domingo, 7 de abril de 2013

TENENTE FERREIRA & FILOZÂO


       
 

Tenente Ferreira e Silva, o parente do Virgulino
Um  primeirão da policia sangue puro de nordestino
Na precatória era temido tinha visão e bom de tino
Dava ordens e não pedia pra seguir qualquer destino
Muito ligeiro e perigoso o terror dos assassinos
Afilófilo Mendes de Souza orgulho da peonada
Mineiro de Monte Belo uma joia lapidada
Homem até embaixo d`agua não enjeitava parada
Enfrentava ate a policia sem cair na emboscada
Tinha embaixo da camisa uma pistola niquelada
Há primeiro sem segundo não segundo sem primeiro
Ninguém prende o Filozão nem que seja o derradeiro
È prisão de vida ou morte o sujeito é catimbeiro
Coragem com ele sobra no dedo muito ligeiro
Bem antes de responder é tiro rápido e certeiro
Numa praça de Marília o tenente o encontrou
Com o retrato bem parecido audacioso lhe perguntou
Você não é o Filozão? Sim! o mineiro retrucou
Você esta  preso ! O filó disse  eu não estou!
Não nasceu o que me leva não é contigo que vou!
Mesmo vendo a sua noiva o tenente disparou
A bala atinge seu peito por terra o Filó tombou
Com a moça entre os dois o tenente se atrapalhou
Por entre as pernas dela Filó deitado lhe alvejou
O coração do tenente o balaço estraçalhou
Oh! Peão amaldiçoado morrendo inda me matou
Vá logo para o inferno que daqui a pouco eu vou
Duas vidas duas mortes da prisão foi que restou
O que Filó dissera em vida nesta hora se confirmou
Cada um tinha uma vida mas  nenhum aproveitou

Fim.
 "COISAS DE CABOCLO DE LUIZÃO-O-CHAVES"

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