O lagarto teiú é um dos bichos silvestres e réptil
que desperta a curiosidade das pessoas de um modo geral, em especial daquelas
que não o conhecem, dos sáurios conhecidos é o que mais apronta das suas,
alegre, descontraído, divertido, malandro, valente que só ele sabe ser quando
precisa, é habilidoso, corajoso e cuidadoso com tudo. É encontrado em quase
todo o território brasileiro, sendo mais comum em regiões quentes, seu habitat
e diversificado, vive nos serrados, caatingas, matas, capoeirões, eixos de
serras e pedreiras, anda durante o dia em especial nos dias quentes do mês de
Agosto, a terra quente de dar medo, ele com toda a comodidade arrasta a barriga
no chão com a areia escaldante, Tem até 1.40 m de comprimento, e chega a pesar até
5 kl. Por ser terrestre, não é por isso que ele não sabe nadar, o faz muito bem
e com muita rapidez quando é preciso defender a vida na fuga que empreende, só
que trepa muito pouco , só em casos extremos, gosta de morar em buracos no chão
por ele mesmo cavado, ou em locas de pedras, ôco de pau deitado ou cupins. Em
épocas de estações cujos meses são frios, ele hiberna no seio da terra por ser
quentinho, lá fica até passar o inverno, de lá não sai para nada, salvo se
acontecer de algum dia a temperatura subir, ele da uma escapada para comer e beber
alguma coisa, mas volta para o barraco, se a fome apertar come o próprio rabo, quando
o inverno acabar lá por Julho em diante aí sim, sai de vez, com o rabo pitoco,
mas cresce de novo. É onívoro e tem a língua bifurcada, come frutas pequenas,
como jenipapo, goiabas, araçás, ratos, rãs, sapos vermes, minhocas, baratas e
outros insetos como: grilos, borboletas e gafanhotos, ás vezes ele trepa em
arbustos para pegá-los, quando é aquerenciado em roças, capões de mato perto de
casas, come restos de comida, pintinhos, franguinhos já grandes, não perdoa
uma ninhada de ovos, atropela a galinha para levantar se estiver pondo ovos ou
chocando, precisa almoçar ou merendar, em última instância come até carniças se
achar fácil. Atropela cobras desde que não sejam Jiboias, pois estas o pegam
sem piedade. Gatos do mato, jaguatiricas e até onças também o pegam, as aves de
rapina, como gaviões, corujões, águias, acauãs, gaviões real também o
perseguem, e muito bom corredor, ergue o rabo e sai numa desabalada carreira
que até onde a gente ouvir o tropel, principalmente em matas ou serrados nas
folhas secas, não para por nada. Se resolver acuar num canto que suas costas
fiquem protegida, os cães ou um que seja, ele os enfrenta com muita valentia.
Usa o rabo como um chicote, sabe dar cambalhotas, e nelas o seu rabo chega
sibilar no ar, atingindo o cão ou outro agressor. Se precisar uma luta
corpo-a-corpo sabe morder também. É surdo por completo. Mas em compensação
enxerga mais que outros animais. Tem uma
pele muito bonita, quando trabalhada dá bolsas, cintos, carteiras e adornos
diversos. O teiú é muito apreciado como prato de primeira para muitas pessoas,
tem uma carne muito parecida com a do frango novo, há fatos conhecidos que uma
família de italianos, que apreciavam tanto o teiú que, trocavam um frango, por
um Teiú! Diziam: Escolha no meu terreiro o frango que você quiser, por um Teiú!
Pode trazê-lo vivo ou morto! Kkkkkkkkk! A fêmea do Teiú põe ovos em números de
até 36, geralmente em buracos de
cupinzeiros ou mesmo em buracos no chão, entre 60 e 90 dias saem os
filhotinhos. O lagarto vive muito tempo, há informações que até 14 ou mais
anos. Uma particular observação e curiosidade que me impressionou, foi uma
briga entre o Teiú e uma cobra jararacuçu, de tamanho médio, ele a encontrou,
de imediato insultou-a, a cobra ficou logo irritada com a presença dele, que
malandro aproximou dela, como se fosse cumprimentá-la, mas foi para dar-lhe uma
chicotada como rabo. Tirando a paciência dela que enrodilhou logo, pondo a
cabeça por cima da rodilha, levantando o pescoço de um palmo, mais ou menos,
com a cabeça no ar, dando língua, era fácil de dar-lhe um bote certeiro, mas
ele não é bobo, afastou-se do perigo! Olhando ao redor juntou algumas folhas
secas com as mãos e veio trazendo para perto da cobra, de modo que ela estava
atenta aos movimentos dele, não aproximou muito, mas deixou-as ali, foi buscar
mais, chegando mais perto do que antes, a víbora dava-lhe língua, ele nem se
importava. Fez isto umas três vezes, ficando por trás do monte de folhas com
cuidado, ela levantando mais a cabeça, era isto que ele queria; numa rapidez
incrível com as mãos e o corpo em forma de arco lançou na cara da cobra aquele
monte de folhas, ela deu um bote nas folhas, ele muito do sabido entrou por
baixo das folhas e deu uma bocada segura no pescoço dela e ficou seguro sem
soltar por nada, foi aquele reboliço no chão, embolados numa luta sem tréguas.
Ela se enrolou nele, que por sua vez cravou-lhe as unhas sem dó nem piedade.
Enquanto ela não se entregou já sem folego, sufocada ele não largou. Depois de
vê-la morta, saiu e foi-se embora! Raro são os casos que ele come-a. Quando a
sorte não lhe é favorável, e acontece dela picá-lo enquanto arrasta as folhas
secas, ele de imediato sai a procura do antídoto, um reforço para o seu
anticorpo anular o efeito da peçonha, que é uma planta de nome:
Erva-de-lagarto! É uma planta que tem as folhas muito parecidas com arnica, nas
cores verde e branca mas rajadas igual o próprio lagarto. Ele a
conhece pelo cheiro, então cava as raízes dela que é uma batatinha cheia
d’agua, arranca-a e come, dali alguns instantes sai a procura da cobra, agora
com muito mais cuidado, se ela ainda estiver no mesmo lugar recomeça tudo de
novo, até vencê-la, caso não encontre onde encrencaram, procura até
encontrá-la! Desta vez não escapa! Deixei para lhes mostrar como ele sabe
colher mel de abelhas, quem diria! Mas é verdade mesmo, não é em todas as
abelhas que ele faz isso, se o caseiro da abelha é num oco de pau, rente ao
solo, ele rodeia até achar uma parte do tronco que em muitos casos é podre em
um dos lados, dali deu a origem da colmeia, ele cava o chão entrando por ali e
come os favos, numa boa, jataí, borá, Mandaguari, sete-portas e outros que são
mansos. Existe aqui neste estado um tipo de marimbondo de nome: Arixiguana, em
outros estados leva o nome de: Caçulunga, bem! É um marimbondo que ferroa doído
pra chuchu! Vejam a técnica que ele aplica para saborear o mel destes
marimbondos ferozes, sonda ver se os tais estão em paz, não assanhados! Ele vem
correndo na direção da cachopa que está uns dez centímetros acima entre galhos
de uma planta chamada lixeira do solo, vira cambalhota e com o rabo dá uma
lapada nela, que corta fundo, sai correndo com o rabo erguido para não sujá-lo,
pois está todo lambuzado de mel, lá longe ele para, já fora do alcance dos
marimbondos que ficaram bravos, pacientemente lambe o rabo até ficar limpinho,
dá um tempo até que os donos da casa se acomodem. Lá vem ele de novo, bem
devagarinho para nunca ser ferroado! Procede assim até se fartar, depois cai
fora dali, se os bichos quiserem refazer os estragos da casa, que o façam! Se
desertarem dela, amanhã ele volta e come mais a vontade, vai repetindo até
acabar a festa!
CURIOSIDADES
DA MÃE NATUREZA.
CONHECIMENTOS,
CONVIVÊNCIA, IMAGINAÇÕES E CRIAÇÃO DESTA OBRA POR:
LUIZÃO-O-CHAVES ANASTÁCIO, MS 20/02/2014
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObrigada pelas informações
ResponderExcluirtirarei muito proveito pessoal desta aula.
ResponderExcluirrapaz toop passou de uma super aula para uma bela historia nem deu preguiça de ler de tão boa parabens....
ResponderExcluirÓtimo texto... parabéns.
ResponderExcluirAdorei! Parabéns
ResponderExcluirO bicho é esperto.Linda narrativa.
ResponderExcluirAdorei saber sobre esse bicho ...
ResponderExcluirParabéns pelo texto! É bem esclarecedor.
ResponderExcluir<aqui na minha casa tem um. eh muito querido por todos.
ResponderExcluirLagarto tem um ouvido externo
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