domingo, 14 de setembro de 2014

A PRIMEIRA GUERRA DO PLANETA! Parte Final.

     
                          

Somos os generais de nossas tropas e no tinido dos ferros, a minha tropa avança atravessando o rio. Será a primeira grande guerra na terra! Nossos nomes ficarão na história para as demais gerações tomarem conhecimento desta batalha sem precedentes. Sem ter alternativa para o caso, o grilo voltou cabisbaixo para seu reduto, os insetos aguardavam o retorno dele para saberem no que resultou do encontro. Este passou a noite cantando como sempre: Cri, cri, cri. Pediu ao primo gafanhoto por ser mais ágil que avisasse todos os lideres de cada espécie de formigas, de marimbondos, carniceiros, chapéu, caçulunga, pinta-preta, pinta-amarela, exus, de vespas, de aranhas, de escorpiões, de lacraias, abelhas africanas, caga-fogo, oropa, moxengos, assanharó, borás, mandaguaris que ao todo são centenas de milhares, um número infinito de insetos venenosos que viessem sem falta em sua casa para lhes informar o que deveriam fazer para conter o leão e sua tropa. Nunca se viu tantas lideranças juntas. Muitos dias para serem atendidas. Vieram todas as lideranças das espécies de todos os tamanhos. Após a informação da inevitável guerra, o grilo chamou um marimbondo solitário de nome “Caçador” grandão, azul quase preto. Ferroa doído que Deus me livre, nomeou-o como comandante das duas baterias por ser um valente inseto. Bateria terrestre e aérea. Só dispomos das duas. Ambas são leves. Eles tem apenas uma, só que é muito pesada! Disse ao caçador: A estratégia da nossa defensiva é por tua conta! Eu comando a linha de frente, depois recuo, e subirei numa árvore e de lá de cima dou as ordens para nossa tropa avançar, não moverei um dedo porque o nosso batalhão será imbatível, vamos unidos dar uma lição no rei das selvas! O marimbondo caçador disse: Todas as subdivisões da bateria terrestre se posicionarão na beirada da mata, em nichos rasteiros, exemplo: Se camuflarão, embaixo das folhas secas. O mangangá é mestre nesta arte, e nós os deixaremos atravessarem o rio e quando entrarem na mata é nossa vez. Atacaremos todos de uma só vez por baixo, a subdivisão ou pelotão da bateria dos insetos da classe formigas subirão pernas acima dos grandalhões, é para grudarem neles e ferroarem tantas quantas vezes puderem.  O pelotão da “Cabo-verde” avançará primeiro, depois caiapó, correição, cabeçudas, Quem-quem e as demais. Por cima darei o grito de guerra para a bateria aérea formada pelos insetos voadores que se lançarão sobre todos, estes também terão que se posicionar antecipadamente em bolos de enxame embaixo das folhas e galhos dos arbustos, nas cascas dos paus, na beiradinha da mata, se os inimigos adentrarem no nosso território estarão  perdidos, porque esbarrarão em vocês, enquanto eles olham para baixo preocupados com as formigas, nossa bateria aérea fará a sua parte. Cairá matando sobre eles! Kkkkkkkkkkkkkkk! A primeira subdivisão a avançar será a dos marimbondos “Tatú” depois as demais, uma de cada vez conforme eu dar o grito de avançar. Não daremos tempo para eles! Ouvindo isso o grilo não se conteve, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Não foi atoa que te nomeei comandante supremo do nosso exército, dissera ao marimbondo “Caçador.” Você é um crâneo, disto eu já sabia! Kkkkkkkkkkkkkk! Este dissera: Imagino que nós os derrotaremos na primeira batalha. O grilo antevia o sucesso, não cabendo em si de extrema confiança na sua tropa, dava gargalhadas. Não via o tempo passar! Chegou o dia “D”, É agora ou nunca! Dava medo ver o tanto de animais grandes lá do outro lado do rio. De elefantes até o menor dos animais que não desertaram com medo de morrer. A terra tremia ao ruído da marcha deles em direção á beira do rio. Do lado de cá a tropa do grilo toda camuflada e em silêncio total, só afiando os ferrões. Lá na frente estava o Leão, peito empinado e com olhar de desprezo para o grilo. Este aproximou respeitosamente saudou-o cortesmente e já desembainhou a espada! Está pronto majestade? Interpelou o grilo. Sim, responde o Leão! Cadê sua tropa! Perguntou o rei da selva. Estão de prontidão, responde o grilo! Não vejo ninguém? Replica o Leão! Isso não vem ao caso, completa o grilo! Se nos atacar, saberemos nos defender! O leão entendeu que o grilo ainda alimentava a esperança de evitar a guerra. Sacou da espada e deu uma estocada na do grilo, os ferros tiniram! O leão deu um rugido que estremecera a terra, sua tropa avançou, caíram n’agua atravessando o rio. O grilo correu e subiu numa árvore. De lá de cima, deu seu grito de guerra! A tropa do leão entrou mata adentro. Foram surpreendidos pelo exercito de formigas cabo-verde. Chuim, chuim chuim chuim chuim Inhim inhim. Quando viram o chão forrado daqueles temíveis insetos venenosos, recuaram todos! O Grilo ativou a sua bateria aérea, chegava ouvir a quilômetros de distancia o ZUUUUUUMMMMMMMMM de tantos insetos terríveis em ação, os ares escureceram de tantos insetos voadores e ferozes. O leão na frente de sua tropa recuou e deu no pé, não suportou o ataque, e sua tropa enfileirou atrás dele. Caíram n’agua, todos de volta e debaixo de ferroadas. O grilo dava gargalhadas. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Não ficou um sequer! Sumiram todos! Acabou a guerra! Dalí uma semana ainda tinha bicho todo inchado! O Leão ficou três dias sem abrir os olhos, embaixo de uma moita escura e se lamentando! Pensou consigo, o grilo tinha razão! A Paz vale mais! Guerra traz doenças!                         
 FIM.

IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃO NOSSAS, PARA O DIA DO FOLCLORE:  HOJE DIA 22/08/2014
PARA “COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES”

LUIZ MOREIRA CHAVES.  ANASTACIO MS 

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