sábado, 18 de maio de 2013

VIDA DE MALOQUEIRO





Meu apelido é pássaro preto crâneo de uma organizada
Sou mandão e passo ordens  que me obedecem a gurizada
Doze quadras ao redor outro aqui não manda nada
Sou cacique dos guris nossa turma é afamada
A gente ajuda  a vizinhança que de nos não falam  nada
Bem distante tem um elo que é minha coordenação
Pelo celular informa cuidado com o camburão
Malandro velho estradeiro nos garante o seu quinhão
Nos não mata e nem rouba  turma de bom coração
Somos cidadãos de bem apesar da profissão
A noite no Castelinho toda turma esparramada
Vão buscar a freguesia até alta madrugada
Nossa senha é um apito ninguém fica na arribada
Um bip no celular sinaliza linha fechada
Um da o trote na policia e os outros dão risada
Dona justa vem chegando praças com rifle na mão 
Farejar nossa batida de posse da informação
Dei um trilado no apito folharam na escuridão
Depois do sinal de alerta mangueamos o camburão
Assim é o pássaro preto quando voa um gavião
Há tantas classes organizadas mais que nos os maloqueiros
Compram e vendem tantas coisas eles querem é o dinheiro
Esta manchada esta nação tem figurão que é trambiqueiro
Tudo o que não presta aumenta parecendo formigueiro
Esta peste alastrou tanto igual rato no carreiro
Governo distribui a renda conversa mais deslavada
Ministro malandro engorda pobreza nunca tem nada
Moram lá nos  pé de morros  em favelas amontoadas
Pra ter pão de cada dia é esta vida desgraçada
Arriscando sua vida a morrer numa emboscada

LUIZÃO-O-CHAVES!!!

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