terça-feira, 1 de dezembro de 2015

NÃO SEI COMO SERÁ, NINGUÉM SABE! MAS UM DIA ACONTECERÁ.


Numa tarde de primavera, no mês de Novembro a fase da lua era antevéspera da cheia, céu limpo sem uma nuvem, os quadrantes dos pontos cardeais estavam da mesma cor, pois é sabido que no nascente sempre é mais claro e o poente é sempre rubro, mesmo sem ter nuvens, os outros dois não colorem o universo. Naquele dia o sol demorou um pouco mais para se por, estava brilhante, parecia estar feliz por sua missão ter sido cumprida desde a criação do universo, deu cinco horas, lá está ele no alto, deu seis, sete, oito e nove horas da noite, ele no mesmo lugar. Parecia estar num lugar nos confins da terra, lá pelo polo norte onde o dia dura 24 horas ou dependurado por uma corda e esperando alguém cortá-la para que caísse, sumisse desaparecendo no horizonte e vindo á noite. Quase ninguém percebeu este fenômeno da natureza. Os ventos não assopravam de nenhum quadrante, tudo quieto, não se via uma folha das arvores e dos jardins se mover. Parece que a natureza aguardava uma ordem superior para agir, o mar calmo, nenhuma ave gorjeiando, anunciando o fim do dia como era de costume. Os animais do campo silenciosos também, os domésticos numa tristeza que a gente percebia. Adivinhavam algo. Os humanos na bagunça de sempre. Correndo de carros para cima e para baixo, outros á pé indo e vindo dos seus serviços.  No fim do dia muitos ficam nos bares bebendo, outros vão para casa, passam no mercado, nos caixas eletrônicos, na lotérica, alguns vão no rio pescar a boquinha da noite, outros no campo de futebol numa pelada, os roceiros chegam da labuta diária, tropeiros e boiadeiros chegando no pouso, outros assistindo o jornal na televisão as mulheres preparando o jantar, as crianças chegando da escola, os estudantes da noite se arrumando para saírem. O comércio diário fechando as portas, as lanchonetes noturnas abrindo as suas para receberem seus fregueses para tomarem lanches, enfim todos ocupados com alguma coisa, raro um ou outro que olha para o céu, ainda mais na cidade que logo a iluminação pública tira-lhe toda a visão noturna deste. Ninguém está preocupado com nada disso. O mundo está girando? Que continue assim! Poucos se lembram de Deus. Os poucos que assim o fazem estão indo para a missa das sete, ou ao culto. Outros vão indo para uma festa de casamento. Ao estádio de futebol ver o final do campeonato, as torcidas se esfolando etc. Os que viajam por terra estão atentos ao trânsito, os marinheiros no convés de suas embarcações, são os mais atentos, porque veem somente as aguas e o céu. Os pilotos das aeronaves quase nada percebem, se orientam pelos instrumentos sofisticados exclusivos para navegação aérea, quando olham para baixo só vê escuridão e as luzes das cidades e nas torres que indicam os perigos para eles. Os cientistas ocupados, os vigilantes do espaço em suas tarefas, uma nação vigiando a outra, pesquisando o universo, fazendo descobertas, vasculhando o espaço e viajando para outro planeta, enfim todo mundo ocupado. De repente o sol se foi, cadê a lua, as estrelas, o clarão normal de fim de tarde? Nada se via a não ser uma escuridão macabra, diferente de todas conhecidas. Os povos da periferia das cidades, os sertanejos lá pelos campos e matos começaram se alarmando, todos assustados vendo aquilo com espanto. Nem dia e nem noite, e agora? Os homens da ciência perceberam por uma coisa, com esta explicação, as telas dos radares escureceram de repente. Não mostraram mais nada.  Suas aparelhagens não detectaram nada no espaço sideral, tudo normal, os aparelhos, as sondas funcionando perfeitamente. Mas foram pegos de surpresa! O Fenômeno foi silencioso demais! Agora sim, começaram, tentando comunicarem-se, todas as nações mesmo que seria dia para uns e noites para outros a escuridão era completa para todos. Para uns custou anoitecer e para os outros estava custando amanhecer o dia. Em todo lugar, nem dia e nem noite. Os povos se alarmaram de uma vez. Desconfiaram ser o tão falado fim do mundo. Foi um reboliço geral, orações, preces, arrependimentos do mal que fizeram. Só se ouvia gritos, aflições, lamentações, desesperos, choros, pedidos de clemencia e perdão de uns para os outros, uma agonia sem fim clamando á Deus por misericórdia e perdão, os poderosos chefes das nações da terra entraram em pânico, esquecendo até de suas riquezas, das guerras, do ódio, das lutas, das discórdias e das pelejas, além das sofisticadas armas de guerras com os soldados nos campos de batalha não responderem mais ao comando de via satélite. Paralisou tudo de repente, como se um poderoso campo magnético que aproximou da terra e travou todo o planeta, nada funcionou a partir daquele momento nada elétrico, mecânico ou eletrônico funcionou mais, nem carros, todas as luzes da terra se apagaram, as aguas dos rios, mares e lagos se aquietaram ante aquele poder imenso. As crateras dos vulcões, os suspiros da terra, foram lacradas, a entrada do oco da terra e suas ramificações com seus habitantes, a civilização da parte ígnea ficaram sem ação lá no fundo. As temíveis feras do reino abissal, monstros marinhos, descomunal, dragões, serpentes gigantescas que ninguém imagina o tamanho e a ferocidades delas e que estão presos lá nas profundezas do oceano, abaixo da concavidade que cobrem o fundo dos mares como se fossem um telhado protegendo as feras, que vivem nas areias que formam o assoalho dos mares formando um vácuo deste reino maléfico e terrível que emergindo das aguas, saindo de lá e invadindo a terra não ficará um ser vivo neste planeta, devorariam tudo em poucas horas. Outros são seres desconhecidos do homem que vigiam as riquezas, guardam os segredos e mistérios do mundo marinho, nas profundezas dos oceanos. Estão presos há milhões de anos por ordem Divina. Nem estas feras tiveram o direito de aniquilar a raça humana criada por Deus, bem que queriam, porque para isso foram criadas pelo maligno, nem os chefes das nações que dominam e ardem em desejo de despejar bombas atômicas sobre os demais mostrando seu poderio nuclear* Deus não permitiu nada disso. Nem mesmo a queda de um meteoro na terra, conforme a ciência prevê para destruir tudo. Nada passa na frente de Deus sem o seu consentimento. Não houve radares, sensores, rastreadores, detectores, ou similares de engenhos fabricados por humanos nesta terra que conseguiram sinalizar algo sobrenatural vindo da parte de Deus para os povos. Cadê os homens chefes de estado, influentes na politica do mundo? Cadê os mandatários do mundo globalizado? Cadê os políticos que passaram a vida inteira articulando entre si uma maneira de cada vez mais dominar e oprimir os mais fracos?  Cadê os seus poderes? Evaporou ou condensou? Há quem duvide, mas Deus existe e é Supremo! Querendo ou não, os humanos são subordinados á tua supremacia. Uns disseram algo enquanto puderam balbuciar alguma coisa, isso não é nada, logo passa, deve ser algum eclipse total, os mais experientes e sábios diziam: É o Juízo Final! Podem crer! Calma gente, espera ao menos mais um pouco, Jesus já aparece para levar a gente para o céu! Gritar por quem? Correr para onde? Esconder em que lugar? Pedir socorro para quem? Não demorou muito: Os humanos também ficaram paralisados em seus lugares. Inertes, estáticos e duros como pedras. A terra tremeu de tanto clamor dos povos, começou a girar em sentido anti-horário, o calor estava aumentando sem explicação para tamanha rapidez!  Não se sabe por quanto tempo ela girou ao avesso, de repente a terra parou de girar de vez, foi sentido apenas pelo cérebro das pessoas enquanto vivas! A escuridão contínua, que horas são? Ninguém sabia! Sabem o que aconteceu? Sabem que horas são? É hora de receber as recompensas pelo que fizemos de bom na terra! É hora do acerto das contas com o Divino Criador, aqui se faz o mal, aqui se paga! Quem para cá veio, terá que voltar! Ninguém aqui é eterno, da terra fomos criados? Para ela retornaremos! Ela deu tudo, mas agora requer tudo de volta. Não foi a segunda vinda de Jesus á esta terra! Foi a terceira e última! Veio para arrebatar os seus escolhidos, já estavam escolhidos, sim isso mesmo! Ele veio numa surdina como fora predito por ele mesmo. A sua segunda vinda se deu do modo como aquele anjo dissera, aquele que apareceu vindo dos céus na hora que Jesus subiu ao Pai, lembram o que disse o anjo? Varões galileus, que estais olhando para o céu? Este Jesus que vedes subir ao pai, da mesma maneira e forma ele voltará. Quem os viu subir senão os seus discípulos, os seus escolhidos, aqueles que conviveram, ouviram e guardaram seus ensinos? São aqueles que ficaram com ele unidos até o fim de sua jornada entre os homens até a sua crucificação. Foram cento e quarenta e poucos que assistiram a sua Ascensão. E da forma que ele partiu foi num corpo espiritual, angelical, Santíssimo e não material a ponto de ser visto e contemplado por todo o olho humano como muitos pensam. Os demais povos do mundo na época estavam todos ocupados em seus afazeres, tal e qual como ele nascera, só os três Reis Magos e os pastores que cuidavam de seus rebanhos foi que viram o sinal de sua chegada, do seu nascimento neste mundo, naquela humilde estrebaria, uma linda estrela que indicou o local do seu nascimento, nas aparições e transfigurações foi sempre assim, já que não estão nem aí para o Divino Mestre. Nem deram por fé também quando este partiu para o seu Pai. Já tinham crucificado ele mesmo, foi noticiado a sua ressureição e subida aos céus. Fazer o que mais? Enquanto o universo estava escuro e o povo assombrado, ele Jesus com os seus Santos apareceram nas alturas, sua luz, seu resplendor de glória iluminaram todos os seus filhos, somente seus filhos aqui presentes, nesta hora seus corpos físicos ante a luz Divina foram desfeitos como por encanto, tomando a mesma natureza de Jesus, o mesmo corpo celeste, angelical e Santíssimo, sendo desfeito o corpo material no ar como uma neve na frente de uma forte luz do sol. Desaparece e ninguém vê para onde foi! Os seus espíritos foram levitando na direção do Mestre agora em corpos angelicais como dissemos. Na forma como são os anjos celestiais. Á todos estes, ele atraiu para junto de si! Seus filhos, sua riqueza, sua honra, o fruto do seu sacrifício na cruz, são aqueles que lutaram na terra até o último instante de suas vidas terrestres. Fiéis, obedientes, dedicados, leais, sinceros, puros, limpos de coração e vencedores do pecado e das injustiças que abominaram a terra. Via-se uma escadaria ligando a porta dos céus com a terra, lá no fim dela de um lado uma mulher com vestes angelicais, azuis claras bordadas com fios de ouro, com uma coroa de ouro na cabeça ostentando uma grande majestade. Esta é a Virgem Maria Santíssima, a mãe de Jesus, Rainha dos céus e mãe de todos os filhos de Deus tanto na terra quanto nos céus. Á esta é que devemos muita gratidão por ter nos dado seu filho Jesus para a nossa salvação. Do outro lado outra senhora vestida do linho branco e o mais puro dos linhos conhecidos, também com uma coroa de doze estrelas na cabeça, as estrelas significam os doze apóstolos de Jesus, portanto é Rainha deles e de seus discípulos, ostentando uma majestade e tendo sob seus pés a lua e o sol, ela tem poder sobre todos os astros e o domínio sobre toda a terra e a natureza, esta é o Consolador prometido por Jesus quando ele partiu daqui da terra, antes de voltar ao Pai deixou a promessa, cumpriu-a na pessoa desta santa. De um lado e outro da escadaria, um corredor formados por anjos perfilados e a postos, com instrumentos de músicas e executando uma melodia em saudação aos salvos que comandados por um senhor de avançada idade, com um semblante alegre e com os cabelinhos alvos como a lã de um lado no inicio da escadaria, este homem é o último profeta que Deus levantou nesta terra para concluir a sua obra de caridade, salvação e redenção iniciada por seu filho Jesus, do outro lado estava Jesus com o cetro do poder em uma das mãos, na sua mais bela aparição de todos os tempos, ambos recebiam todos os salvos indicando-lhes a subida da escadaria para adentrarem o recinto dos céus e serem apresentados ao Pai Celestial em sua glória. Os demais povos que ainda estavam na terra olhando para cima, petrificados naquela escuridão tremenda, não tiveram o direito de ver a aparição de Jesus, e nem participar desta magnifica cerimônia Celestial. Quem amou a luz ficou na luz, quem não amou, ficou onde escolhera: Em outro lugar! São os que não se arrependeram de seus delitos e seus pecados, iniquidades, das injustiças praticadas, das maldades, suas falta de amor ao próximo, ódios, do sangue que derramaram na terra, das feitiçarias, bruxarias, adultérios, e todas as obras más, infrutuosas das trevas, estas os impediram de contemplar a Divina luz. Para os maus anoiteceu e não amanheceu! Para os bons e humildes de coração, não anoiteceu! Mas amanheceu um dia lindo que durará até a eternidade, onde nunca e jamais chegará uma noite. Ficando assim, patente as duas situações dos habitantes da terra: Enquanto a terra é escura de um lado para os povos pecadores, os maus, os falsos profetas e fingidos. Do outro resplandecente para os que foram seus verdadeiros filhos. Quem creu e obedeceu a Jesus como lhes foi ensinado, viram a sua aparição e foram com ele. Os demais, os desobedientes ficaram na escuridão sem ver a sua aparição, esperando ele voltar. Quem creu e praticou boas obras não entrou em Juízo! Quem não creu, nem praticou o bem já foi julgado por suas obras más! Com Deus não se brinca! Mas facilitaram com as trevas! São dois reinos bem distintos um do outro! Chegou o fim de tudo, um tempo tão comentado e esperado pela humanidade. Fechou a oportunidade de salvação para os humanos e as portas do reino do Céu para sempre. De repente o magnetismo desapareceu. Misturou tudo. Agora será executado o Juízo Divino. Por quanto tempo? Só Deus sabe! Sabe-se que a qualquer momento descerá do céu fogo e enxofre para castigar os que desprezaram a Deus e amaram as trevas é o lago de fogo citado no apocalipse. Logo após, um novo fato! No inicio da criação, do nada, Deus fez tudo! Agora na consumação, do tudo ele fará o nada! E se isso acontecer assim? E se for pior? Nós não profetizamos, não adivinhamos isso. É um conto apenas que nós escrevemos! Os contos são contos! É da nossa imaginação. Um dia poderá ser uma realidade, aqui embaixo tudo tem fim, só não sabemos como e nem quando isto se dará! De uma coisa estamos certos, o castigo nas cadeias da escuridão das trevas é milhões de vezes pior do que imaginamos ser. Ai de quem perder a sua salvação! É a pior dor que uma alma sente! É um caso para pensarmos, de onde viemos, onde estamos, e para onde iremos mediante o que fizermos, estamos fazendo e o que poderemos ainda fazer de bom nesta terra, que tem o domínio das trevas, é nua, crua, terrível, pecadora, perversa e má! Porque aqui predomina toda espécie de maldade e a ganância por riquezas, estas ficaram tudo aqui, ninguém levou nada. Foram enganados! Estamos vivendo e lutando num território alheio, inimigo, estranho, e esquisito isto se você pensa como nós. Com muito respeito de nossa parte as crenças ou descrenças e linguagem de cada um, livre arbítrio para todos. Vamos refletir nisso? Boa sorte para todos nós!


UM CONTO QUE SÓ EU CONTO, PARA “COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES”

ANASTÁCIO,MS 1º DE NOVEMBRO DE 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário