domingo, 24 de agosto de 2014

A PRIMEIRA GUERRA DO PLANETA! Parte 01

                                            

Em uma era remota nesta terra que Deus criara para os humanos habitarem juntamente com toda a sua criação de animais em toda a sua diversidade, quando ainda ninguém contava o tempo. A população da terra se resumia em um pequeno grupo, uma meia dúzia de pessoas num só lugar, o restante da terra era livre para os animais viverem como bem quisessem, ar, agua, matas verdejantes, serras azuis, céu azul celeste, o infinito era lindo, um azul cintilante das estrelas, e a lua de noite prateava todo o universo, de dia o sol era límpido e de tão claro chegava a ser azul. As terras, a vegetação, os mares, os rios as cachoeiras, lagos e lagoas de aguas cristalinas os peixes felizes na superfície olhando tudo e conhecendo o exterior de seu habitat. As aves aquáticas, as terrestres, as do céu os animais em sua diversidade, os insetos noturnos e diurnos, de todos os tamanhos cuidando de seus afazeres, suas vidas e suas obrigações com a mãe natureza. As plantas verdejantes. Cada uma mostrando sua magnificência, beleza e raridades, seus préstimos para com a terra que em tudo tem prazer de dar, produzir, oferecer á todos que dela e de suas coisas precisarem. Era um mundo lindo e maravilhoso de se viver. Mas seja homem ou animal sempre teve a ganancia ou ideia de dominar tudo sozinho, sempre ser autoridade foi cobiça dos seres que habitam a terra. Nunca se contiveram em viverem o que de direito lhes cabe, sempre quer mais seja lá como for, e da maneira como vem, se não vier pelos seus méritos, buscam de qualquer jeito, pois quase nada lhes contenta. O domínio fascina o homem e os animais, um animal grande quer dominar os menores, um homem mais instruído quer sempre passar em cima dos outros a qualquer custo. Dentre os animais surgiu uma ideia desta. O Leão um dia andando pela mata observava tudo, desde o mais frágil animal até o minúsculo inseto que por direito ocupava o seu espaço e em seu trabalho. Cooperando com a natureza e oferecendo-lhe o que produzia e fazia de bom. Ninguém seja lá quem for não é inútil, cada um tem seus préstimos e utilidade para com a sociedade onde vive. Ele achava que os animais grandes poderiam até viver melhor se não houvesse tantos insetos pequeninos perturbando:  Abelhas, marimbondos, formigas borboletas, louva-a-Deus, grilos, baratas, gafanhotos, libélulas, caranguejos  escorpiões, sapos, cobras, ratos, minhocas, e muitos outros. Decidiu dar um fim nesta miuçaia de bichos. Como rei da floresta e dos animais julgou-se no direito de fazer o que quisesse. Planejou tudo com calma, e saiu com seus planos de destruir tudo. Na concepção de suas ideias, teria que ficar só os grandes. Convocou a bicharada a quem governava e expôs a sua linha de pensamento. Seria uma guerra sem dúvida!  Teria que dar certo sim. De uma maneira ou de outra. O burro, não gostou da proposta. O cavalo disse: Para mim tanto faz. O macaco disse: Eu não entro nessa. O Quati, a jaguatirica, o bicho-preguiça, os tatus, o cabrito montês, o carneiro, o cachorro-do-mato, airara, lobinho, preás, coelho, pacas, cutias, as cobras, ninguém destes havia visto ou pensado num reboliço deste tamanho. Ficaram apreensivos sem saber onde pegarem. Mas era uma ordem do rei da selva, e agora? Resolveram ficar quietos, cada um cuidaria de sua vida, até que surgisse uma convocação em massa para dar inicio na guerra propriamente dita. Somente as aves do céu é que não participariam. Ficariam sobrevoando e assistindo as batalhas. Quem dos insetos seria o comandante da tropa? Já que os poderosos viriam para cima deles. Todos os insetos se reuniram e elegeram o grilo para ser Líder, comando e guia deles. O Grilo sempre fora corajoso. E desta vez não recuou ante a proposta do Leão! Foi ter com a Majestade para acertarem todos os detalhes para o inicio do conflito. Foi recebido pelo Leão, sentaram frente a frente e o Grilo tentou um acordo com ele: Façamos o seguinte disse o grilo, já que o leão pediu que fizesse uso da palavra na abertura da sessão, de conciliação ou declaração da guerra. Vossa Alteza pode escolher uma região das matas que melhor lhe agradar, faça uma demarcação da área que lhe pertence, e nós os insetos respeitaremos o limite. Mudaremos todos, desde a formiga lava-pés até o maior dos insetos. Nós só pedimos que deixe as abelhas sobrevoarem o vosso território em busca de recursos nas flores para fazerem o mel. Fora isso, ninguém se atreverá invadir o vosso domínio. Serei o fiscal da minha turma e prometo ser-lhe fiel. Cada um no seu lugar de direito e viveremos todos em paz, afinal a terra é muito vasta, dá para todos e mais um pouco. Além disso, vislumbro uma guerra sem futuro, dará muitas mortes sem dúvidas, e nós podemos evitá-la. Nunca existiu isso! Até aqui vivemos bem! Porque não prosseguirmos em paz? Acho melhor não expor meu exército! As vidas valem mais do que uma ambição desmesurada da nossa parte como lideres que somos. Se vossa Majestade concorda, aqui está um pedacinho do meu bigode como garantia de minha palavra. Coloque um fiapo do seu bigode junto para selarmos o contrato, o acordo que porá fim num conflito que ainda está por eclodir. Apesar de confiar seguramente em vossa alteza, porque palavra de rei nunca voltou atrás. Nossa! Mas como o Leão achou ruim! Rosnou até! Disse ao Grilo: Quem é você para me insultar desta maneira? Vem com uma proposta destas? Eu não recebo ordens! Dou ordens! Fique sabendo que depois do homem, quem manda na terra sou eu! Terá que me obedecer e pronto! A guerra vai começar tão logo meu exército estiver treinado, preparado para combater seja em que circunstâncias forem. Pisotearemos todos sem piedade, os aniquilaremos, serão dizimados, e varridos da face da terra. Só nós triunfaremos. Lembre-se: Todos os animais grandes estão do meu lado e convocados, pertencem ao meu exército. Da borboleta para baixo em tamanhos são seus soldados. Dominaremos a terra! Volte para o seu reduto e aproveite seus dias finais. O Grilo abaixou a cabeça, pensou e respondeu humildemente: Desculpe-me majestade, não imaginei que Vossa alteza pensasse assim! Uma última pergunta: Quando se dará a vossa invasão no nosso reduto? Invasão não? Replicou o leão com superioridade! Daqui a quarenta dias exatos a contar desta data entraremos em guerra! O rio é a divisa do combate! Estaremos em forma do lado de cá, atravessamo-lo e vos atacaremos lá do outro lado. Antes, nós dois estaremos frente a frente na praia do seu lado visto que insetos não atravessam cursos d’agua, prontos para o desafio. Puxará tua espada eu puxarei a minha.



Continua...

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