domingo, 9 de abril de 2017

DUELO DE DUAS SERPENTES 2ª Parte


Andou interrogando os mais idosos do lugar, Pega uma informação daqui outra dali, foi nos familiares dos mortos e colheu o que precisava para prosseguir na jornada. Acabou ficando fácil e ainda mais pelo sinal do criminoso, só atirava no coração da vítima e de pistola. Andou nas cidades vizinhas em hotéis, restaurantes e pensões onde as pessoas deixam seu nome nos livros de presença, livros ou cadernos onde se anotavam a passagem de viajantes que ali pernoitavam, os prostíbulos, os locais de diversão etc. Naqueles tempos antigos não haviam: Cadastros, registros, banco de dados, retrato falado, fotos, impressões digitais, registros de elementos com passagens pelas delegacias, cruzamentos de informações. As pessoas pareciam caixa d'água, alguns já adultos só tinham registros civil. kkkkkkkkkkkk.  Muitos quando mudavam de domicilio, mudavam os nomes e se registravam até com descendência de outra nacionalidade, a policia vivia perdida, embaraçada e sem poder fazer o que precisavam em muitos casos. Pareciam gado no campo, só com a marca num dos quartos. Existiu uma força publica de segurança de nome Captura: Ela se transformava em precatória,  andava de um estado para outro a procura de fugitivos. Recambiava-os para sua terra natal afim de pagar seus crimes lá praticados. Pareciam patrulha perdida. O Faísca não teve nada de concreto até agora. Um dia num jornal leu o conteúdo do assassinato de um policial de uma cidade no interior de São Paulo numa boate onde uma patrulha de três elementos passando revista nos frequentadores daquela hora da noite, um deles não aceitou a revista, pois estava armado, já ia saindo para ir embora fingindo medo, um dos soldados fê-lo para na boca da arma dizendo: Não fuja e nem corra companheiro senão lhe atiro, o elemento de costas fingiu levantar a camisa para provar que não portava arma, girou rápido o corpo virando-se de frente meio agachado sacou da pistola com extrema rapidez alvejando o praça no coração. Um estampido e um tombo! O povo assustou e saíram de qualquer jeito porta afora, os dois policiais não esperavam uma coisa daquela assustaram também, um deles correu deixando o parceiro caído e morto e o outro na mira da pistola. O criminoso gritou: Pare onde está e não mexa na arma. Fuja senão lhe mato também atirando para cima e dizendo: Sou o Filó que não come nada enrolado! Não mato covardes. O outro soldado evadiu do local e o Filó também caiu fora, mas saindo  pelos fundos. Foi um reboliço com a chegada das autoridades para verem o ocorrido. Resultado: Ninguém conhecia o criminoso, só ouviram ele dizer que era o Filó e a policia ficou ás volta com mais um problema, desvendar mais um caso. Filó passou um tempo fora em outra cidade. Escapando da policia sempre. O tenente resolveu ir até lá e ver de perto tudo, pois os indícios do criminoso ser o mesmo de sua localidade eram positivos. Resumiu tudo e concluiu: É mesmo o tal Filomeno que procuro há tempos, vou pegá-lo, custe o que custar. Hei de trazê-lo vivo ou morto! Vasculhou as cidades ao redor dali e na esperança de localizar o tal Filó. Foi uma trabalheira danada, andou no prostíbulo disfarçado de civil, as mulheres deram-lhe a pinta do Filó, as características dele, sinais particulares da pessoa dele, como altura massa corporal cor dos cabelos e olhos, manias e gestos e costumes, até no cinzeiro como apagava a ponta do cigarro e os palitos de fósforos riscados e quebrados no cinzeiro. Procurou muito mas não deu o resultado esperado. Seguiu mais pelos traços fisionômicos. Mas havia muitos que pareciam ser os sósias dele, e com isto embaraçava a caçada humana. Jogou com a boa ou a má sorte. O povo do prostíbulo só sabia dizer: É um homem manhoso, cheio de quengos, treiteiro, homem perigoso, rápido no gatilho, parecia um raio. Vimos bem como ele fingiu levantar as mãos, sacar e disparar no policial. Requererá muito cuidado com ele quem for prendê-lo. O Filó ficou famoso sem saber, só que andava sumido. Mas estes tipos sempre que menos se espera, aparecem. O tenente sabia que seria uma parada difícil enfrentá-lo. Só que jamais recuaria na decisão de prendê-lo. Dizia, sou rápido também, tenho mais de vinte anos de lutas com marginais perigosos, será apenas mais um, concluiu. Fora aconselhado por amigos para deixar disto, vá viver a sua vida em paz. Enfrentar este homem é algo muito arriscado. O sujeito é frio de natureza. Os colegas da farda diziam-lhe: Preferimos perder o direito de uso desta farda, do que perder a vida. Um velho soldado olhou longamente o seu superior e disse: És um homem de coragem tenente! Digno da honra de ostentar esta farda, enverga este uniforme com méritos! Mas não voltará vivo para nos contar o que aconteceu. Existe um ditado velho: Quem vai dar, leve um saco para trazer! Uma tarde de domingo numa praça e jardim em Marília o tenente fardado viu um sujeito de braço dado com uma moça, parecia o Filó, este viu o policial com divisas no ombro e desconfiou que ele estava sua procura. Deu o fora dali com a noiva. Indo para outra praça. lá sentado no banco do jardim, logo percebeu a presença do tenente de novo ali. Este o seguira. Vendo que o praça estava mesmo no seu encalço, não teve dúvidas. Levantou com a moça e foram em sua direção, o tenente parou e olhou firme no rosto dele. O Filo pergunta: O senhor está á minha procura tenente? Se você for o Filomeno, sim! Responde o praça. Exato, sou o Filó, eis a resposta dele! Você está preso em nome da lei! Retruca o praça seguro em sua decisão! Não atendo ninguém! Jamais irei em sua frente preso, teima o rapaz. Ainda não nasceu o homem igual a mim para fazer isto! O Tenente sabendo que o Filó não era brincadeira, nem deixou ele terminar a frase, foi rápido como um raio: Sacou e disparou! Atingindo o Filo no meio do peito, este tombou, mas  entre ele e o tenente estava a moça que tentara não deixá-los brigar. Foi em vão, o Filó caído no chão, baleado, nos estertor da morte, a moça em desespero de costas para o tenente tirara-lhe a visão, com a frente para o Filó como se fosse socorrê-lo no chão, este ainda sacou da pistola e por entre as pernas da moça alvejou o tenente em cima do coração, que ainda teve tempo de dizer: És um desgraçado Filomeno! Morrendo ainda me mata! Foram dois estampidos rápidos, simultâneos em frações de segundos um do outro. Morreu primeiro do que o Filó. Neste terrível enredo todos que o mal fizeram em suas vidas não lograram êxito!  As leis universais: A do Retorno e da compensação que estão presentes em nosso viver entraram em ação. Ame o teu próximo como a ti mesmo! Nunca mate ninguém por nada desta terra, independente das circunstâncias que vos cercam no momento! O crime não compensa! Eis aí o lucro do:  Duelo de duas serpentes! Dois caixões! Duas cruzes! Duas almas perdidas!  FIM...

       AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA, CRIME NENHUM COMPENSA!
        BLOGGER "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"

    07/04/2017. Veja o Epílogo do Duelo destas duas serpentes........ 

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