segunda-feira, 8 de maio de 2017

A FILHA QUE SALVA SEU PAI DA MORTE!

                   

A família é uma das coisas mais belas que existem, é a união de duas pessoas que através do casamento e aos poucos vai aumentando com o passar dos anos. É quando nascem os filhos que são presente de Deus. É uma instituição Divina onde deve imperar o amor, respeito, consideração, amizade, lealdade, sinceridade entre as partes, ajuda mútua, coleguismo, cumplicidade, camaradagem, cavalheirismo, cortesia, dedicação, renúncia,  tolerância, paciência etc. É uma pequena sociedade onde uns nasceram para ajudar os demais, ou ser ajudado também, todos na defesa de todos, se um sofrer, todos sofrerão juntos, se um está feliz todos comemoram a felicidade ali existente. São como as pétalas de uma flor, unidinhas e sem espaço entre todas. Perfeita harmonia reinando no seio familiar. Um lar, um pequeno reinado, rei, rainha e príncipes! Uma monarquia portanto. Hábitos, costumes, regras, bela conduta de vida, bom proceder, atitudes e tudo o que rege aquele núcleo de Paz, são extensivos aos que com o correr dos tempos seus integrantes aos poucos vão emigrando e formando outros lares, uma perfeita difusão de ideias belíssimas e contagiantes. Conta-se que num reinado muito próspero e feliz existiu uma família assim, pai, mãe e sete filhos, com o passar dos anos e como dissemos espalharam-se todos, menos uma das filhas que não quis ir para longe do pai já viúvo, apesar de estar casada e com uma criança pequenina de colo. O monarca deste reinado era muito severo com as pessoas erradas, eram punidos de acordo com as leis rigorosas de seu país. Coisa muito difícil era acontecer crimes neste reino. Mas como tudo pode acontecer e na hora que ninguém espera, o velho pai desta moça um dia vindo de um viagem que fizera uns dias antes, depara com um cadáver de uma menina na beira da estrada, há dias desaparecida, fora violentada e morta, um reboliço para localizar o corpo dela, até aquele dia nada a respeito. Este avisou o povo do seu triste achado. mas ele nem sabia de nada do ocorrido. Por incrível que pareça a data da viagem do velho coincidiu com o sumiço da mocinha. Achando o corpinho dela e o aparecimento do velho homem sendo na mesma data, coincidindo portanto, levaram ao conhecimento do rei. Sumiram juntos e apareceram juntos. Para o povo e o rei revoltados com o ocorrido, foi o prato cheio para acusarem o velhote. Depois de tudo resolvido pesou uma acusação e a prisão sobre o pai da moça. Não havia malfeitor naquela região para fazer isto, suspeitaram o velho, só pode ser ele diziam os povos, aqui não há quem possa ter feito uma coisa dessas, outra, desapareceram no mesmo dia. Estando preso e acusado mesmo sem provas concretas, a filha ficou quase louca sem saber o que fazer. A pena seria condenação á forca sem apelação. Tudo preparado para o desfecho final, com data marcada. O pai encarcerado ficaria sem comer até confessar o crime. Confessava ou morreria de fome, só bebia água uma vez por dia. A sua filha estava morta por dentro vendo a situação do pai. Este dizia: Jamais faria uma coisa dessas gente! Não sou culpado e nem vou confessar o que eu nunca faria. Não vou me condenar confessando um crime que não cometi. O rei não aceitava  seu argumento por nada, seria enforcado mesmo. A filha era muito sábia desde criança e ninguém havia percebido o dote dela. Faltando três dias para o enforcamento ela pediu ao rei clemência, queria falar com ele em sessão pública. Antes porém ia visitar o pai na cela com a permissão do rei, os guardas deixavam desde que ela não levasse nada de alimento para o velho, ela obedecia certinho, era revistada e entrava, ficava um tempo com o pai, isso duas vezes por dia. Na dita sessão ela chegou com seu bebê nos braços e  propôs ao rei: Majestade, se  vossa alteza me responder uma pergunta que a vos dirijo na presença do público para testemunharem em vosso favor, permito que enforquem meu pai e o despedace em praça pública para que sirva de exemplo para todos os malfeitores que por ventura brotarem daqui ou que apareçam de passagem. Tenho certeza que meu pai é inocente mas não tenho forças para revogar a sentença real. Que seja feita a justiça em nome de Deus para o bem deste reino e do seu povo. O rei mandou seu escrivão lavrar em ata e assinou. Está combinado, escrito e assinado. Ele era muito sábio também e nada temeu, mesmo sem saber que enigma seria, e nem o que lhe fosse perguntado. Coloque a sua pergunta aí. Te responderei já, dissera o rei. Deu ordem para seu escrivão ler em voz alta para o público ouvir. Ela pediu alguém que segurasse seu nenê e ainda leu o conteúdo para assinar, fez o que tinha prometido: Dissera: Decifre este enigma majestade: O rei leu: ""Quem é que até ontem  foi sua filha, mas hoje amanheceu sendo sua segunda mãe, porque  resolveu criar este pobre e faminto filho alheio, que por muito tempo foi o  marido de sua mãe"".  Me responda com exatidão, depois enforque e despedace meu pai! Ou dê a liberdade dele, senão conseguir resolver meu enigma, porque já faz uma semana que ele não se alimenta como nós. O senhor tem três dias para responder. O rei espantou ao ver a pergunta, um verdadeiro quebra-cabeça para ele, quase se arrependera de ter feito o trato e lavrado em contrato com a moça o seu desafio. Mas palavra de rei nunca volta atrás, ficou firmado! O monarca fez de tudo e mais um pouco, espremeu os miolos seus e dos outros também, mas não conseguiu decifrar. Ao cabo dos três dias todo o povo ansioso para saber e eles voltaram na sessão pública, mas o rei esmoreceu, sem ter onde pegar. Ele não respondeu, e nenhum dos seus conselheiros, súditos, imediatos e sábios do seu reino souberam decifrar o enigma. Menina, eu não decifro o seu enigma confessa o rei!  Por tua causa e a tua sabedoria o seu pai será posto em liberdade ainda hoje. Vão e vivam em Paz!  Algum tempo depois foi descoberto o autor do crime. Você amigo leitor saberia decifrar? Para que não ficassem com dúvidas, ela respondeu e o rei concordou, o povo deram-lhe uma salva de palmas. 
FIM  14/05/2014   DIA DAS MÃES!

PARA "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"


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