terça-feira, 15 de outubro de 2013

O URUBU E O MORCEGO



O urubu ou corvo como é conhecido, uma ave de rapina, da espécie carniceira  a mais conhecida de todas é tido como um dos viventes que tem um amplo campo de visão mais que todas as outras aves, além de um faro aguçadíssimo, também pudera, voa muito alto, plana com muita precisão e calma de modo que nada escapa do seu rastrear no sentido da visão e do faro. Vê muito com uma precisão fora de série. É uma ave de hábitos apenas diurnos, rara são as vezes que alça voo á noite, ate onde conhecemos, só em caso de serem espantados do poleiro. Fora isso é muito difícil. Por outro lado falo do pequenino morcego, que seus hábitos são noturnos, só saem á noite logo no escurecer vai até o raiar do dia, voa a noite toda de um lugar para outro, a caça do seu alimento que são na maioria frutas, de coqueiro, figueira, mangas, abacates, goiabas, araçás, jambo, pitombas, maracujás, jenipapo, faveiro e muitas outras frutas. É claro que esta espécie são os herbívoros. Os de outra espécie são os hematófagos que sugam o sangue até dos humanos  além dos outros aninais. Mas também enxergam muito, até pelo horário noturno, e pelo seu tamanho em relação a altura que sobrevoam os céus. Então surgiu entre eles uma disputa de quem enxerga melhor. O Urubu dizia que ninguém melhor que ele, era capaz de tal façanha. O morcego se gabava, que até ali ninguém era superior a ele, ganhava de todos. Então fazemos uma aposta, um tira-teima. Vamos alçar voo, subindo até onde for possível disse o urubu. De lá olharemos para baixo e veremos qual de nos dois é capaz de ver a menor coisa possível. Está bem respondeu o morcego, como já é noite não dá, assim você sai no prejuízo por ser diurno. Como eu voo até o sol sair, fica para amanhã, antes das seis horas, fica bom assim? Ótimo disse o urubu. Este foi para o seu poleiro e o morcego indo caçar o que comer. Cedinho lá estavam os dois a postos, levantaram voo e foram subindo, subindo e subindo até que quase não se via nenhum, imagine como estavam. Ainda se via o urubu, mas e o morcego? Será que alguém conseguia vê-lo? Acho que não! Compare o tamanho de um e outro. Lógico que o morcego ninguém via mais. Mas tudo bem! De lá do alto vasculhavam tudo o que era canto na terra para ver se enxergavam qualquer coisa que os levasse ao final daquela questão. Era pés-de-morro, cume, campos abertos, beira de córregos, capões de mato, beira de estrada e muito mais, de repente o urubu solta um crocitar de alegria por divisar lá numa invernada, um bezerro morto, viu primeiro! Disse ao morcego com um ar de superioridade! Não te disse, companheiro que sou melhor? Vi primeiro! O morcego muito do convicto e malandro perguntou-lhe: Escute aqui meu camarada!  Do que será que o bezerro morreu? O urubu disse: Não sei do que foi! Só te garanto que está morto, embaixo de uns arbustos só com os pés de fora, nenhum dos meus companheiros descobriu ainda! O morcego replicou: Foi de uma picada de cobra, olhe lá no pé do casco dele, está o sinal de sangue que escorreu, manchando os pelos. Desceram lá em baixo e confirmaram a versão do morcego. Logo o rei dos urubus desceu e verificando o bezerro morto, não deixou ninguém comê-lo, estava envenenado mesmo, por peçonha de víbora muito venenosa.  Assim o morcego ganhou a aposta!

HISTÓRIAS QUE OS MATUTOS CONTAM EM RODA DE AMIGOS.

LUIZÃO-O-CHAVES  - ANASTÁCIO MS   15/10/2013.

A BELA LIÇÃO DE UMA MULHER SÁBIA


Casado há tempos, mais ou menos uns oito anos, um amigo vivia muito feliz na companhia da esposa e três filhos, muito unidos se queriam muito bem, além do amor, existia entre eles uma consideração e respeito que poucos casais tinham, Ela ordeira, distinta, uma excelente dona de casa cuidadosa com os filhos e esposo, de nada descuidava, levava eles na escola, ia busca-los, assistia de tudo o que relacionava com seus filhos, até as roupas do marido ela não deixava faltar nem um botão, consertava as que precisassem do que fosse preciso, todas bem limpinhas, casa arrumada tudo em ordem, quintal limpo, excelente cozinheira, era uma esposa exemplar em tudo. Ele um ótimo companheiro para ela, nada deixava faltar em casa, trabalhador incansável, lutador mesmo pelo bem da família. Era de se esperar isto, por que desde o namoro e noivado ambos foram muito distintos, as famílias todas as duas de uma formação moral, muito elevada, apesar de serem de situação remediada. Os filhos das famílias a qual pertenciam só deram prazer aos seus pais, Ela saiu de casa, casada e muito feliz. Moças destas qualidades é coisa rara nos dias atuais. Para eles era coisa simples, sem ostentação nenhuma, tradição antiga, ser moça de honradez. Enfim uma maravilha de vida, já tinham adquirido três filhos. Ele trabalhava numa firma longe de casa, vinha em casa a cada quinzena, ou até com um mês de intervalo. Conforme era a necessidade dos serviços que prestava. Vai um dia vem outro, passam meses, anos e o tempo urge, ás vezes a gente sofre mudanças no comportamento ou atitude, que se não for atento, traz complicações futuras, que nem mesmo a gente crê quando acontecem. O nosso amigo muito feliz, começou a ser levado por companheiros de serviços para tudo o que era lado, os tais eram solteiros e só dois eram  casados, pais de famílias, ele e mais um. Não prestando atenção no que fazia, e longe da esposa, fazia parte das rodas de amigos cervejeiros e mais, sem responsabilidade nenhuma, estava ficando mais para os amigos que para sua família. Vejam em que altura já estava. Já passava de um mês no serviço, chegou num sábado bem de tardezinha em casa. Teria que voltar domingo á tarde ou segunda de madrugada. Como dissemos, chegou muito feliz, a esposa e os filhos o receberam  alegres, não tinha como ser diferente, saudades era o que não faltava. Um jantar diferente, meio festivo, não era para menos, jantaram prosearam bastante. Ele um pouco apreensivo com os amigos, que nem demoraram, lá pela oito da noite, bateram palmas, a esposa foi ver, eram os três amigos da firma que haviam combinado ir a uma festa, balada ou num forró, não sei ao certo.  Ele os recebeu e convidou-os: Vamos chegar amigos! Vamos entrar? Não, obrigado! Disseram eles. Você já está pronto? Indagaram!  Ainda não! Mas rapidinho me apronto! Sentam só um pouquinho aí! Ele disse á esposa: Arrume minhas roupas de passeio, meias, sapatos, gravata, lenço, e aquele perfume que gosto, enquanto tomo banho, sirva um café para os meus amigos, enquanto me apronto. Sim! Disse ela. Lá no quarto ela perguntou-lhe: Onde é que vocês vão? Ele disse: Vamos dar uma saidinha, mas volto logo, meu amor! Fique sossegada. Ela desapontada obedeceu, nada disse, respeitando a presença dos amigos dele, não quis aprofundar o assunto. Esperou uma oportunidade para um esclarecimento daquela atitude inesperada para com ela. Logo se acomodou com suas crianças para o repouso, as crianças perguntavam: Mãe, cadê o pai? Ela sem graça dizia, foi ali, mas logo volta! Vamos dormir por que já é tarde. Ficou um tempão sem sono. Depois adormeceu. Sabem que hora que o nosso amigo foi chegar? Sete e meia da manhã!  Ainda meio tonto de bebidas de álcool. Pasmem os meus leitores! Ela levantara cedo preocupada, é claro! Ele chegando dissera aos amigos ao despedirem: Depois do almoço vamos ao bar jogar sinuca,  e tomar umas para cura da ressaca? Combinado, disseram eles. Tomou banho, comeu e depois  dormiu até as onze horas. Levantou, tomou banho e almoçou, nisto chega de novo os tais amigos. Saíram para o bar. Voltou só para o jantar que nem aconteceu, porque a condução que os levaria para o serviço, acabava  de encostar. Como a esposa já tinha arrumado os seus apetrechos e roupas limpas para o outro turno de trabalho, de quinze ou trinta dias seguintes, ele passou a mão na mochila, abraçou as crianças, deu um beijo muito sem graça nela e tchau. Essa atitude dele repetiu por mais duas vindas em casa, ela pacientemente suportou-o sem dizer nada para ver até onde ele ia chegar. Ela não lhe desagradou, não maltratou, não mostrou descontentamento, tratou-o da mesma maneira com se nada tivesse acontecendo. Por fim estudou uma maneira de “Pegá-lo” pelo rabo, de um modo que jamais escaparia de suas mãos. Planejou tudo direitinho e aguardou com paciência. O homem quando se embriaga por uma tolice,  seguindo por ideias de outros vai longe, até parece um boi indo para o matadouro; mas esta mulher sábia, o que não é comum existir, deu-lhe um bote certo, no lugar certo e na hora certa! Chegando mais um final de semana, lá vinha  ele cheio de razões, com o mesmo plano; estava tão” cevado” que já perguntou a ela: Querida? Está no jeito a minha roupa? Sim disse ela. De fato estava mesmo! Depois que ele estava arrumadinho da “Silva”. Só esperava os amigos para sair, ela lhe perguntou: Que horas você volta do seu passeio? Ele um tremendo cara de pau, respondeu: No mesmo horário de sempre,  Porque? Quis saber ele! Por que vou sair também! Disse ela. Dê licença que já vou me arrumar, porque minhas amigas passam daqui a pouco para a  gente ir se divertir num baile que tem  na casa de uma pessoa muito especial.  A única diferença entre nós é que, são solteiras  só eu sou casada. Combinei com a vizinha do lado, para dar uma olhada nas crianças enquanto dormem, deixarei a chave ali, se você chegar primeiro não ficará do lado de fora. Estou emocionada porque nunca saí para um baile, desde que casamos. Este homem deu um salto do lugar que estava sentado, quase bateu a cabeça no forro da sala. Disse: Você perdeu o juízo, meu amor? Está louca? Vai fazer isto comigo? Não acredito? Não é possível uma coisa dessas? É o fim do mundo? Ela fitava-o calma e decidida, mas de mentirinha. Boa sorte para você e para mim também, disse ela! Foi para o quarto se arrumar. Ele veio e bateu na porta. Amor, vamos conversar? Agora não, respondeu ela. Deixe-me escolher o vestido mais bonito que tenho. Quando a gente chegar do baile, conversaremos com tempo. O homem ficou doido, maluco mesmo, ficou nervoso bateu na porta de novo, ele repetiu: Amor? Vamos conversar? Ela disse não! Deixe-me arrumar, está me incomodando, depois, agora não, já disse! Terminou e saiu parecendo uma princesa, como estava linda! Ele amarelou que parecia um açafrão. Ela sorrindo perguntou: Estou bonita? Ele não se conteve, sentou numa cadeira, desolado da vida em saber que aquela coisa fofa iria se deliciar nos braços de outro, ele sabia que baile tem tudo o que ninguém espera, é tudo o que o diabo quer. Não aguentou! Morreria de ciúmes se ela fosse! Caiu de joelhos nos pés dela implorando que não saísse. Ficando séria perguntou-lhe: O que queria falar mesmo? Ficou mudo o homem.  Recobrando o susto, disse: Não faça isto comigo! Não mereço o que vai fazer! Ela disse: E o que você tem feito comigo, eu mereço? Sabe quanto tempo que você nem põe as mãos no meu ombro? Sente-se aí, vou fazer-lhe umas perguntas e você responda, está bem? Ele assentiu com a cabeça, e os olhos lacrimando. Você é casado comigo? Você me ama? Ama a seus filhos? Está dando exemplo de pai de família honrado? A sua atitude e comportamento é de: Solteiro ou casado? É de homem sério ou de vadio! És responsável por uma família, ou por seus amigos da pagodeira! Quem vale mais para você, a sua esposa e filhos ou os amigos de farra? Anda, responda? Ele calado como uma pedra! Ele ia abrir a boca para falar algo, ela interrompeu-o. Espere, ainda tem mais, não pense que acabou? Você se lembra, quando tirou da casa do papai uma moça distinta?  Ou esqueceu? Não foi qualquer uma, viu? Deixei-o para te acompanhar vida afora. Olha o que recebo hoje em troca da fidelidade e amor que te dediquei este tempo todo? Hoje tenho na minha frente um homem diferente daquele que me jurou tanto amor e fidelidade, Que dia você vestiu uma roupa suja e sem passar? Quando foi que achaste a casa e as crianças sujas? Já fiz vergonha para você, seus amigos, e seus parentes quando nos visitam? Já me viu de casa em casa sem ter o que fazer na minha? O que é que te falta dentro desta casa? Chega do serviço, vai nem sei para onde, nem bola me dá? Fico aí feito uma trouxa! As crianças perguntam: mãe cadê o pai? Vai lá agora e responda para eles porque eu nunca soube. Também nunca procurei saber? Imagine, se eu fizesse igual você faz! Sairia para um lado e eu para o outro?  Es um homem de sorte em ter uma esposa de vergonha, de família, e de caráter. Fique agora á vontade, já desabafei o que sentia. De agora em diante, para mim tanto faz seis, quanto meia dúzia. Quem está sozinha á quase três meses, pode ficar mais. Pode ir para o teu passeio. Estou convencida que não te sirvo mais, quando o manga-larga vai pastar fora do piquete, é porque o capim que há nele, não lhe satisfaz. Papai me criou dezoito anos, pedirei a ele que me tolere mais uns dias, até ver o que possa fazer de melhor para mim e os filhos. O homem morreu dentro da roupa. Foi mesmo que um raio tivesse atingido ele na cabeça. Caiu em prantos, pediu mil perdões, prometendo nunca mais fazer aquilo. Lamentou, chorou abraçou-a de joelhos pelas pernas dela. Ela o perdoando, ele tomou-a nos braços apertou-a contra o peito, jurando nunca mais cair no papo de amigos que só serve para estragar a felicidade de quem não merece sofrer, os amigos chegaram, ele os despediu dizendo que aquele dia não iria. Nunca mais saiu, o amigo acordou para uma vida feliz que estava desperdiçando.
MORAL: A RIQUEZA DE UM HOMEM POBRE E TRABALHADOR É UMA MULHER SINCERA!.
MUITOS SÓ DÃO  VALOR AO QUE POSSUI, QUANDO PERDE!.
NUNCA É TARDE PARA QUEM FOI FIEL, SER  FELIZ !
O DOM DIVINO QUE UMA MULHER POSSUI, NOS DIAS ATUAIS POUCAS SABEM CULTIVÁ-LO !

HISTÓRIAS QUE CONTAMOS EM RODAS DE FAMILIARES  E AMIGOS .
LUIZÃO-O-CHAVES.

Anastácio,08/10/2013 ........(67) 9278 9481/9655 0483/8481 2231.

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O CONSELHO E A RECEITA DE UM GALO ÍNDIO


Era uma vez um camponês muito humilde que criava aves em geral, animais diversos e ainda tocava um pedacinho de terras onde plantava de tudo para a sobrevivência da família e servir alguém que precisasse. Só que a sua esposa tinha um gênio que parecia uma cobra, era muito má, maltratava o pobre do esposo que dava dó. Ele, um bom homem, tratava-a com carinho e muita paciência, á todos muito bem, muito querido pela vizinhança, os amigos e compadres. Tinham os seus filhos já criados e cada um cuidava de sua vida. Moravam distante dos pais. De quando em quando vinham visitá-los. O dia que a esposa amanhecia com os “burros n’agua,” ou com um nó na saia, era um tormento, não lhe dava paz um instante. Se brincasse dava-lhe uns tapas nas orelhas, mandava-o calar a boca.  Xingando cada nome, de dar vergonha para quem é homem, além de escandalizar as mulheres honradas. Um escândalo que a vizinhança espichava o pescoço para verem. Aquilo era rotina, o velho não tinha mais nem onde enfiar a cara de tanta vergonha, já nem saia de casa. Os filhos quando vinham vê-los, até os vizinhos lhes perguntavam: Não tens uma palavra de conselho para os seus pais? Da vergonha os palavrões que sai no “arranca-rabo” deles. Nossas crianças ouvem tudo? Dê um jeito? A tua mãe não tem trava na língua, os filhos nada podiam fazer, a mãe se exaltava, eles quem calavam para ela. Um dia destes, o esposo facilitou com ela, tomou uns tapas na cara e uma bicuda no traseiro que saiu catando cavaco na poeira, ficou lá num canto do terreiro sentado num velho pilão deitado, com a cabeça entre as mãos, os cotovelos apoiado nos joelhos olhando para o chão, sem saber o que fazer da vida. Apesar de ser o que era, e muito humilde, tinha um dom muito esquisito; conhecia e entendia a linguagem dos animais quando estes comunicavam entre si. Ficava horas e horas ouvindo o que os animais falavam e gesticulavam uns para os outros. Era seu entretenimento  depois que levava um “couro” da esposa. Logo esquecia aquele contratempo na família. Neste dia aconteceu algo diferente em sua vida. Um galo de raça índio, de porte muito belo e novo ainda, valente pra chuchu, brigador e cantador que só ele, aproximou do pobre homem, vendo-o naquela tristeza, indagou: O que é que te faz tão acabrunhado, amigo? Você nos trata tão bem! Quero ser-lhe grato! Quem sabe poderei fazer algo por ti! O homem levantou os olhos para aquela ave tão delicada, coçou a cabeça e respondeu: Tomei umas cacetadas da minha esposa hoje! Não é a primeira, já muitas, não sei o que fazer da vida mais; morro de vergonha de ser um homem dessa qualidade. Sou apaixonado por ela demais, apesar disto que acontece comigo! O galo ouviu atentamente o relato do seu patrão e disse: Se você me prometer que vai fazer o que lhe direi, seremos amigos ainda mais. Tenho a receita! Prometo, disse o homem! Então ouça: Como homem, você é um frouxo, um cagão, um zero á esquerda. Nada sabe da vida. Deus criou primeiro você, depois formou ela enquanto você estava dormindo, com o propósito de ser tua ajudadora, ouça bem? Ajudadora? E não mandona deste jeito? Sabe que a mandona, põe chifres no marido a hora que ela quiser? Você deverá cuidar bem dela, sem maltratá-la, está me ouvindo? Sim! Respondeu o homem. Então disse o galo! Você nasceu líder, comando, cabeça, guia,  bússola e dominador de todas as feras da terra, terá que impor a sua autoridade, a casa não é sua? Lá quem manda é você!, Se chegar um pateta, e ela gostar dele, você está frito! Terá que despi-la para o fulano, ela na cama com ele e você, lá fora feito uma besta quadrada. Não manda nada!? Olhe aí o pior que pode acontecer! Você reparou que os galos do seu vizinho não entra nenhum aqui? Quem manda aqui, sou eu! Portanto, não está cumprindo o que Deus determinara a você! Agora olhe bem para mim! Nos meus olhos, viu? Eu tenho na minha família mais de vinte mulheres, sou rei do terreiro, domino todas elas, mando em tudo, ninguém me desobedece, até as outras aves sabem disto! Vigio tudo nos meus domínios! Defendo a minha família e todos deste terreiro das feras e aves de rapina, quando querem nos atacar, chamo  meu amigo o cão. Nunca precisei brigar com as esposas! Nenhuma delas nunca me bateu. Todas me respeitam e me obedecem sem reclamar. Se alguma desentende com a outra, vou lá e corrijo a faltosa, sem elogiar a outra. Logo estão de bem, ninguém nem lembra mais do incidente. Dê uma espiada no geral do terreiro, veja se não te falo a verdade? Agora você, é um trapo, não serve para nada a não ser para trabalhar. Tem só uma mulher e não da conta dela? Que vergonha! Que humilhação para os homens! Vamos reverter sua situação! Convide-a para se deitarem, pergunte a ela se doravante vai te respeitar e obedecer, porque é um chefe desta família, e não um bosta qualquer? Se ela se exaltar e partir para a briga, não bata nela; pegue-a do pescoço, jogue na cama, monte a cavalo na barriga dela. Segure as duas mãos com uma das suas, porque força você tem, com a outra esgane ela  contra o travesseiro até ela perder o folego, solte e pergunte: Vais me obedecer ou não?  Se disser não, repita a operação até ela se render. Amasse ela bastante, esfregue-a na cama como se estivesse lavando roupas, sove-a bastante como se sovando massa de pão, que quanto mais amassa, mais fica bom, mostre sua força e domínio. Depois de resolvido. Pegue ela com se faz com bebê, quando sofrem cólicas, sente numa cadeira, ponha ela debruçada no seu colo, de atravessada, abaixe sua cabeça segurando a nuca dela com uma de suas mãos, passe a outra no traseiro dela, suspenda sua saia, abaixe sua calcinha, dê-lhe tantas palmadas você quiser no bumbum dela até ficar várias marcas de seus dedos, deixe que suba calombos e vergões vermelhos, não tenha dó, não ligue para suas lágrimas, após tudo isso, faça-a ficar nua, de quatro, esta posição se chama: Cata-graveto, arranha-gato ou tira-mutuca, pega o seu produto com a mão, empurre nela, mas com amor e carinho por detrás, mas no lugar certo, com capricho até ela gemer de prazer, e soltar o gozo, ou leite, que chega desforrar o lençol da cama com as duas mãos! Igual gato quando você pega ele do rabo e puxa para trás, finca as unhas no chão, e vai arrastando tudo o que as unhas pegaram. Este servicinho se chama: Tira-teima! Repare como faço com as minhas vinte e tantas esposas, seguro-as com o bico pela nuca e mando ver. Não é considerado crime, nem maus tratos pelas autoridades, mas educa mesmo! Há pessoas que tem que apanhar para saber se é bom, viver batendo nos outros. Você entendeu a lição? Inqueriu o galo! Sim, respondeu o homem sentindo-se animado. Vou fazer, e é já, antes de esfriar teu conselho. Dito e feito! Aprontaram um  bafafá, um reboliço na cama, que parecia um gato quando pega um rato maior do que ele, caíram da cama, rolaram pelo chão ele jogou ela na cama de novo, ela cansou, se entregou de vez, toda esfolada, mas tudo deu certinho como o galo lhe dissera. No dia seguinte ela amanheceu toda dolorida, queixosa, nem podia sentar direito, até manhosa ficou, mas mansinha que parecia um cordeirinho. Acabou-se aquela mulher valentona, a gritaria, os escândalos nunca mais ninguém ouviu, os vizinhos interpelavam-no para saber o que gerou aquela mudança tão repentina naquelas duas vidas, que antes nem podia chamar aquilo de vidas, agora doravante sim! O esposo dava uma risadinha matreira para os vizinhos, compadres e amigos, mas não dizia nada! Nem era preciso; viveram muito felizes e por muitos anos. Os filhos então, ficaram  maravilhados com aquela felicidade que jamais esperavam de assistir naquela casa. Ele sempre  lembrando da receita do galo e concluí. É verdade! Deus criou homem e mulher, bem distintos um do outro para viverem unidos e em paz. Nada de uma parte tirar o direito da outra, nem querer tomar o seu lugar. Um pelo outro e Deus pelos dois!

MORAL: QUEM NASCEU PARA SER REI, ATÉ SEM A COROA É RESPEITADO!
HISTÓRIAS QUE OS CABOCLOS CONTAM EM RODAS DE AMIGOS.
LUIZÂO-O-CHAVES  ANASTACIO MS  04/10/2013 

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