Dois gatos
haviam roubado um queijo, e na hora de dividirem o produto não se acertavam.
Resolveram procurar alguém que fosse capaz de amenizar a situação entre eles,
depois de tanto andarem, apareceu um macaco que se mostrou eficaz para resolver
a questão. Me deêm uma balança de dois pratos e uma faca, exigiu o macaco. Pois
não, disseram os dois encrencados, deram uma volta com o queijo numa sacola e
trouxeram a dita balança e a faca. Na cabeça de um toco ajeitaram a balança
numa pequena tábua, o macaco partiu o queijo no meio, mas com uma treita de
safado mesmo, isto é; uma das partes ficou maior que a outra. Colocou-as nos
pratos da balança, claro que uma das metades pesou mais, um dos pratos levantou
enquanto o outro indicava mais peso. O macaco pegou a parte mais pesada e
deu-lhe uma dentada, deu duas recolocou-a no prato que desta vez levantou
mostrando que ficara mais leve, reverteu na outra parte mordendo-a tirando-lhe
a diferença de peso. Assim foi fazendo alternadamente, nisso os pedaços iam
ficando menores, um dos gatos bronqueou duro com o juiz da questão. Que
história é essa? Senhor macaco! O que pensa que somos? Nunca vi isso? O senhor
está logrando a gente! Não é porque roubamos este queijo que o senhor dá uma de
esperto com a gente! Não amigos, não é que sou esperto! Ponderou o mico. Isso é
um principio de justiça, eu explico: Todo juiz de questões, tem direitos a um
percentual de comissão sobre o produto em questão, sejam de terras, partilha de
bens, criações diversas, gado, imóveis, dinheiro vivo e qualquer coisa em
litígio entre as partes requerentes, ele trabalha muito, e dentro das leis para
acertar, para que as partes cheguem num
acordo, mas isso é combinado antes, por isso ninguém reclama! No nosso caso não
houve acordo antecipado, por isso que dou uma dentada em cada pedaço do queijo
para fazer jus ao meu trabalho que por sinal será bem feito e vocês dois irão
me elogiar no final de tudo. Convencidos da opinião do símio em relação ao
serviço concordaram e logo cada um dos gatos recebeu a parte que lhe cabia, e
fim de questão. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
SÃO AS
HISTÓRIAS DE ENTRETENIMENTO DOS CABOCLOS NA RODA DE BATE-PAPOS.
CULTURA
SERTANISTA QUE PASSA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO.
SÃO IMAGINAÇÕES PARA: “COISAS DE CABOCLO” DE
LUIZÃO-O-CHAVES.
ANASTÁCIO MS
22/06/2014
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