domingo, 9 de outubro de 2011

Rancheira do compadre.




Tou morando aqui, mas sou de Regente.
Encontrei um amigo que veio de Prudente,
Eu toco viola, ele é um tenente.
Ficamos compadres, é o prazer da gente,
Me trata “negão”, chamo ele Vicente,
Compadre negão. Compadre Vicente.
Compadre negão. Compadre Vicente.
Comadre e compadre no cachorro quente,
Levanta chorosa, não sacia a gente,
Vamos no compadre que tem a “semente”,
Tá fraco demais, a mulher não mente.
Sempre empinadinha firme no batente,
Ela tá fogosa, ele tá carente,
Ela tá fogosa, ele tá carente.
Pois o caso dele dá pena na gente,
Ele tá sisudo que nem mostra os dentes,
Vou te dar o “chá”, pois sou competente,
Môo “gruquelim”, raiz e semente,
Com esta receita, vejamos o que sente,
Vamos meu compadre, chega lá pra frente,
Vamos meu compadre, chega lá pra frente.
Ele tava triste , está tão contente,
Era tão molenga, já virou pé-quente,
Assustou o povo, tem cuidado gente,
Ficou perigoso, o compadre Vicente,
Tá rapando tudo o que tá na frente,
Não quer nem saber se tá frio ou quente,
Não quer nem saber se tá frio ou quente.
Como bota fé na minha semente,
Home tá dum jeito, não há quem aguente,
Quis fazer mistura até da sua gente
Tá levando a eito, o que traz na mente,
Parecendo pinho, soda e água quente,
Artes do negão com o “chá da semente”
Artes do negão com o “chá da semente”.
Ele corre atrás, a muié na frente,
Segure este homem aí atrás da gente,
Que ficou maluco e foi de repente,
Foi você compadre, qu’esse troço quente,
Cê pediu comadre, então agora aguente,
Cê pediu comadre, então agora aguente,
Cê pediu comadre, então agora aguente.

"COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"

ANASTÁCIO- MATO GROSSO DO SUL 09/10/2011




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