Desde pequeno tinha o
hábito de lançar as mãos no alheio, não podia ver algo fácil que aquela vontade
endemoninhada tomava-lhe a mente. Fora crescendo, ficou mocinho, adulto e
sempre conservando aquele mau hábito. Serviu o exército e por causa deste mau
costume fora expulso das fileiras da corporação. Os tempos passam, muitos de
nós se temos algum defeito na vida e se temos uma visão de futuro que seja
promissora, sentimo-nos a vontade de corrigir nossas falhas e endireitar a
vida, sobremaneira vendo bons exemplos que na sociedade como um todo nunca
faltou. O menor núcleo da sociedade é a família, que por dever e direito de
sermos humanos, filhos de Deus e conscientes do que somos capazes de fazer de
bem para todos, se torna um dever imperioso dos pais educar seus filhos no bom
caminho. Sabemos que nesta parte existem arestas, é uma pena, mas é verdade.
Uma das causas principais deste mau costume e defeito terrível que minou a
sociedade é a dissolução da família, filhos crescem sem amor, sem carinho, sem
afeto, sem orientação e amparo dos seus pais. Tornou-se um câncer da sociedade,
a separação dos casais. Mãe para um lado, pai para outro, filhos por mãos
alheias, pelo mundo sem eira e sem beira. Criança dorme pelas sarjetas, pelas
encostas de muros e de casas, embaixo de pontes e viadutos. Vê uma coisa
bonita, deseja para si como não tem recursos para adquiri-la, tendem a roubar.
O mundo é muito mau, salvo algumas pessoas que esboçam um gesto de amor por uma
criança abandonada. Fora isso as pobres crianças ficam a mercê de toda espécie
de maldades e maus tratos entregues á própria sorte. Os humanos na sua maioria
se tornaram bichos, felinos, ferozes a cada dia tomando a forma de animais, em
cujo coração não há uma gota de amor. Por causa da ausência deste sentimento
tão nobre e puro nos corações que as famílias se dissolvem com facilidade. Quem
consertará esta situação? Ninguém! Faça a sua parte para aliviar nem que seja
um pouquinho o coração de alguém. Deus te recompensará! O moço que mencionamos
acima é uma prova disso. Ele nunca sentiu vontade de se corrigir, aprendeu a
trabalhar, conviver com os demais humanos um dia resolveu adquirir uma família,
casou com uma mulher solteira e que tinha um garoto já grandinho. Ela também
não era lá essas coisas, mais rodada do que prato de micro-ondas mas conseguiam viver, somente os três na casa,
viviam de aluguel, vida difícil nos dias atuais. Trabalhava de aluguel também,
ora aqui, ora ali e sempre observando tudo onde executava os serviços. Parecia
ser de confiança, mas não era! Roubava galinhas, frutas, nos quintais alheios,
dificilmente alguém desconfiava dele, era dado ao trabalho durante toda a
semana. Nos finais ele aprontava. Por onde tinha trabalhado conhecia tudo, já
tinha mapeado o caminho para numa noite dessas fazer uma visitinha e levar algo
que tinha caído no seu agrado como lembranças. Costumava levar o garotinho
enteado consigo. Dizia ao garoto: Fique caladinho e sentado onde o papai lhe
deixar, não faça barulho de modo nenhum, no maior silêncio possível! Deu tudo
muito certo até ali. Uma noite dessas planejou roubar um leitão numa chácara
vizinha nos arredores da corrotela. Combinou com o garotinho. Vamos com o
papai, será muito útil para mim. A mamãe consentiu como sempre e lá se foram os
dois. Levou um saco de estopa e um cacete para abater o leitão no mangueirão e
traze-lo já morto. Era uma noite escura sem luar, chegando no mangueiro dos
porcos que era lá nos fundos da chácara passou o menino por cima da cerca e
depois pulou-a, os porcos assustaram e correram para o fundo do mangueiro. Ele
ficou num dos cantos e pediu para o menino ir tange-los para o seu lado para
dar uma porretada num dos leitões. O menino foi mas como estava escuro e muitos
porcos ele sentiu medo e voltou assustadinho em silêncio com medo de chamar o
pai e este lhe dar uma bronca, ao chegar perto do pai este pensou ser um dos
leitões que aproximava, como no escuro não deu para enxergar direito acreditou
ser o leitão. Deu-lhe uma tremenda cacetada: A criança caiu sem vida no chão do
chiqueiro. Foi ver de perto. Quase morre de susto ao ver a criança sem vida.
Foi um desespero, saiu como um louco com a criança nos braços até a sua casa. Lá
chegando foi maior o desespero da família, e agora? Um inocente pagando com a
vida o fruto de um mau costume de um filho criado sem o amor, sem o carinho,
sem a proteção dos pais, sem a devida correção de uma família unida pelo amor
aos filhos.
É UM CONTO MUITO
TRISTE, É VERDADEIRO E EXEMPLO DE MUITOS FILHOS SEM PAIS.
PARA O NOSSO BLOGGER “COISAS DE CABOCLO DE
LUIZÃO-O-CHAVES” 25/04/2015
Anastácio MS.
25/04/2015
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