O urubu ou corvo como é conhecido, uma ave de rapina, da
espécie carniceira a mais conhecida de
todas é tido como um dos viventes que tem um amplo campo de visão mais
que todas as outras aves, além de um faro aguçadíssimo, também pudera, voa muito alto,
plana com muita precisão e calma de modo que nada escapa do seu rastrear no sentido da
visão e do faro. Vê muito com uma precisão fora de série. É uma ave de hábitos
apenas diurnos, rara são as vezes que alça voo á noite, ate onde conhecemos, só
em caso de serem espantados do poleiro. Fora isso é muito difícil. Por outro
lado falo do pequenino morcego, que seus hábitos são noturnos, só saem á noite
logo no escurecer vai até o raiar do dia, voa a noite toda de um lugar para
outro, a caça do seu alimento que são na maioria frutas, de coqueiro, figueira,
mangas, abacates, goiabas, araçás, jambo, pitombas, maracujás, jenipapo, faveiro e muitas outras frutas. É claro que esta
espécie são os herbívoros. Os de outra espécie são os hematófagos que sugam o
sangue até dos humanos além dos outros aninais. Mas também enxergam muito, até pelo horário noturno,
e pelo seu tamanho em relação a altura que sobrevoam os céus. Então surgiu
entre eles uma disputa de quem enxerga melhor. O Urubu dizia que ninguém melhor
que ele, era capaz de tal façanha. O morcego se gabava, que até ali ninguém era
superior a ele, ganhava de todos. Então fazemos uma aposta, um tira-teima.
Vamos alçar voo, subindo até onde for possível disse o urubu. De lá olharemos
para baixo e veremos qual de nos dois é capaz de ver a menor coisa possível.
Está bem respondeu o morcego, como já é noite não dá, assim você sai no
prejuízo por ser diurno. Como eu voo até o sol sair, fica para amanhã, antes
das seis horas, fica bom assim? Ótimo disse o urubu. Este foi para o seu
poleiro e o morcego indo caçar o que comer. Cedinho lá estavam os dois a
postos, levantaram voo e foram subindo, subindo e subindo até que quase não se
via nenhum, imagine como estavam. Ainda se via o urubu, mas e o morcego? Será
que alguém conseguia vê-lo? Acho que não! Compare o tamanho de um e outro.
Lógico que o morcego ninguém via mais. Mas tudo bem! De lá do alto vasculhavam
tudo o que era canto na terra para ver se enxergavam qualquer coisa que os
levasse ao final daquela questão. Era pés-de-morro, cume, campos abertos, beira
de córregos, capões de mato, beira de estrada e muito mais, de repente o urubu
solta um crocitar de alegria por divisar lá numa invernada, um bezerro morto,
viu primeiro! Disse ao morcego com um ar de superioridade! Não te disse,
companheiro que sou melhor? Vi primeiro! O morcego muito do convicto e malandro
perguntou-lhe: Escute aqui meu camarada!
Do que será que o bezerro morreu? O urubu disse: Não sei do que foi! Só
te garanto que está morto, embaixo de uns arbustos só com os pés de fora,
nenhum dos meus companheiros descobriu ainda! O morcego replicou: Foi de uma
picada de cobra, olhe lá no pé do casco dele, está o sinal de sangue que
escorreu, manchando os pelos. Desceram lá em baixo e confirmaram a versão do
morcego. Logo o rei dos urubus desceu e verificando o bezerro morto, não deixou
ninguém comê-lo, estava envenenado mesmo, por peçonha de víbora muito venenosa.
Assim o morcego ganhou a aposta!
HISTÓRIAS QUE OS MATUTOS CONTAM EM RODA DE AMIGOS.
LUIZÃO-O-CHAVES - ANASTÁCIO
MS 15/10/2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário