domingo, 26 de abril de 2015

O QUE FEZ UM LADRÃO DE PORCOS.

                                                     


Desde pequeno tinha o hábito de lançar as mãos no alheio, não podia ver algo fácil que aquela vontade endemoninhada tomava-lhe a mente. Fora crescendo, ficou mocinho, adulto e sempre conservando aquele mau hábito. Serviu o exército e por causa deste mau costume fora expulso das fileiras da corporação. Os tempos passam, muitos de nós se temos algum defeito na vida e se temos uma visão de futuro que seja promissora, sentimo-nos a vontade de corrigir nossas falhas e endireitar a vida, sobremaneira vendo bons exemplos que na sociedade como um todo nunca faltou. O menor núcleo da sociedade é a família, que por dever e direito de sermos humanos, filhos de Deus e conscientes do que somos capazes de fazer de bem para todos, se torna um dever imperioso dos pais educar seus filhos no bom caminho. Sabemos que nesta parte existem arestas, é uma pena, mas é verdade. Uma das causas principais deste mau costume e defeito terrível que minou a sociedade é a dissolução da família, filhos crescem sem amor, sem carinho, sem afeto, sem orientação e amparo dos seus pais. Tornou-se um câncer da sociedade, a separação dos casais. Mãe para um lado, pai para outro, filhos por mãos alheias, pelo mundo sem eira e sem beira. Criança dorme pelas sarjetas, pelas encostas de muros e de casas, embaixo de pontes e viadutos. Vê uma coisa bonita, deseja para si como não tem recursos para adquiri-la, tendem a roubar. O mundo é muito mau, salvo algumas pessoas que esboçam um gesto de amor por uma criança abandonada. Fora isso as pobres crianças ficam a mercê de toda espécie de maldades e maus tratos entregues á própria sorte. Os humanos na sua maioria se tornaram bichos, felinos, ferozes a cada dia tomando a forma de animais, em cujo coração não há uma gota de amor. Por causa da ausência deste sentimento tão nobre e puro nos corações que as famílias se dissolvem com facilidade. Quem consertará esta situação? Ninguém! Faça a sua parte para aliviar nem que seja um pouquinho o coração de alguém. Deus te recompensará! O moço que mencionamos acima é uma prova disso. Ele nunca sentiu vontade de se corrigir, aprendeu a trabalhar, conviver com os demais humanos um dia resolveu adquirir uma família, casou com uma mulher solteira e que tinha um garoto já grandinho. Ela também não era lá essas coisas, mais rodada do que prato de micro-ondas  mas conseguiam viver, somente os três na casa, viviam de aluguel, vida difícil nos dias atuais. Trabalhava de aluguel também, ora aqui, ora ali e sempre observando tudo onde executava os serviços. Parecia ser de confiança, mas não era! Roubava galinhas, frutas, nos quintais alheios, dificilmente alguém desconfiava dele, era dado ao trabalho durante toda a semana. Nos finais ele aprontava. Por onde tinha trabalhado conhecia tudo, já tinha mapeado o caminho para numa noite dessas fazer uma visitinha e levar algo que tinha caído no seu agrado como lembranças. Costumava levar o garotinho enteado consigo. Dizia ao garoto: Fique caladinho e sentado onde o papai lhe deixar, não faça barulho de modo nenhum, no maior silêncio possível! Deu tudo muito certo até ali. Uma noite dessas planejou roubar um leitão numa chácara vizinha nos arredores da corrotela. Combinou com o garotinho. Vamos com o papai, será muito útil para mim. A mamãe consentiu como sempre e lá se foram os dois. Levou um saco de estopa e um cacete para abater o leitão no mangueirão e traze-lo já morto. Era uma noite escura sem luar, chegando no mangueiro dos porcos que era lá nos fundos da chácara passou o menino por cima da cerca e depois pulou-a, os porcos assustaram e correram para o fundo do mangueiro. Ele ficou num dos cantos e pediu para o menino ir tange-los para o seu lado para dar uma porretada num dos leitões. O menino foi mas como estava escuro e muitos porcos ele sentiu medo e voltou assustadinho em silêncio com medo de chamar o pai e este lhe dar uma bronca, ao chegar perto do pai este pensou ser um dos leitões que aproximava, como no escuro não deu para enxergar direito acreditou ser o leitão. Deu-lhe uma tremenda cacetada: A criança caiu sem vida no chão do chiqueiro. Foi ver de perto. Quase morre de susto ao ver a criança sem vida. Foi um desespero, saiu como um louco com a criança nos braços até a sua casa. Lá chegando foi maior o desespero da família, e agora? Um inocente pagando com a vida o fruto de um mau costume de um filho criado sem o amor, sem o carinho, sem a proteção dos pais, sem a devida correção de uma família unida pelo amor aos filhos.

É UM CONTO MUITO TRISTE, É VERDADEIRO E EXEMPLO DE MUITOS FILHOS SEM PAIS.

 PARA O NOSSO BLOGGER “COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES” 25/04/2015

Anastácio MS. 25/04/2015

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