quinta-feira, 26 de maio de 2016

AS MARAVILHAS DA MÃE NATUREZA- 08


Nós temos uma grande admiração pelas coisas da natureza, dentre elas os animais, as aves e os insetos. Hoje vamos falar das aves, ela é doméstica, não deixa de ser um componente da nossa fauna. A galinha-angola. Muito conhecida por todos, quem ainda não ouviu o seu canto tradicional em diversos lugares, nos sítios, chácaras, fazendas, nas vizinhanças e onde a gente mora. Atende por Capote, Tô fraco, Cocá ou simplesmente Angola. É uma ave de porte regular, menor que uma galinha comum, mas muito ativa, esperta, ágil, veloz porque corre muito, tem uma resistência física de causar inveja nas outras aves. Tem um pequeno chifre bem no alto da cabeça, é de cor cinzenta pintada, de preto bem miudinha, tem duas barbelas vermelhas embaixo do queixo, sua plumagem é muito bela. Não tem rabo, desconfiada de natureza, raro o fato de seus predadores pega-la, voa bem e rápido, vive aos bandos sem quantidade definida. Qualquer que seja o perigo elas dão alarme, as demais aves do terreiro ficam de alerta, até os cães acreditam nelas, não são mentirosas, com elas é assim, estão catando no terreiro ou fora dele, umas catam enquanto outras vigiam tudo ao seu redor, nada escapa de seus olhares perspicazes, se arribam de um local onde estavam catando, no resto do dia não pisam mais lá. São impertinentes, implicantes, arruaceiras, briguentas e traiçoeiras principalmente com o galo do terreiro, desde que este não seja seu amigo, o galo estranho passa maus bocados com elas. Agem sempre em mais de uma, ela se aproxima do galo e finge estar catando algo no chão, mas cuidando-o, a menor distração deste ela lhe surpreende com uma bicada nas costas, corre em seguida para longe como se nada tivesse feito de mal. Faz isto repetidas vezes, até que o galo fica de saco cheio e parte para a briga, junta duas ou mais e faz o galo correr, se este é valente e brigador a hora que uma toma um sopapo doído, não vem mais. Se apanharem acaba-se a briga. Há também casos de cruzamento do galo com angola, ou vice-versa. Na postura elas costumam ser muitas pondo num só ninho, este fica cheio de ovinhos, de côr chino arroxeado e de casca resistente, mais do que os ovos de galinha. Quando são pintinhos ainda e que foram chocadas por uma galinha comum, é uma sarna no seu modo de tratar a mamãe-galinha, é muito amorosa, crescem e quando chegam a época de largarem a mãe, não o fazem de jeito nenhum, acompanham a mãe por todo o tempo, cada baita bicho junto com a mamãe, catam juntas, andam por todos os lados  e dormem juntas. A galinha sentindo-se solteira porque já não mais chama "Crof e crof" o tradicional "Choco" por ter pintinhos, estando cantando e acompanhando o galo e já pondo ovos, elas, as angolinhas não a deixam mesmo. O Galo pega a galinha, elas partem em cima do galo para deixar sua mãe em paz. Tem muito ciúme da mãe. Esta, deitada no ninho e elas em volta cuidando, não saem dalí. Quando atingem a idade adulta e pondo ovinhos, fazem-no quase todas as fêmeas num só ninho bem escondidos dos olhos humanos. As vezes dá o que fazer para a gente achar seu ninho. Nossa, as vezes o ninho tá cheio, até 20 ou 30 ovos e ninguém deixa o ninho, continuam pondo alí sim. É preciso ter cuidado no colher os ovos, tem que ser com uma concha ou colher de pau. Se meter a mão nua  elas não voltam alí mais naquele ninho.  Enxergam bem á noite, lá do poleiro veem tudo o que passa embaixo dele. Cantam a noite inteira se a noite é de luar, voam se for preciso se defenderem de alguma coruja ou corujão. É muito boa para se comer, carne saborosa e nutritiva mais do que galinha. O camponês gosta de criá-las porque alem de seu canto não enjoar a gente ela é uma excelente vigia, nada escapa de seus olhares aguçados.  A gente ouve o seu trilado de alerta,  já corremos ver o que é, ela não mente, pessoas e animais estranhos ela dá o sinal.

MAIS UMA CURIOSIDADE DE NOSSA FAUNA E DOMÉSTICA.

ANASTACIO, 25 DE MAIO DE 2016. 

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