quinta-feira, 30 de março de 2017

A MAIOR FAROFA QUE CONHECEMOS.

                                     

Certa ocasião chegou num restaurante grã-fino na cidade do Rio de Janeiro um peão do trecho, era um nordestino recém chegado de sua terra natal, estava pelo seu jeito até bem vestido, bem alinhado mas sem dinheiro, duro que só "Pau de barraca". E ainda por cima trazia uma fome de guará, já passava do meio dia e precisava comer alguma coisa, estando longe de casa, em terras estranhas, sem conhecido algum, via os povos andando pra lá e pra cá, cada um com seu jeito de vida, ninguém dava-lhe bolas, nem ao menos para conversar, trocar algumas palavras, nem sequer um gesto de atenção, porque nos grandes centros, nas metrópoles são assim mesmo, eles não confiam em estranhos, enquanto isso a sua barriga roncava de tanta fome. Andou de um lado para outro olhando tudo ao seu redor, faltava-lhe coragem de bater num portão ou porta e pedir um prato de comida a alguém que o tivesse e pudesse lhe fazer este favor. Tava ruim a situação. E agora? O que fazer? Pera aí, pensou ele com seu botões, para as dores tem remédios, e para todo mal sempre há uma cura: Trazia em mãos uma pasta de executivo, esta lhe ajudava a parecer um caixeiro viajante, um homem de negócios. Mas dentro dela só havia roupas sujas e acessórios que o homem precisa. Deu uma de "João-sem braço" entrando no salão do restaurante, isso já passava do horário do almoço, o garçom estava acabando de recolher os pratos e talheres que seus derradeiros fregueses tinham deixado sobre as mesas. Já foi logo se sentando e afrouxou o nó da gravata dando uma de importante. O garçom prontamente e gentilmente veio lhe atender. Ele disse: Faz favor! Pois não moço, o que deseja, responde o garçom? Faça fineza  fazer filé de frango frito. Com que mais, disse o garçom: Feijão, farinha e farofa. Quer pão? Faça fatias. O garçom observou suas palavras somente começadas com a letra "F". Resolveu lhe interrogar por curiosidade: Serviu-o e sentando do seu lado. De onde o senhor vem? Fortaleza. Que profissão tem o senhor? Funcionário federal! O que faz? Fiscalizo as fábricas! Fabricas do que? De filetes de ferro fundido, forragens, fundições, funilarias, ferrarias, ferros frios, ferramentas, ferraduras, ferrolhos, fechaduras, fornos, facas, facões, foices, funis, ferragens, forros e fazendas dos funcionários federais fantasmas. Porque o senhor veio para cá. Foragido, fui forçado fazer. Porque? Faqueei um fulano! Fiscal falso fingido, foi fazer fofoca dos funcionários, ferindo o feitor da fábrica fiquei furioso e finquei-lhe a faca, furando-lhe o fígado. Nossa disse o garçom! O senhor é valente mesmo. Foi uma façanha. Fiz e faço. Forte, famoso, feliz, formoso, e fascinante, e falo fácil. Nisto ele acabou de almoçar e o garçom pergunta: Aceita café? Faz favor. Tomando o café fez um gesto de desagrado com o beiço. O garçom disse: Não está bom o café? Frio e fraco. Como é que o senhor gosta? Forte e fervendo. Tirando da pasta um frasco de remédio e tomando o garçom perguntou? O senhor toma medicamentos? Fortificante, fosfato ferruginoso. O garçom vendo aquele sujeito com esta armação que ele nunca tinha visto, pensou consigo: Vou ver até onde este sujeito vai com essa ladainha de "F". Disse ao cearense: Eu faço um curso de jornalismo após meu trabalho aqui do restaurante, já estou na fase de treinamentos e ensaios, se o senhor me der licença, posso entrevistá-lo? Fique frio fera, faça! Seu nome: Francisco Ferreira Fontes. Família dos ferroviários de Fortaleza. Nome de pais: Felisberto e Feliciana, falecidos. Solteiro? Família de filhos. E a esposa? Fabiana Fagundes, é falecida. Professa alguma fé? Fariseu. Toma alguma bebida? Ferro quina, Fernet, Fanta, Frutilla, Funada e Furioso. Tem vícios? Fumo Fulgor. Nisto ele tirou um cigarro e pondo-o na boca, olhou o garçom e disse-lhe: Fogo. Este querendo ser gentil lhe ofereceu um isqueiro. Fósforos disse ele. Que música o senhor gosta? Fank e forró. O que mais gosta de fazer nas horas de folga? Farrear, fazer filho. kkkkkk. O que não gosta de fazer? Força e faxina. Gosta de futebol? Torce para que time? Flamengo e Fluminense. Seu ídolo no futebol? "Fabuloso". Gosta de carros? Ford, Fargo e Fusca. Toca algum instrumento? Flauta e Florin. Dos programas da TV? Fantástico e Faustão. O que mais lhe agrada na vida? Fêmeas. kkkkkk. E o que tem nojo? Feiticeiros. Tem horror de alguma coisa? Feiúra. Obrigado pela entrevista disse o Garçom. O cearense disse: Fiquei feliz. Vendo que na conversa entre eles contabilizara mais de cem palavras com a letra  "F".  Antes dele se levantar e pedir a conta. Disse-lhe o garçom: Se o senhor me disser mais  quatro palavras seguidas com a letra "F",  acho que nem precisará pagar a despesa. O Ceará completou: 1-Fui  2-formidável 3-ficando 4-fiado 5-ficarei 6-freguês 7-falou? Vou pedir ao meu patrão para não lhe cobrar o almoço. O senhor é uma pessoa especial. Pera aí! O garçom saiu e logo voltou, chateado pelo "Não" do patrão. Disse-lhe meio sem jeito, ele não aceitou, e eu terei que pagar a sua conta. O peão assovia: Fiiiiiiiuuu já de saída e rindo disse: Facilitou? Faz fiasco? Foda-se    kkkkkkkkkkkkk.  29/03/2017
                CONTO DE PEÕES NO GALPÃO
BLOGGER "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"



       
      

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