tarde está na frente?
03-Numa casa tinha sete mulheres, cada mulher tem sete gatas, cada gata tem sete gatinhos, entraram no carro e foram passear, um homem que tinha um gato pediu carona, elas disseram aqui não cabe mais ninguém! Leve ao menos o meu gato ponderou ele. Elas aceitaram. Quantos que ficaram?
04-Lambi e lambi com muito jeito no seu fundinho meter eu consegui?
05-Que diferença há entre o Paraná e uma agulha?
06-O que é que quanto mais tira mais aumenta?
07-Qual a parte do boi que chama cão?
08-O que é que começa no fim e termina no começo?
09-Duas mocinhas gêmeas que moram no mesmo prédio, nunca se veem?
10- Qual é a roupa que a esposa usa e o marido não vê?
11-O que é que da mulher casada é mais larga, da solteira é estreita?
12-Amanhece comprida ao meio dia é redonda e a tarde se estica toda?
13-O que é que a mulher casada ganha do seu marido e dali em diante não passa sem?
14-Quem morreu duas vazes para depois ser enterrado?
15-Pela manhã é 4 meio dia é 2 a tarde é 3 e a noite é 6?
16-O que é que cresce para baixo até arrastar no chão?
17-Quanto mais se tira mais aumenta?
18-Quanto mais se perde mais tem?
19-O que a mulher tem na frente que cheira: Azedo, peixe, fígado e sangue?
20-Quem é saiu de duas barrigas?
21-O que é que na cidade só tem um e no campo nenhum?
22-Eu estava em casa, vieram me chamar, a casa saiu pelas janelas e eu não pude me escapar?
23-Quanto mais seca mais molhada fica?
24-Ataque dali que eu cerco acolá, quando não tinha me prometeu e hoje tem por que não quer me dar?
25-Vou trabalhar para você a razão de R$0,01 por dia, á dobrar nos dias seguintes. No final dos 30 dias quanto deverá me pagar?
26-Tem um burro morto de fome e sede, dei-lhe uma bacia com água e um maço de capim, qual ele abocanha primeiro?
27-Pés na estrada, olhos no ar, barriga no chão  as costas lá em casa?
28-É nascido duas vezes e só na segunda que vai ser criado?
29-Qual a única mulher que seu sonho está registrado na escritura sagrada?
30-Está na igreja, no cemitério e em sua casa dentro da água?
31-Estando sentada é mais alto do que em pé?
32-Pela manhã é 4, ao meio dia é 2, á tarde e 3 e a noite é 6?
33-Capote sobre capote mas sempre do mesmo pano, para tu adivinhar te dou prazo de um ano.
34-Altas torres com belas janelas se abrem e se fecham sem ninguém tocar nelas?
35- Porque o pé esquerdo dos  moleques é sujo de tiririca?
36-Se não posso fazer mais amigos o que devo fazer? 
37-Quais os dois pés mais pesados que existem?
38-Branco de nascença,preto de natureza, morte pra ele é vida e vida pra ele é tristeza?
39-O que a moça faz quando completa 15 anos?
40-Quem é que corra com os joelhos para trás e ninguém o alcança?
41-Que diferença tem um japonês e um brasileiro, ambos em pé e sentados?
42- O que é uma casinha de 4 esteios com uma telha só com um fole e um chicote?
43-Quem é que corre no lugar sujo, chega no limpo pára?
44- Tem medo do escuro, só fica no claro?
45-Qual é a única mulher que sabe onde está seu marido?
46-O que é, o que é? Nasce em pé mas corre deitado!
47-Atirei no que vi, matei o que não vi. Tirei lasca de pau- santo assei e comi. Morto carregar vivos coisa que nunca eu vi?
48-Vi na estrada parecendo cipó. Com que lhe cortei era ruim, mas o bicho era pior. A fruta da arvore era boa mas a raiz era melhor.
49-Quanto mais tiro mais aumenta?
50-O que faço com a mão esquerda que a direita nunca faz? 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O SAPO, A ONÇA E O COELHO.

                                       
             
Nas suas andanças pela mata a onça sem querer porque estava olhando para cima pisou nuns galhos finos e cobertos por folhas secas num trecho onde tinham um bando de macacos numa fruteira e numa bagunça danada, a dona onça estava de fininho sondando o chefe do bando para não ser vista e surpreende-los, quem sabe pegaria ao menos um deles. Ao pisar naquele monte de folhas secas, o coelho que estava dormindo embaixo saiu louco da vida até sem direção para onde iria. Até a onça levou um susto dele, pois estava concentrada nos macacos, imaginou ser um rolo de cascavel, mas não esperava que fosse o seu tão caçado coelho que estava por ali naquele hora, é que ele estava dormindo. Dois assustados ao mesmo tempo. Como o coelho deu alarme na sua carreira e passando embaixo da macacada, estes viram a onça, foi aquele reboliço, macacos se atiraram para todos os lados, o coelho então nem se fala, a onça ficou puta da vida com o coelho e resolveu: Já que não pude almoçar um macaco, vou jantar você hoje seu "Safado". Saiu na perseguição dele, vai aqui, vira ali e até que passou na porta de um buraco de tatu, uma antiga morada, vendo um sapo deste tamanho, um baita cururu que morava ali. Estava em pé na entrada do buraco espiando o movimento da bicharada da mata naquele horário. Trazia na cintura um facão. Era lá pelas oito horas da manhã. Já foi perguntando ao sapo: O coelho passou por aqui ou entrou aí neste buraco?. O sapo ficou meio sem jeito, não querendo falar no assunto, passou a mão no queixo e piscando muito resolveu olhar para o outro lado como quem quisesse desviar a atenção do felino. Mas a onça falou de novo: E daí seu feioso, o coelho tá aí ou não tá? Fale de uma vez e deixe de ser besta! É que eu não gosto de dar informações de ninguém dona onça, disse o batráquio! A gente arruma inimizades por ser linguarudo! Não gosto da vida alheia. Não sei do coelho amiga! Olhe aí as pegadas dele replicou a onça, está aí dentro sim, está ou não está? O sapo assentiu com a cabeça afirmativamente. Então cuide dele viu? Vou buscar um enxadão e uma pá para cavucar e arrancar este safado, vou  janta-lo ainda hoje. O sapo meio sem graça, falou: Eu já vou amiga! Nada disso, fique aí cuidando dele, não o deixe escapulir senão lhe arranco a cabeça fora do corpo.O sapo pensou em correr mas não dava mais, a onça o pegaria sem trabalho nenhum, pensou: Está bem vou cuidar dele, disse o sapo, pode ir descansada, não deixarei a senhora decepcionada. Então o sapo bravateou: Vou mostrar-lhe do que o mestre cururu é capaz. Sapeque o facão nele completou a onça, e se eu matá-lo replica o sapo! Melhor ainda sorriu a onça, me poupará trabalho de cavucar-lhe. Deixa comigo emenda o sapo: Vou destripa-lo já. A onça se foi e o coelho lá dentro escutou toda a conversa. Estou perdido nas unhas destes dois, pensou: Inda não vi: Sábado sem sol, domingo sem missa e nem segunda sem preguiça. kkkkkkkkkkkkk Fez um plano, este sapo e grande prá chuchu, maior do que eu, não aguento lutar com ele para sair desta enrascada, além disso ele está armado com um baita facão na cintura, eu sem nada nas mãos. Ele sozinho já fecha a porta. Pera  aí! Já sei! Veio até a porta fingindo estar comendo alguma coisa gostosa. O sapo lhe perguntou: O que está comendo tão gostoso assim, mastigando alto com tanto ruído? E amendoim torrado com açúcar responde o coelho, quer provar? Claro que quero animou-se o sapo. Então vamos brincar, abra a boca e feche os olhos, depois em seguida feche a boca e arregale bem os olhos, vamos ensaiar, sempre alternando viu? O sapo fez direitinho. Isto, disse o lebre! Agora vou jogar na sua boca o amendoim numa dessas. Está feito disse o sapo e começou a sessão de abre e fecha. kkkkkkkkkkkkk. Numa daquelas o lebre mandou um punhado de areia nos olhos do sapo, que ficou cego na hora, o coelho se aproveitou daquela brincadeira de mau gosto e deu uma peitada no sapo que caiu de costas com facão e tudo,  o lebre saltou por cima dele e deu no pé deixando-o a esfregar os olhos num desespero. Coelho desgraçado, resmungou o sapo. Me passou para trás. Dai a pouco chega a onça com as ferramentas. E daí companheiro cadê o bicho? Tá aí dentro responde o sapo. Vamos arrancá-lo já, dissera a onça. Mãos á obra e começou a cavar, o sapo coitado estava gelado de tanto medo, só imaginava na ira da onça ao ver que fora enganada mais uma vez, enquanto isso o lebre dava boas gargalhadas lá bem longe dali. Saboreava  um velho ditado sertanejo: Enquanto existir um trouxa, o esperto não passa apertado. kkkkkkkkkkkk. Chegou no fim da escavação e nada do coelho.  Cadê o coelho mestre sapo? Mentiroso, deixaste o bicho ir embora seu covarde, e agora o que faço com você? Mas o coelho me enganou dona onça! Me jogou areia nos olhos, dissera o sapo tremendo de tanto medo. Fugiu mesmo, nem sei para que lado, só sei que sumiu. A senhora me desculpa! A onça sentou e ficou olhando para o sapo e pensando: Se este camarada fosse de carne boa eu o devoraria agora mesmo. Ficaria no lugar do coelho fujão, mas é um bicho feio e fedorento, urina fétida e ainda joga leite na gente, acho que vou desculpá-lo. Não há outra solução. Vou desculpá-lo sim, dissera ao sapo, mas jogarei você bem longe daqui, lá na cabeceira do ribeirão. Pegou-o por uma das pernas e saiu mata afora até no rio, jogou-o com força numa pedra lá do outro lado. Se foi desapontada com tanto trabalho por nada. O coelho mudou de mata também onde não havia onças e nem sapos cururus!  kkkkkkkkkkkkkkk. 02/11/2016


FABULAS PARA  "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"  

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

CULTURA SERTANISTA QUE NOS DIVERTEM- PARTE -03


                        O QUE É, O QUE É?
01-Joguei fora a comida e comi a vasilha que a continha?
02-Porque o rei andou com os pés no ar?
03-Quanto mais fofo melhor para a sua bunda?
04-Que diferença tem o padre e um rôlo de linguiças?
05-O que é que tem os dentes na cabeça, não tem queixo mas tem barbas?
06-Tem pé mas não caminha e tem olho mas não vê nada?
07-Que nome tem a flor que o burro carrega nos cascos?
08-Em quantos estados no Brasil tem água?
09-Qual o estado mais populoso do Brasil?
10-Comprei para comer mas não comi?
11-Quem é que tem mais olhos?
12-Tenho cabeça mas não tenho juízo, tenho barbas e não tenho rosto,tenho rabo sem ter bunda, vivo de cabeça para baixo e não fico tonto?
13-O que a folha de papel disse para a caneta?
14-Como é que 8x8 dá 500?
15-Meio careca tem 500 fios de cabelos, e o careca inteiro quantos fios terá?
16-Foi criado num laboratório uma bactéria que a cada minuto reproduzia o dobro, no recipiente que se encontrava levou 15 minutos para chegar ao meio, e para enchê-la, que tempo gastará?
17-Qual a palavra que foi criada para nunca dizer a verdade?
18-Qual as filhas que só tem pai, elas só usam meias e andam sem sapatos?
19-Quando seu pai nasceu a filha ja andava no mundo?
20-O pai é verde, a filha encarnada, ele é manso ela é danada?
21-Em cima de ti trepo, fico de vai e vem, você me lambuza todo, mas seu gostoso comigo vem?
22-Sou mais alto do que um homem, mais baixo do que uma galinha?
23-Quem disse que na hora que falou foi no céu e voltou?
24-Qual o animal que não tem fel nas vísceras?
25-Uma casa tem quatro quartos, cada quarto tem quatro cantos, cada canto tem um gato sentado, cada gato enxerga três. Quantos gatos tem na casa?
26-Numa dispensa tem uma vasilha contendo nove orelhas de porco salgadas. Tem um buraco na parede, entra um gato para roubá-las, cada dia ele sai com três. Quantos dias ele leva para carregar todas?
27-De que lado que fica a asa da caneca? Durmo em pé, para andar e passear é só deitado?
28-Ele só morre se for queimado, ela só morre cantando?
29- Qual é a construção que começa pelo telhado?
30-Uma casinha branca sem portas e nem janelas, mas tem um morador dentro dela?
31-Vejo na lua,  na rua, não esta na minha mas está na sua?
32-Diga o nome de quatro frutas com a inicial "L"?
33-Na água nasci, nela vivi e se me por nela, vou sumir?
34- Quem é que tira a roupa para mostrar os dentes, tira os dentes e mostra o corpo?
35-Barriga d'agua, tripas de pano e cabeça de fogo?
36-Nome de uma cidade de São Paulo que se tirar a última letra, é nome de caça?
37-Nome de um estado brasileiro que se tirar a última letra é nome de peixe?
38- O que a mulher tem no começo e o homem tem no fim?
39-Qual a mulher que tem o nome de um carro?
40-Um avião viajam quatro romanos, um inglês e uma brasileira, a aeromoça, como ela se chamava?
41-Escreva Perfeito só Deus, com apenas uma letra?
42-Atirei no calcanhar, acertou no nariz por que será?
43-O elefante bateu na cerca e esta caiu, que horas são?
44-Um maluco estava de relógio novo que ganhara, um gaiato lhe perguntou as horas só para debochar do coitado, ele olhou o fulano e apontou para a esquina onde tinha uma matilha de cães brigando informando as horas. Que horas eram?
45-Quem é que só trabalha com as mãos enfiadas na boca?
46- O que  é que Deus fez mas não terminou de fazê-la, se você quiser usar termine a tarefa?
47-O que é que tem no pomar e na suas vestes?
48- Quatrocentos bois correndo quantos rastros fazem?
49- Qual a cidade que nela não há sogros e nem sogras?
50-Nasce aos sopapos e morre á faca?


PARA "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES" ANASTÁCIO MS 28/10/2016

DEFUNTO APANHA ANTES DE SER ENTERRADO.


Quase todas as histórias que o povo conta uns para os outros, passando conhecimentos, cultura ou até mesmo para passarem o tempo em rodas de amigos ou familiares quando se reúnem, nas portas de botecos, onde se aglomeram gente, que sempre tem um contador desta arte sertaneja, o citadino quase não sabe de nada a esse respeito, menos ainda de outras culturas a não ser o que estuda e aprende, a cultura sertanista é muito antiga, data de desde quando o homem pisou na terra, recebendo o dom da fala, aprendeu a conversar, ver os acontecimentos no dia a dia consigo e com os outros, sai para viajar ou trabalhar  e vê muitos casos e coisas acontecidas e volta  contando para os que não sabem. Isto acaba se tornando em "Causos" que passam de geração em geração. Nos dias atuais quase ninguém sabe destas coisas tão simples mas divertidas até. Os nossos antepassados sabiam muito a esse respeito, nós já sabemos muito pouco. A evolução dos povos as tecnologias de uns tempos para cá tomou o lugar desta arte. Rádios, televisão, videogame, celulares, filmes, internet e outras diversões tomam o tempo das pessoas, ninguém mais, até pais e esposo não dá-se ao luxo de ao menos conversar com os filhos e esposa em famílias. É cada um para um lado e solitário, rindo sozinho das coisas que veem nos seus divertimentos a sós. Veem muito, falam pouco, escutam menos ainda e por fim quase não aprende a conviver com o seu próximo. O elemento humano está muito desvalorizado, quase ninguém liga para os outros. Ficam tapados até certo ponto. Não sabem nem conversar, quando vê um desembaraçado, ficam de queixo caído admirando como é que aprendeu tanta coisa assim. kkkkkkkkkkk. Não é que o outro aprendeu tanto, é ele que ficou para traz. Quando contamos algum fato as pessoas que nos rodeiam ficam boquiabertas e até duvidando daquilo que falamos, pensam que somos inventores daquele assunto, pensam que somos mentirosos, mas não somos não! Vivenciamos uma geração maravilhosa, os nossos antepassados eram pessoas boas, verdadeiras, educadas, respeitosas, sem malícias, ou preconceitos, sem subestima a outrem, de caráter, de moral elevada, de consideração ao próximo, de famílias unidas, famílias exemplares, sem divisões, enfim de condutas irrefutáveis, um modelo para os dias atuais. As pessoas más nunca deixaram de existir, em toda a história elas sempre marcaram presenças. São como ervas daninhas no campo, é o mundo do trigo e do joio! Ninguém pode duvidar, nem achar que tudo é ruim ou bom demais. Tá tudo misturado! Cultive o que você quiser, a terra dá de tudo, produz o que lançar nela. Só que ela requer tudo de volta, requer um troco de tudo que oferece aos humanos e a toda criação que dela depende para sobreviver. Dela saímos e para ela retornaremos sem dúvida! Não importe quanto tempo demorar, ela tem paciência e espera! Certa ocasião fomos surpreendido por um caso raro mas verdadeiro, tivemos que dar um "Couro" num defunto no caixão antes de sepultá-lo. Curioso não? Sim! Não sabemos a origem desta prática, mas ela é muito antiga, é dos tempos dos "Corpos Secos", nem sabemos também como foi descoberto, visto os tais corpos. Quanto ao defunto que apanhou, nós não sabíamos que aquele fulano antes de morrer há muitos anos dissera que não queria ser enterrado naquela região. Ele era de outras terras onde nascera e fora criado, queria que o levassem para lá quando morresse. A gente não adivinha o que os outros pensam e querem. Foi uma luta para carregar o caixão dele, tempos antigos que os defuntos eram levados ao cemitério em redes, banguês, atravessados no lombo de animais, carretas, carros de boi, carroças, pois os cemitérios eram muito longe um do outro nos sertões, não eram tão movimentados como são hoje em dia. Morriam pouco as pessoas, assim mesmo eram de velhice. Hoje morre gente de todos os jeitos e toda hora. De onde o defunto residia até ao cemitério dava uns dois quilômetros. Teríamos que levá-lo a punhos pela alça do caixão. Uma turma revezava com a outra, eram bastante gente, na sua maioria homens fortes, quatro largava da alça do caixão e quatro pegava. O homem era franzino, pesava decerto uns cinquenta quilos no máximo, parece que só os ossinhos que lhe dava o peso, magrinho e ainda velhinho. Saímos com o cortejo fúnebre, tudo bem na saída, andamos um pouco e o caixão começou a pesar como se fosse chumbo  que tinha dentro. Assustamos com aquele peso sem explicações nenhuma. Todos nós, um olhando para os outros, desconfiados e sem querer ser o primeiro a dar o alarme, cansamos, pusemos o caixão no chão e sentamos para recobrar as forças. Pusemos a pensar. Sempre fomos bons amigos quando ele era vivo. Deixe de história "Seu defunto"! Você não engoliu chumbo para pesar tanto assim? Nós somos fortes, e não estamos aguentando carregá-lo? Sentados na beira do caminho, ficamos tentando ver ou adivinhar o que causava aquele desconforto nos companheiros. levantamos várias hipóteses: Dizem uns que se o "Seu defunto" fora mau enquanto viveu, matando seu próximo e este ao saber de sua morte veio e sentou em cima de seu caixão, ao invés de carregarmos um, vamos levar um monte? Outros dizem que ninguém sabia se ele queria ser enterrado naquele cemitério porque haviam sepultado um seu inimigo ali, e não queria ser vizinhos de sepultura. ou queria ser levado para outra localidade, outro cemitério! Ou ao lado de seus entes queridos que foram antes dele para ficarem juntos. Num abrigo familiar como se fazem nos dias de hoje. Jazigo de família! Ninguém sabia o que seria a solução mais correta. Sempre tem nos velórios alguns que aproveitam passar a noite velando o amigo e tomando uns goles de cachaça. Amanhecem "Cabeçudos," tontos de sono  e da pinga, logo um deles deu uma opinião: O negócio é que este defunto não quer ir mesmo, mas ele irá nem que seja na "Marra." Ele não tem querer! Ora se não vai!  Estamos aqui para sepultá-lo, ele não manda na nossa vontade, terá que ir sim! Logo na derradeira viagem querendo por "Gosto ruim" na sopa? Essa não! Ou se algum de nós  te ofendeu e nem percebeu, perdoa nós todos e vamos ficar de bem "Seu defunto", ódio, rixas, intrigas ou malquerenças, não levam á nada dissera um dos acompanhantes! Vamos tentar mais uma vez pessoal, se ele teimar conosco dar-lhe-emos um "Couro". Defunto não escuta, mas este fica bem avisado. Peguem ai pessoal, agora ele vai! Andamos uns trinta metros que pareciam trezentos, fazendo uma força de leão, suor corriam as bagas de nossos rostos, camisas pregadas no corpo de tanto que  suamos, nossas pernas amoleceram, resfolegando o companheiro ordenou: Parem! Esperem aí que ele já vai! Vamos dar um "Cacete" nele. Entrou no mato na beira da estrada quebrou uns galhos de qualquer arbusto com bastante folhas e bem verdinhas, quanto mais verdinhas melhor, os trouxe e começamos a bater no caixão com o fulano lá dentro. Foi um sobe e desce de cipoadas que até parecia estarmos batendo arroz numa banca lá na roça. kkkkkkkkkkkkkk!  Jogamos foras os talos, porque as folhas saíram todas, pegamos nas alças do caixão de novo e ai ele foi! Não deu mais trabalho até o fim do trecho, até sobrou terra quando sepultamos e alisamos o seu túmulo com a pá, ele não era miserável, disse um dos acompanhantes. Deixamos alguns buquês de flores e velas acesas para ele e: Adeus amigo! Viemos embora contando aquela história feia. Nunca esquecemos disto! 1962.

CONTO PARA O BLOGGER "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"

ANASTÁCIO MS 24/10/2016

sábado, 22 de outubro de 2016

CULTURA SERTANISTA QUE NOS DIVERTEM -Parte - 02


                           O QUE É, O QUE É?
 01-Houve um homem no mundo que sem culpa ele morreu, sua mãe não teve pai, nem seu pai nunca nasceu a sua avó foi virgem até o dia que seu netinho morreu?
02-Qual é a família que ao entrar em casa saem todos pela janela e ninguém fica dentro, se um errar a entrada todos os demais erram.?
03-O que é que a mão direita faz e a esquerda não faz, ou vice e versa?
04-Nasce na água, vai para o ar, vive na terra e tem medo do fogo?
05- O que é que sentado é mais alto do que em pé?
06-Quem que tem os joelhos para trás?
07-Quando sobe é macho e de amarelo, quando desce é fêmea vestida de branco?
08-O que é que na fêmea é grudado lá em cima e no macho é dependurado e balança?
09-Campo grande, gado miúdo, moça bonita e um velho carrancudo?
10-Nasci num campo florido coberta de verdes laços, todos derramam lágrimas se me cortarem em pedaços?
11-O que tem a língua grudada no céu da boca?
12-Quem entrou na igreja de cabeça para baixo?
13-Se mexerem no meu umbigo tiro a língua para você?
14-O que é que eu vejo, você vê mas Deus nunca viu?
15-Sempre passei na água e nunca me molhei?
16-Corre, corre R$120.00 pus nas costas por R$ 100.00, por na boca R$ 50,00, nos pés e na barriga R$ 20.00 para arrastar R$50,00.
17-Qual é o santo que está entre quatro presidentes?
18-Não tenho boca mas falo de tudo um pouco, nunca tive pernas mas vou á todo lugar?
19-Verde por fora roxinho por dentro tenho uns cabelinhos na boca e um pinguelo no centro?
20-Feita para andar mas nunca saio do lugar?
21-Estou viajando com os pés na estrada e minhas costas estão lá em casa?
22-Ontem eu era filha, hoje eu sou mãe, estou criando filhos alheios e marido de minha mãe?
23-Saí cedo para ir pescar na sexta, limpei o pescado, fritei e comi os peixes na quinta da mesma semana?
24-Tem rabo, focinho, pernas, orelhas e ronco igual porco mas não é porco?
25- O que é que parece com a metade da lua?
26-Quanto é maior menos se vê? Quanto mais se tira mais aumenta?
27-Quanto mais cresce mais fica perto do chão?
28- Qual a planta que tem a raiz para cima? Atenção: São duas respostas
29-.Pés redondos mas fazem rastros compridos?
30-Tem asa mas não voa, tem bico mas não bica, tem chapéu mas não é homem?
31-Quais o pés que: Mais pesado? Mais perigoso? Mais dolorido? Mais chato? Que te manda embora?
32- Ruim para se comido bom para ser cagado?
33-Capote sobre capote mas sempre do mesmo pano, para você adivinhar te dou prazo de um ano?
34-Quatro garrafas cheias e de boca para baixo sem tampas e não derrama?
35-Quatro na cama, quatro na lama, dois parafusos e só um que abana?
36-Qual a parte do boi que se chama cachorro?
37-Qual o estado brasileiro que teve vontade de ser um carro?
38-Qual palavra de começa com "c" e termina com "u"?
39-Sabe da guerra que não durou 5 minutos e acabou sem morrer nenhum da tropa?
40-O que é que você tem mas troca quando vai usar no bate-papo?
41- Sabe quantos quilos pesa a terra? E o mar quantos litros de água tem?
42-Qual foi a maior enchente que já deu na terra?
43-Um pai pediu ao Juiz dividisse aos seus 3 filhos 17 cabeças de vacas. Ao mais velho caberia 1/2, ao segundo 1/3, e ao menor 1/9, sem matar nenhuma rês ou vender! Resolva!
44-Uma moça foi á padaria, pediu que lhe desse o que os homens dizia que ela tinha, o vendedor atendeu. Perguntou-o quanto custa? Ele responde: O que os homens dizem que sou! Ela tirou o dinheiro e pagou! O que ela comprou? Quanto custou? E o que era o produto?
45-Uma moça bateu o carro num poste da rua, o guarda viu e veio multá-la pela infração cometida. Perguntou o seu nome o que ela respondeu: Está na ocorrência! No acontecido! Adivinhe se puder o nome da moça!
46- Onde é que está chovendo e o pó aumentando cada vez mais?
47-Ela abre as pernas entra só a cabeça e fica vendo tudo?
48-Quando é que a mulher vira peixe?
49-Quando é que 3x8 da 26?
50-O que é que só anda atrasado e levado?
 NOS ACOMPANHE EM"COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"


O VELHO DEFICIENTE E O PEÃO

                                         
            
Em certa ocasião num dos bares mais movimentados da pequena cidadezinha no interior do Estado de S. Paulo estava um peão do trecho tomando alguma coisa. Há uns dois dias estava por ali se divertindo, ora reencontrando com outros amigos do trecho, de longas datas, solteiros, solitários casa não tinham a não ser o acampamento quando trabalhavam pelos sertões com empreiteiros que eram muito comum naqueles tempos de outrora, fora isso paravam nas pensões ou hotéis. Nesta tarde estava sentado numa única cadeira do bar naquele horário. olhava as pessoas passarem na calçada e na porta do bar, também lá do outro lado da rua. De quando em quando tomava um gole da bebida que o dono do estabelecimento lhe servira  De repente entrou no local um senhor de idade avançada e deficiente assessorado por uma muleta num dos lados e na outra mão tinha uma bengala que lhe servia de cajado. Foi direto na mesa do peão e fixou o olhar neste e sem dizer nada deu-lhe uma bengalada na cabeça. O Peão chegou a ver estrelas, tamanha a força que o velho lhe bateu, ainda intimou-o: Me dê esta cadeira pra mim sentar, você é novo pode bem ficar em pé. Saia logo daí! O peão cego de dor e de raiva daquele velho intruso, atrevido e arrogante, não pensou duas vezes: Sacou de uma arma que trazia embaixo da camisa e fez um disparo  no ancião. O velhote caiu ensanguentado no salão do bar, resfolegando e moribundo para morrer, o balaço foi mortal. Dentro de alguns segundos expirou, estava morto. Foi um reboliço da população ao ouvirem o disparo que ecoou na currutela, foi ouvido nos quatros cantos da cidadezinha. Saiu gente de todos os lado para ver o ocorrido. Curiosos não faltou na ocasião, mas as autoridades competentes para atender o caso iria demorar algum tempo, pois nem destacamento de policia existia por perto. Teria que vir de outra localidade, enquanto isto não acontecia o criminoso deu no pé. Era caso raro acontecer isto naqueles tempos, tempos de paz, as criaturas dificilmente se estranhavam um ao outro. Todos tinham trabalho, atividades e afazeres para cuidar. Não havia vadiação como nos dias atuais, tanto é verdade que naquele bar que aconteceu o crime só havia o peão e a vítima naquela data e horário. Até que chegou as autoridades para  atender o caso o peão já estava pra lá de Bagdá. Desconhecido, estranho, forasteiro naquelas paragens. As autoridades só dispunham de informações esporádicas da população. Quando os populares se aglomeraram no local nem sequer repararam as características do desconhecido e delator. Este fugira com muita esperteza e segurança. O caso ficou pendurado, ninguém dava informações precisas,  O caso encerrou por alí. Mas as autoridades ficaram á espreita de algum desconhecido entrar na cidadezinha, poderia ser quem fosse, seria preso e interrogado, posteriormente liberado, foi-se muito tempo sem obterem êxito nas buscas. Um dia em outra cidadezinha alguém dedurou um elemento que julgavam ser o infrator, preso e interrogado ficou por uns tempos na cadeia.  Mas não tinham como provarem, mas a suspeita era forte por parte da policia. Esta resolveu torturá-lo até confessar o crime. Imaginem os senhores o suplicio que este homem sofreu.  Ele possuía uma deficiência numa das pernas, a sua canela era ressequida, era quase só a pele e osso, o que fizeram? Um carrasco preparado para esta tarefa ao entrar na cela onde se encontrava o prisioneiro disse:lhe Caboclo vá contando o que fizeste com o velho lá no bar do japonês que é melhor para você. Me poupará um trabalho muito ruim de fazer, apesar de ser obrigado a executá-lo. Não tenho pena nem dó de ninguém que está nas minhas mãos. Só tinha pena desta mulher apontou o dedo, aquela que aparece naquela foto, ali no corredor, era minha mãe e já faz dez anos que faleceu. O preso lhe respondeu: Não tenho culpa nenhuma do que me acusam, sustentou o meliante. Não sei, retruca o carrasco, é o que vamos ver agora. Dizendo isto pegou uma grosa desta que marceneiros usam para grosar madeiras e moldá-las como é o seu ofício. Amarrou o peão com as mãos para trás, amarrou a perna  seca bem esticada, de modo não poder encolher ou torcer para os lados, pegou a ferramenta e esfregou-a com toda força no osso da canela do infeliz homem, saía tiras da pele,e as poucas fibras da carne e lascas de ossos além de um rio de sangue que banhava até o piso da cadeia. Isto por varias vezes e ainda perguntava ao infeliz: Foi você quem matou o velho? Este respondia entre gritos e lágrimas de dor: Não senhor, não fui eu! Nem conheci o tal velho! Deve ser parecido comigo e vocês confundiram nos dois. Pelo amor de Deus não faça isto comigo! Continuarei te torturando até você confessar o crime respondia o carrasco. Ficou horas nesta agonia, o carrasco lhe interrogando e ele sustentando o "Não". Já não havia mais o que fazer. Nisto chegou um superior que ordenara as torturas, olhou o homem deitado, agonizante de tanta dor, gemendo e chorando de tanta agrura, disse: Com tudo isto este homem nada confessa, deve ser inocente mesmo! Poupe-o, leve ao hospital para ser atendido. Estão suspensas a sessão de torturas até que ele fique curado. Onde ele pisava ficava uma poça de sangue. Depois veremos o que fazer dele. Nunca ví um homem desta natureza disse o carrasco. É capaz que seja inocente como afirma. Levaram-no a casa de saúde e por lá ficou mais de quinze dias. Quando retornou para a cela ficou morrendo de mêdo de voltar a sofrer mais torturas. Mas não aconteceu. O juiz deu o caso por encerrado e libertou-o. Passados muitos anos ele contava o caso aos amigos bem longe dali: Fui torturado com requinte de crueldade por aquele maldito carrasco, que o Diabo o leva para os quintos dos infernos. Teve uma hora que quase confessei, fiz xixi, fiz coco, gritei para tudo o que era Santo que eu conhecia de nome, isto de tanta dor que padeci, mas já tinha sofrido muito e resolvi morrer e nunca contar, seria muito desaforo depois de tanta agrura voltar atrás na palavra dada, homem tem que ser homem, afirmou! Não paguei a justiça terrena. Só Deus pode me condenar por este crime! Reconheço ser culpado pela morte do velho. Pena o que fiz, deveria ter tido um momento de reflexão. Mas perdi a cabeça e cometi esta coisa terrível que é a pior que um ser humano pode fazer na terra enquanto viver. Fiz num repente mais rápido do que um estalo de dedos. Melhor seria sair, e ir embora com um "galo" na cabeça, do que ter ficado sem o osso da canela roído por uma grosa de marcenaria.
CONTO VERÍDICO PARA O NOSSO BLOGGER "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES".

DEFENDENDO NOSSA CULTURA SERTANISTA- ANASTACIO MS 17/10/2016

CULTURA SERTANISTA QUE NOS DIVERTEM. PARTE-01

                      
                                     O QUE É, O QUE É?
01-Quatro em cima de quatro, um quatro o quatro esperou; teve um dos quatro que não veio. Quatro se foi e quatro ficou?
02-Quantos Mares você conhece, qual deles é o mais perigoso?
03-Você me pediu, eu te dei, mandei-lhe o espeto, você sentiu e gritou então eu tirei; você chorou eu te alisei pra te consolar!
04-Estou aqui, quem me mandou está mesmo ali, não pegue, se me pegar vai subir e nunca mais volta aqui!
05-Peguei bem no meu regaçado e meti no seu arreganhado, você gostou e me disse: Muito obrigado?
06-Qual é a ave que é sem penas e sem bico, mama quando é pequeno e voa para todos os lados?
07-Está no fundo da água, lá no cemitério, em casa e na igreja?
08-Daqui para lá sou um pássaro voando, mas de lá para cá sou a mesma ave; só que estou regressando?
09-Uma casa com quatro esteios, coberta com uma só telha com a chaminé para baixo e uma corda de arrasto quando sai do lugar?
10-Sou curto, grosso e reforçado, entro seco e só saio molhado?
11- Sou baixinha,tenho a boca maior do que meu corpo, e as minhas orelhas grudadas na beirada do meus beiços?
12- Não tenho corpo nem cabeça, mas tenho boca sem ter dentes, chego de fininho fechando a boca engulo toda a gente?
13-Em cima de ti eu trepo, embaixo de mim é você que tenho, faço muita força e muito empenho para empurrar dentro de tí tudo o que eu tenho: depois de tudo acabado fiquei até suado mas contente e realizado?
14-Qual é a coisa mais boca grande que conheces? Porque que o boi baba?
15-Tenho quatro pernas, ando e faço só um rastro, fui criado com leite?
16-O que é que as mulheres tem no meio das duas pernas?
17-O que é que os homens tem que está abaixo da cintura, acima das coxas, quando eles andam aquilo balança?
18- Porque que o galo quando canta fecha os dois olhos?
19-Tenho quatro pernas um pedaço de ferro na testa e ando arrastado?
20-Onde foi que o boi passou correndo e a mosca nunca passa voando?
21-Entro meio mole e balançando mas quando saio é duro e pingando?
22-O que faço para um barril de madeira de 100 kl. para ficar mais leve até que eu possa carregá-lo?
23- Tenho uma coisa e você tem outra da mesma, a sua está cheia e derramando, a minha está vazia e ambas tem mesmo peso?
24-O Um peão colocou 10 vacas no mangueirão para criar aquela noite, no dia seguinte amanheceu as 10 vacas e 11 bezerrinhos recém nascidos, mas nenhuma pariu 2 bezerrinhos?
25-Tem pescoço mas não tem cabeça, tem peito, tem barriga, braços e sem pernas, vai para tudo que é lado?
26- Um peludo em cima de muitos pelados, os pelados só saem debaixo do peludo quando estiverem peludos também?
27- O que é que poucos sabem fazer, se por sal ninguém come, e se por açúcar não há quem possa comer?
28-Vai tomar banho e deixa a barrigada em casa? Pula para cima e cai virada no avesso?
29-Um é bom, dois é demais e três é uma cidade de Minas Gerais?
30-Branco de nascença. preto de natureza, morte para ele é saúde, vida para ele é tristezas.?
31-Pela manhã o burro está no canto da cerca, as nove horas está no córrego, ao meio dia  onde está?
32-O que é que tem: Asas de águia, pescoço de touro, focinho de vaca, corpo de avião, pernas fortes mas não anda?
33-Caixinha de bom parecer não há carpinteiro que consiga fazer?
34-Nasceu no Brasil vive aqui faz de tudo mas não anda no Brasil?
35-Deus te deu uma vez, deu duas vezes e você não cuidou e perdeu, agora se quiser compre?
36-Nasce em pé, vive em pé mas quando vai andar só vai deitado?
37-Altas torres e bela janelas, abrem e se fecham sem ninguém tocar nelas?
38-Já fui carne e couro, hoje sou apenas couro, vivo de boca aberta esperando carne e couro?
39-Eu e você temos duas quantias em dinheiro diferentes uma da outra, mas nenhum de nós sabe o valor que o outro tem; se eu te der xis a sua quantia dobra de valor; se me deres xis ficaremos iguais Quanto temos cada um?
40-Qual é a diferença entre um velho cansado e um bom negócio que está difícil de realizar?
41-O que é que mais cheira no mundo? Qual é a letra que não tem no alfabeto brasileiro?
42-Qual é o animal que anda com as quatro patas para cima?
43-Qual é a letra que diz enxergar? Plantei chumbo e colhi chifres?
44-Ver o nome de estado brasileiro cujo nome tem dez letras e não repete nenhuma?
45- Quais países que tem nomes de aves? Plantei tabinhas, espicha cordão e da novelos?
46-Só tem um dos olhos e passa a vida inteira chorando?
47-Te dou  R$20.00, quero que compre 20 cabeças de galinhas: Galos á R$ 3.00, Galinhas á R$ 2.00, e pintos á R$ 0.50. Não deve sobrar dinheiro e nem faltar aves.
48-Veja a diferença entre a Ema e o Avestruz?
49-O que é que te acompanha o dia todo e quando você entra em sua casa ela fica lá fora?
50-Qual é a planta que não dá galhos? Quem anda contigo sem fazer barulho!
ESPERO QUE GOSTEM DESTA ARTE TÃO DIFUNDIDA EM ÉPOCAS REMOTAS ANOS 1950.
 SIGAM POSTAGENS ANTIGAS  EM "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"